Imagine... quase oito anos.
Não, não estamos ajoelhados implorando, não mesmo. É cansaço. Estivemos de pé
até ontem, quando nossas forças, incontinentes à força psicológica, nos
posicionou nessa genuflexão que não significa a penhora dos nossos bens
emocionais. Não chegamos a esse ponto. Mas, aguardar como aguardamos até então,
não há vigor físico que aguente. E por isso, ajoelhamos. E ajoelhados
aproveitamos para rezar ao bom Deus pedindo que nos dê força para aguentarmos,
se necessário for, até o último segundo do último minuto da última hora mas,
sem perder a hombridade. Sem
fazer calar o nosso grito de indignação, sem deixar de mostrar a nossa
luta estampada frente e verso, no direito que nos garante (coloco aspas ou
não?), a legitimidade das nossas reivindicações.
Engraçado que encontramos
também ajoelhadas bem à nossa vista, a Ética, a Honra e a Lisura. Pobre
delas, perderam-se nesse louco desvario que é a “oportunidade” de TER.
Elas estão enclausuradas nessa
circunstância, mas espera-se que um Poder Maior possa redirigi-las,
recondicioná-las e recolocá-las na devida senda da SERIEDADE.
Nossa situação é diferente.
Falta-nos o viço da juventude, e como somos idosos, ficar de pé depois de um
grande tempo, é doloroso. Não perdemos a razão; ao contrário, continuamos com
ela... alimentando-a e mantendo-a viva. Somos tinhosos e sabemos como alimentar
nossos rancores e mágoas também.
Sabemos como amaldiçoar
gerações pois,
se cada ação corresponde a uma reação; aquele que nos perpetra essa angustiosa
espera injusta, há de sofrer mesmo que à tardinha da vida.
A vida passa e quando chega
esse período que eu chamo de a “tardinha”
da vida é o tempo que se reconhece que a vida está acabando, mas que ainda não
acabou. Não é o ocaso e no nosso caso, estamos sofrendo as injúrias provocadas
pelas injustiças praticadas contra todos os participantes do AERUS, pois essa
seria a parte do tempo em que poderíamos, por DIREITO, ter
uma existência tranquila, composta por situações que amparassem nossa velhice
tais como planos de saúde, fisioterapias, remédios, alimentação adequada e
moradia digna. Mas tudo resumiu-se em litígios onde ninguém quer arcar com a
responsabilidade e reconhecer o efeito devastador que ceifa vidas, não só dos
que já morreram mas, também dos que vivem sem futuro, sem porvir.
Tenho medo. Assusto-me
com frequência e nem ligo mais a TV. São tantas as situações apresentadas na
telinha, aquelas em que só os lesados que pagam... e não recebem sequer a
atenção pertinente ao fato, pois os entrevistados pela mídia são os que lesam e
que se apressam em dizer que nada sabiam e que nada ouviram ou viram, do tipo
os “três macaquinhos discretos” com as mãos tapando olhos, ouvidos e boca...
Meu joelho me dói.
Meu corpo todo me dói.
Minha alma contrita, despida,
contrafeita, me dói.
Só a nossa MORAL nos mantém em
vigília, em espera e ainda temos condições de nos levantar e esperamos que seja
para aplaudir ao invés de vaiar.
Malditos sejam aqueles que
obstam os passos da verdadeira Justiça...
Que ela venha... mesmo que à
tardinha... nessa nossa tardinha!!!
Título e Texto: Jonathas Filho, “Tem medo de se perder
nas reticências porque elas falam...”, 02-10-2013

Excelente mais uma vez Jonathas. Muito bom. Realmente eles, que nos fazem mal há muito tempo, irão ter o julgamento final em frente a DEUS PAI. E deste julgamento não haverá habeas corpus que os livrem de prestar contas dos seus atos. Atos infames contra pessoas que sómente trabalharam para a grandeza da Nação Brasileira. Os vendilhões do templo atuais irão prestar contas dos seus atos infames isto eu não tenho a menor dúvida. Parabéns pelo excelente texto. Vou repassar o mesmo. Abraços fraternos.
ResponderExcluirUma pequena lembrança para Jonathas e José Paulo,
ResponderExcluirPara velho, literalmente dói mesmo. E assim no dia em
que o velho acordar sem nenhuma dorzinha e em estado
de êxtase, é porque morreu
Ivan
Jonathas, parabens pelo excelente texto.
ResponderExcluirEm pé, ajoelhados, deitados, temos que orar muito.
ou nos unirmos ao menos uma vez e juntos invadirmos congresso, camara, agu, stf e o escambáu armando o maior barraco "nunca antes visto na história desse paísssssssssss".