Nome completo: Heitor Rudolfo Volkart
Nome de guerra: Volkart
Onde nasceu: Hospital Moinhos de Ventos, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul
Onde estudou: Primário: Colégio Agrícola, Taquari-RS;
Ginásio: Escola Técnica de Comércio São Leopoldo-RS; Científico: Colégio Luiz
Dourado, Porto Alegre-RS. Depois, foi a Escola da Vida…
Quando e onde começou a
trabalhar?
Trabalhei no Grupo Gerdau em POA - 1968/69, em 1970 fui transferido para
o Rio e em 1974 entrei na Varig, como Comissário.
Comecei a tirar o brevê de piloto, em Jacarepaguá, sem concluir. Mas me
senti tão feliz com a formação de Comissário, voando quase desde o início
na RAI por ter um idioma, o Alemão, que herdei de berço, mesmo tendo estudado
no Ginásio além do Inglês e Espanhol.
Segui a Carreira de Comissário de Voo, tendo sido Auxiliar em todas as cabines;
Supervisor de Cabine e, por fim, Chefe de Equipe.
Na Varig fiz vários cursos de supervisão e gerenciamento.
Então, quando começou o
curso de Comissário já morava no Rio de Janeiro?
Sim, trabalhava na Induco SA, uma indústria de Elevadores, como Auxiliar
de Custos. Certo dia abro o jornal e vejo na folha central um anúncio da Varig
para o curso de comissário, em especial para quem tinha os idiomas Alemão,
Francês, Japonês e outros.
Tenho um irmão que na época já era funcionário da Varig em POA.
A vida que levava no Rio não era muito bonita, pois passava os dias preso
e de gravata atrás de uma mesa, pensei, sim é isto que vou fazer, fui logo
selecionado e passei a viver as delícias do Rio de Janeiro.
Quando fez o seu primeiro
voo? E para onde foi?
Fiz o primeiro voo no final de 1974, de Electra, na Ponte Aérea e logo
fiz o voo para Belém pela costa, também de Electra.
Ficou muito tempo no
Electra ou foi logo promovido para o equipamento ‘superior’? Julgo que nessa
época o equipamento ‘superior’ era o
B-727…
Sim, logo passei a fazer voos
nacionais de B-727 e também chegavam os 737.
Fazia também alguns voos de
B-707, como o voo 100 para POA, mas foi um período bem curto. Pois a Varig, pelo que eu entendia, precisava do meu idioma alemão.
Aí você foi promovido para o DC-10, certo?
Então, fui para o B-707, pois
o mesmo ainda fazia muitos voos para toda a Europa, América e Tóquio, e os fretamentos
da Schwaben para a Alemanha, voei pouco o DC-10.
Schwaben?...
Sim, era uma empresa de turismo
alemã que assinou um grande contrato de fretamentos com a VARIG, na época.
Daí foi promovido para o Jumbo?
Sim. Foi a grande promoção,
quando chegaram os B-747 em 81 e 82 passei a fazer somente voos de Jumbo, FRA e
NYC. Foi uma belíssima promoção, sempre motivada pelo idioma, não pela
antiguidade.
Muito interessante essa sua observação… Voltaremos a ela mais à frente.
Qual a cidade que mais apreciava: Frankfurt ou Nova Iorque?
Caramba!, esta é uma resposta
difícil, porque no contexto Frankfurt está Mainz, onde mais tempo pernoitamos, no
Hilton. Esta cidade alemã eu acho incrível.
Os pernoites nossos em
Frankfurt no InterContinental foram logo transferidos, creio que em 75 ou 76.
Nova Iorque também é incrível,
tem uma energia ímpar, Manhattan é demais.
Fico em cima do muro nesta
resposta!
Falando em cidades, além das duas acima citadas, quais as outras em que
você gostava de pernoitar?
Muitas, muitas, se tivesse que morar nos EUA seria Los Angeles, gosto muito da Califórnia como um todo.
Muitas, muitas, se tivesse que morar nos EUA seria Los Angeles, gosto muito da Califórnia como um todo.
A Europa, minhas origens
genéticas, tem cidades muito interessantes para se conhecer e desfrutar, gosto
de Roma, e claro, Paris.
Lisboa, e Portugal de modo geral é muito acolhedor.
