Leia, com atenção, o artigo de
célebre sociólogo brasileiro, Emir Sader, publicado no site “Carta Maior”, no
dia 02 de junho de 2012. Não fiz nenhuma correção ortográfica. Pelo que se
depreende do artigo o maior (o único) problema da e na sociedade brasileira é “o
ódio a Lula” por parte dos brasileiros “derrotados,
desesperados, racistas, decadentes”. Ah, mas não resisti e grifei uma mentira,
essa sim, carregada de ódio e inveja. Sentimentos dos esquerdeiros.
Divirta-se!
O dedo de Lula
A sociedade brasileira teve
sempre a discriminação como um dos seus pilares. A escravidão, que
desqualificava, ao mesmo tempo, os negros e o trabalho – atividade de uma raça
considerada inferior – foi constitutiva do Brasil, como economia, como
estratificação social e como ideologia.
Uma sociedade que nunca foi
majoritariamente branca, teve sempre como ideologia dominante a da elite
branca, Sempre presidiram o país, ocuparam os cargos mais importantes nas FFAA,
nos bancos, nos ministérios, na direção das grandes empresas, na mídia, na direção
dos clubes – em todos os lugares em que se concentra o poder na sociedade,
estiveram sempre os brancos.
A elite paulista representa
melhor do que qualquer outro setor, esse ranço racista. Nunca assimilaram a
Revoluçao de 30, menos ainda o governo do Getúlio. Foram derrotados
sistematicamente pelo Getulio e pelos candidatos que ele apoiou. Atribuíam essa
derrota aos “marmiteiros”- expressão depreciativa que a direita tinha para os
trabalhadores, uma forma explicita de preconceito de classe.
A ideologia separatista de
1932 – que considerava São Paulo “a locomotiva da nação”, o setor dinâmico e
trabalhador, que arrastava os vagões preguiçosos e atrasados dos outros estados
– nunca deixou de ser o sentimento dominante da elite paulista em relação ao resto
do Brasil. Os trabalhadores imigrantes, que construíram a riqueza de Sao Paulo,
eram todos “baianos” ou “cabeças chatas”, trabalhadores que sobreviviam morando
nas construções – como o personagem que comia gilete, da música do Vinicius e
do Carlos Lira, cantada pelo Ari Toledo, com o sugestivo nome de pau-de-arara,
outra denominação para os imigrantes nordestinos em Sao Paulo.
A elite paulista foi
protagonista essencial nas marchas das senhoras com a igreja e a mídia, que
prepararam o clima para o golpe militar e o apoiaram, incluindo o mesmo tipo de
campanha de 1932, com doações de joias e outros bens para a “salvação do
Brasil”- de que os militares da ditadura eram os agentes salvadores.
Terminada a ditadura, tiveram
que conviver com o Lula como líder popular e o Partido dos Trabalhadores, para
o qual canalizaram seu ódio de classe e seu racismo. Lula é o personagem
preferencial desses sentimentos, porque sintetiza os aspectos que a elite
paulista mais detesta: nordestino, não branco, operário, esquerdista, líder
popular.
Não bastasse sua imagem de
nordestino, de trabalhador, sua linguagem, seu caráter, está sua mão: Lula
perdeu um dedo não em um jet-sky, mas na máquina, como operário metalúrgico, em
um dos tantos acidentes de trabalho cotidianos, produto da super exploração dos
trabalhadores. O dedo de uma mão de operário, acostumado a produzir, a
trabalhar na máquina, a viver do seu próprio trabalho, a lutar, a resistir, a
organizar os trabalhadores, a batalhar por seus interesses. Está inscrito no corpo
do Lula, nos seus gestos, nas suas mãos, sua origem de classe. É insuportável
para o racismo da elite paulista.
Essa elite racista teve que
conviver com o sucesso dos governos Lula, depois do fracasso do seu queridinho
– FHC, que saiu enxotado da presidência
– e da sua sucessora, a Dilma. Tem que conviver com a ascensão social dos
trabalhadores, dos nordestinos, dos não brancos, da vitória da esquerda, do PT,
do Lula, do povo.
