segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Quadratura do Círculo?

Maurício Barra
Após uma semana em que o contraditório foi inexistente na avalanche anti-governo, na qual as televisões do costume com os comentadores do costume anunciaram um fim do mundo atrasado em relação ao calendário Maia para a actual situação política portuguesa (impressiona como é prevalecente o argumentário do BE e do PCP no questionário dos jornalistas e nas “certezas” dos comentadores), a realidade bateu forte com o discurso do Presidente (e com a sua entrevista ao Expresso).
Não vai haver eleições antecipadas. Repito: não vai haver eleições antecipadas.
Este facto, que condicionará tanto o Governo como a oposição democrática (e eliminará as expectativas putchistas da esquerda não democrática e dos amigos do Mário Soares), obrigará ambos a percorrer o caminho diversas vezes anunciado em entrelinhas tanto pelo FMI e pelo BCE: a solução para diminuir os constrangimentos económicos e financeiros que estamos a sofrer não está em copiar as condições oferecidas à Grécia, que as prolongariam, mas estão sim em aplicar a Portugal o que está a ser oferecido à Espanha, ou seja, suporte financeiro “ sem troikas “.
O que significa que a corrida contra o tempo em que o Governo está lançado para regressar aos mercados é a verdadeira questão nacional do momento. Para todos os democratas.
Quadratura do círculo? Não é preciso. Nem existe. Basta não desistir do caminho que se começou e que começa a dar frutos.
Título e Texto: Maurício Barra, Forte Apache, 07-01-2012
Edição: JP

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