terça-feira, 12 de junho de 2012

A inveja e o caso da filha esquecida...

Isabel Stilwell 

A inveja não tem limites. Os famosos e os poderosos podem ter o que nós não temos, mas a malta consola-se imaginando que são uns tipos cheios de falhas de carácter. Num raciocínio do tipo: “A malta nunca fez nada na vida, mas pelo menos dorme com a consciência tranquila”.
O ruído feito, ontem, em redor do facto de o primeiro-ministro britânico se ter esquecido da filha de 8 anos no restaurante onde almoçou com a mulher e os filhos revela exactamente isto. Frases como: “É assustador como o primeiro-ministro da Grã-Bretanha se pode esquecer de uma coisa tão importante como a sua própria filha”, apareceram nos jornais, sites e blogues lá do sítio, revelando que a natureza humana não conhece fronteiras.
Depois lá vem a história: o pai julgava que a filha estava no carro da mãe e vice-versa, até que em casa perceberam que Nancy não tinha vindo com nenhum dos dois. É claro que como David Cameron ocupa um lugar de poder, ninguém falou da mãe, e é evidente que se fosse ela a ministra, ninguém falaria do marido!
Esquecer um filho, ou perdê-lo por momentos no meio de um supermercado, é o pior pesadelo de qualquer um de nós, mas já nos aconteceu a todos. A história de Cameron conta-a o Evangelho, com personagens tão insuspeitas como Maria e José. Se é bom ou mau pai, não faço ideia, mas pelo menos, e apesar do posto, almoça com a família.
Título e Texto: Isabel Stilwell, jornal “Destak”, 12-06-2012

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