José Manuel
Cristóvão Colombo, nascido em
Gênova e navegador por profissão, tentou sensibilizar genoveses e portugueses a
financiar as suas viagens. Os primeiros não se interessaram pois a recessão à
época era forte por aquelas bandas, e os segundos já estavam em execução de
grandes esquadras com destino à globalização. Os reis de Castela então, viram
em Colombo a grande oportunidade de passar a perna nos seus vizinhos ibéricos
e, apostando todas as suas riquezas, lançaram-no ao mar rumo a oeste, como ele
afirmava que chegaria às índias ocidentais.
Em parte deu certo, e em uma
de suas tentativas acabou aportando no continente americano em 12 de outubro de
1492, mas de índias mesmo só as caraíbas e depois as astecas, toltecas, peles
vermelhas etc.
Cinco séculos e alguns anos
depois, um outro navegador extra profissão, também nascido em Gênova com nome
que remete a laticínio também ofereceu os seus serviços a um partido político
suspeito e começou a navegar em águas turvas rumo ao desconhecido, mas de final
previsível. Por anos navegou entre o mar da Fazenda, a enseada do Planejamento,
o oceano da Petrobras e as águas calmas do BNDES, mas sempre cercado de marujos
nada confiáveis e a mando de seus armadores mal-intencionados, que fizeram a
maior armação no país durante treze anos.
Finalmente, após onze anos de
navegação à deriva e no escuro, no último dia 22 de setembro de 2016, mostraram
ao genovês o porto de Curitiba para o qual foi empurrado por vento forte, tendo
entretanto que aguardar ordem para aportar, após receber notícias de uma
tempestade que se avizinhava.
A tormenta inexorável pode
afundá-lo de vez e provavelmente, após navegar em diversos mares de lama, irá
encontrar no fundo abissal, no lodo profundo, a carcaça de um avião da Varig, o
qual ajudou a afundar.
Um dos marujos, em quem
confiou a sua navegação, com antecedentes de informações privilegiadas e
acostumado aos bons ventos que o embalavam desde criança, tinha como herança as
minas e a energia da Viúva no qual nasceu, se criou e se apoderou. Esperto,
muito esperto, tinha o apelido nada convencional de X-tudo pois batizava os seus
negócios com a letra X, talvez pela influência cristã de sua descendência
bíblica, quem sabe?
Além de sua herança pouco
convencional, transitava com facilidade pelas páginas da Forbes, como um marujo
bilionário, iludindo até peles vermelhas e caraíbas, que acreditaram nele.
Mas, o currículo de brilho
irradiante do ouro dos tolos, e o vislumbre de novas negociatas a futuro, o
Genovês foi acreditando e dando cada vez mais velas ao marujo considerado
brilhante empreendedor.
Um dos melhores mares em que
navegava com maestria, eram as águas calmas do Bndes, que por um triz não foi
batizado de Bndex, posto que este se assenhoreava cada vez mais de suas águas
plácidas e públicas.
A sorte dos nativos daquele
país-continente, em que se passa esta história, foi que o cacique-mor de
Curitiba não era como o seu colega asteca Montezuma, não caiu no conto do
vigário das inúmeras X-trapalhadas, transformou o X-tudo em X-nove e, colocou o
Genovês e a marujada toda a ferros, a bem da nação.
Título e Texto: José Manuel, a tragicomédia política
vai se repetindo por mares sem fim, 25-9-2016
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