Após uma semana em que o
contraditório foi inexistente na avalanche anti-governo, na qual as televisões
do costume com os comentadores do costume anunciaram um fim do mundo atrasado
em relação ao calendário Maia para a actual situação política portuguesa (impressiona como é prevalecente o argumentário do BE e do PCP no
questionário dos jornalistas e nas “certezas” dos comentadores), a realidade bateu forte com o
discurso do Presidente (e com a sua entrevista ao Expresso).
Não vai haver eleições
antecipadas. Repito: não vai haver eleições antecipadas.
Este facto, que condicionará
tanto o Governo como a oposição democrática (e eliminará as expectativas
putchistas da esquerda não democrática e dos amigos do Mário Soares), obrigará
ambos a percorrer o caminho diversas vezes anunciado em entrelinhas tanto pelo
FMI e pelo BCE: a solução para diminuir os constrangimentos económicos e
financeiros que estamos a sofrer não está em copiar as condições oferecidas à
Grécia, que as prolongariam, mas estão sim em aplicar a Portugal o que está a
ser oferecido à Espanha, ou seja, suporte financeiro “ sem troikas “.
O que significa que a
corrida contra o tempo em que o Governo está lançado para regressar aos
mercados é a verdadeira questão nacional do momento. Para todos os democratas.
Quadratura do círculo? Não é
preciso. Nem existe. Basta não desistir do caminho que se começou e que começa
a dar frutos.
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