O ódio a Lula é um ódio de
classe, vem do profundo da burguesia paulista e de setores de classe média que
assumem os valores dessa burguesia. O anti-petismo é expressão disso. Os
tucanos são sua representação política.
Da discriminação, do racismo,
do pânico diante das ascensão das classes populares, do seu desalojo da direção
do Estado, que sempre tinham exercido sem contrapontos. Os Cansei, a mídia
paulista, os moradores dos Jardins, os adeptos do FHC, do Serra, do Gilmar, dos
otavinhos – derrotados, desesperados, racistas, decadentes.
Título e Texto: Emir Sader, no site “Carta Maior”, 02-06-2012
Fernando Henrique Cardoso saíu
enxotado??!!
O maior ingrato da história do Brasil. Lula
ResponderExcluirNão fosse pela estabilidade econômica criada pelo governo anterior ao seu, ele não teria feito nem a metade desta festa. Tão convicto de tirar dos ricos pra dar aos pobres, estou esperando pra ver quando ele vai começar a coçar o bolso.
Também estou só esperando pra ver o que ele cuspiu pro alto cair de volta em sua cabeça.
Circe Aguiar
Replicar o texto rancoroso e carregado de ódio desse panfletário remunerado do lulopetismo é como replicar os hashtags da petralhada no Twitter, dando mais pontos e exposição às idéias deturpadas delles. O arauto do "deus Lulla" merece solene desprezo e que fique no ostracismo das vítimas de Stalin e Kadafi.
ResponderExcluirRecebido por e-mail de Geni Reschke
ResponderExcluirAmigos
O racismo esteve em todos os paises, nao e merito so do Brasil nao, todos os paises escravizaram diversas racas, os alemaes por exemplo, alem dos negros escravizaram judeus, turcos, alem dos diversos outros paises com escravagismos. Nao vem nao com essa que so o Brasil e o grande culpado. O problema dos negros foi tao marcante, justamente por serem marcados pela cor. Eram transportados em caixas como animais. Mas na 'epoca da imigracao muitas racas foram escravizadas pelos fazendeiros, justamente, pela sua condicao economica, nao pela cor. Eles foram abolidos antes certamente por se unirem em sindicatos, assembleias e criarem leis a seu favor. O surgimento dos primeiros sindicatos foi em funcao disso, foram os imigrantes , que escravizados, se uniram em prol de um bem comum. TALVEZ OS NEGROS FORAM OS ULTIMOS A SE ORGANIZAREM E TALVEZ POR ISSO TENHA MAIS FAMA A SUA ESCRAVIDAO. O proprio Obama declarou: " Hoje sou o presidente dos USA, mas a 60 anos atras, meu pai nao podia entrar num cinema". Entao, meu amigo , escravidao, nao 'e merito apenas do Brasil nao.
Agora, do que o Brasil tem mesmo de se livrar e das bases legais nas quais se assenta. Um presidente entra de maos vazis e sai bilionario. Seus filhos com fazendas, donos de empresas de comunicacao, penso que e dessa escravidao que temos de nos livrar.
Se as leis estao erradas, isso com certeza estao e nos, como cidadaos, temos a obrigacao de mudar, atraves de projetos de lei de iniciativa popular. Por exemplo: Os presidentes teriam de fazer uma declaracao de bens antes de entrar para a presidencia, bem como dos seus filhos, filhas, genros, parentes proximos e serem fiscalizados com muito rigor pela sociedade. Estamos com nosso pais , apoiado em bases legais muito frageis , tanto que qualquer analfabeto sobre ao poder, faz o que faz e fica por isso mesmo.
Pensem nisso e vamos tentar fazer algo em prol de dias melhores, tentar nos libertar da nossa escravidao.
Geni de Cezere Reschke
O título do post é a reprodução da afirmação do sociólogo petista, Emir Sader.
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