segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

[Varig/Aerus] "Não somos vítimas de genocídio"

Paulo Felske de Moura
Antes de mais nada quero logo me identificar com um dos milhares trabalhadores - no meu caso, Varig - muitíssimo prejudicado com a intervenção de declaração de liquidação do Aerus. Entretanto, não acredito que podemos nos enquadrar como vítimas de genocídio.
Não somos um grupo étnico, religioso, o governo sempre usará a desculpa de que a nossa causa é apenas uma questão jurídica pecuniária e que o governo tem que proteger o tesouro público por que este pertence a todos os cidadãos.
O que o Governo e a Justiça têm feito conosco é grave, acho que pode ser chamado de muita coisa, mas não genocídio. Por sermos idosos e estarmos em condições de menos vantagem, é o argumento da solicitação de "antecipação de tutela" que o governo tem recorrido e postergado em obedecer. Acredito que é perda de tempo tentar enquadrar o governo brasileiro como genocida perante órgaos de direitos humanos internacionais, ou mesmo a justiça brasileira, baseado no argumento de genocídio, temos a figura jurídica da "antecipação de tutela", temos o Código de Defesa do Idoso", a antecipação de tutela usa entre seus vários argumentos que trata-se de pensão de alimentos, pessoas idosas precisando voltar a receber para não morrer de fome e ainda assim o governo não se rende. Acredito mesmo que tentar enquadrar o governo por genocídio não procede pelas razões que falei antes: não somos um grupo étnico, com cultura própria ou língua própria ou religião própria. Nossa causa é pecuniária, temos que apelar para a antecipação de tutela e mostrarmos e provarmos à opinião pública que justiça lenta é falta de justiça, e só isso já é gravíssimo, principalmente tratando-se de um grupo frágil com é o caso dos aposentados e pensionistas do Aerus.
Título e Texto: Paulo Felske de Moura, 07-01-2012

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