Paulo Chagas
O Artigo 142º da Constituição
Federal dá às Forças Armadas, além da missão de “Defesa da Pátria”, a de
“Garantia da Lei e da Ordem”, referida entre os soldados como “GLO”. Tanto numa
como na outra, ou em qualquer missão atribuída aos militares, haverá sempre uma
componente indispensável de inteligência (informações) que orientará os
planejamentos, visando a sua eficiência e eficácia, bem como a evitar a
surpresa pelo desconhecimento do inimigo ou de quaisquer outras forças a
enfrentar, aí incluídos terroristas e forças adversas como baderneiros,
vândalos, invasores e destruidores do patrimônio público e privado, assassinos
de jornalistas, bloqueadores de estradas e tudo o mais que atente contra a
segurança pública e que caracterize os crimes de desordem e desobediência à
lei.
Sun Tzu, em sua milenar
sabedoria, nos ensina: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não
precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o
inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não
conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...”
Os Jogos Olímpicos, Rio 2016,
transcorreram sem que houvesse qualquer distúrbio ou atentado terrorista. A
ação da inteligência policial e militar se fez sentir quando houve a prisão
preventiva de suspeitos de terem ligações com o terrorismo internacional,
realizadas com a devida e necessária antecedência.
Nas análises dos especialistas
sobre os atentados terroristas ocorridos nos EUA e na Europa, em quase todos os
casos, temos encontrado a negligência nas ações de inteligência como causa das
surpresas e da impossibilidade de antecipação por parte das forças de contra
terrorismo.
Aqui no Brasil, em São Paulo,
assistimos a um irresponsável e descabido escarcéu produzido por parte da
imprensa, por políticos vinculados à baderna e interessados na desestabilização
da ordem (PT e PSOL) e por líderes de movimentos irregulares, ditos populares,
indignados porque um Oficial do Exército foi, infelizmente, identificado como
“agente de inteligência infiltrado” nas hostes contrárias ao governo e
comprometidas com ameaças de entrincheiramento, bons paredões e resistência armada.
É simplesmente ridícula e
amadorística a instauração de inquéritos para apurar a prática de “crime de
espionagem”, “crime de abuso de autoridade” ou “crime de falsidade ideológica”.
Isso demonstra muito bem a ignorância e o engajamento delituoso dos “indignados”
denunciantes.
Caricato também é o
questionamento sobre a possibilidade de haver “conluio” entre as forças
federais e estaduais nas ações de inteligência, quando a absoluta incompetência
e irresponsabilidade seria a não existência de coordenação, controle e
cooperação entre essas forças. Chamar isto de “conluio” é absolutamente
patético!
Os militares só atuam em
benefício do Brasil e no estrito cumprimento do seu dever constitucional. Tem
razão, portanto, o Ministro Raul Jungmann quando assevera que as FFAA agem
sempre na mais absoluta legalidade. Não há por que duvidar dessa assertiva!
Muito bem se expressa também o
Jornalista Reinaldo Azevedo quando diz que o mínimo que se espera das FFAA é
que estejam informadas para que possam responder pela ordem pública conforme
lhes incumbe a Constituição, já que “a opção pela violência está dada desde
sempre nessas ditas manifestações contra o governo Temer” e complementa dizendo
que, ao arrepio da Constituição e da lei, o MPF e o MPE decidiram vigiar a atuação
da Polícia Militar e do Exército, ao invés de “apurar a violência promovida por
arruaceiros profissionais”.
Aliás, neste caso, o que
sobressai é o profissionalismo dos arruaceiros!
Título e Texto: Gen. Bda. Paulo Chagas, 26-9-2016
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