Isabel Stilwell
A inveja não tem limites. Os
famosos e os poderosos podem ter o que nós não temos, mas a malta consola-se
imaginando que são uns tipos cheios de falhas de carácter. Num raciocínio do
tipo: “A malta nunca fez nada na vida, mas pelo menos dorme com a consciência
tranquila”.
O ruído feito, ontem, em redor
do facto de o primeiro-ministro britânico se ter esquecido da filha de 8 anos
no restaurante onde almoçou com a mulher e os filhos revela exactamente isto.
Frases como: “É assustador como o primeiro-ministro da Grã-Bretanha se pode
esquecer de uma coisa tão importante como a sua própria filha”, apareceram nos
jornais, sites e blogues lá do sítio, revelando que a natureza humana não
conhece fronteiras.
Depois lá vem a história: o
pai julgava que a filha estava no carro da mãe e vice-versa, até que em casa
perceberam que Nancy não tinha vindo com nenhum dos dois. É claro que como
David Cameron ocupa um lugar de poder, ninguém falou da mãe, e é evidente que
se fosse ela a ministra, ninguém falaria do marido!
Esquecer um filho, ou perdê-lo
por momentos no meio de um supermercado, é o pior pesadelo de qualquer um de
nós, mas já nos aconteceu a todos. A história de Cameron conta-a o Evangelho,
com personagens tão insuspeitas como Maria e José. Se é bom ou mau pai, não
faço ideia, mas pelo menos, e apesar do posto, almoça com a família.
Título e Texto: Isabel
Stilwell, jornal “Destak”,
12-06-2012
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