A Suíça tem cidades pequenas e
lugares muito lindos, como Genebra, Lugano, os Alpes, mais interessantes que
Zurique.
Gostei muito de Copenhagen,
Amsterdã. Barcelona e Madrid são legais também.
Zurique, final da década de 80, eu estava nesse voo |
A Grécia achei fora de série
com suas ilhas.
Hong Kong me surpreendeu.
Tóquio nem tanto.
Seychelles…
Em Singapura, você não
acredita, estava lá num shopping de bermudas, era verão, não estes bermudões
que uso hoje, era mais curta, me convidaram para fazer um comercial de cuecas, tive
que recusar pois iria no dia seguinte embora, Kkkkk…
Bangkok também me surpreendeu.
Sou apaixonado pelo Rio de
Janeiro, são tantas cidades…
Algumas cidades e locais, como Singapura, você visitou a expensas próprias,
certo?
Alguns lugares por minha
conta. A Indonésia e a Malásia foram com a VARIG, em 1981. O Itamaraty, Senhor Tarso
Flexa de Lima, Chefe do Itamaraty e sua Esposa Vera Lúcia, que era inclusive
amiga particular da Lady Diana, com oitenta empresários brasileiros,
Volkswagen, enfim, os maiores do momento, fretaram um B-707 todo configurado em
1ª Classe da VARIG, com tripulação, por vinte e dois dias, para vender o Brasil
naquela região. E aí sim, por antiguidade no equipamento e talvez por bons
serviços prestados fiz parte desta tripulação.
Hummm… por ‘antiguidade e por bons serviços prestados’… qual era,
exatamente, a sua função, em 1981? Foi convocado nessa mesma função para esse
fretamento?
Minha função na época era Auxiliar
da 1ª Classe, e fui na função. Éramos quatro comissários, sendo dois Chefes de
Equipe e quatro comissárias também Auxiliares 1ª Classe.
Entendi, dez profissionais compondo a tripulação de comissários do
Boeing-707.
O que você mais fazia nos pernoites? Isto é, você dormia, visitava
museus, ficava olhando o rio Meno, fazia compras, de verdade, ou era um… ‘miranda’?
No 707 éramos oito, quatro
comissários e quatro comissárias, destes oito dois eram Chefes de Equipe.
Bah! Os pernoites foram
espetaculares, todos os jantares e coquetéis da Comitiva, éramos convidados,
com convite oficial colocado nos quartos, os hotéis só Top. Fiz muitos
passeios, e também muitas compras. Só para teres uma ideia, recebemos as
diárias cash US$ 2.700 no DO na saída e tínhamos tudo pago. O Itamaraty na
época não era do PT, mas gastou bastante.
Adorei a resposta, que não era a que eu atendia com a pergunta. Eu
explico: quando perguntei sobre os pernoites me referia aos pernoites em geral…
e você respondeu, muito bem, aos pernoites relacionados com o fretamento.
Ok, vá lá, para me redimir, responda agora o que você fazia nos
pernoites, ao longo da sua carreira.
Sim, sempre fui muito social,
gostava muito de sair com os colegas, quando a tripulação jantava quase que em
sua totalidade, eu achava o máximo.
Cada pernoite tinha a sua
peculiaridade, alguns economizavam as suas diárias, outros gastavam o tempo
fazendo compras.
Os interesses pessoais
definiam o pernoite. Na Flórida e Califórnia, por exemplo, havia a necessidade
de alugar um carro.
A Las Vegas, fui ene vezes.
Os pernoites na Europa eram
mais culturais, saímos mais em grupo. Às vezes até viajávamos para um lugar
próximo, tínhamos as tripulações fixas e um relacionamento de irmãos, às vezes
namorados.
Os happy hour eram maravilhosos.
Muita saudade dos pernoites!
Gastavam o tempo ou as diárias?
Eu nunca fui um poupador, já
tive várias discussões em casa a este respeito, gosto de gastar, tenho prazer
em gastar, gosto de coisas de qualidade e geralmente são mais caras. Claro que
nunca deve-se gastar mais que se ganha.
Eu gastava minhas diárias em boas
refeições, passeios, e com o que sobrava em compras no duty free. Mas cada um
sabe de suas prioridades. Sempre tinha uma encomenda ou outra, coisas que no
Brasil não tínhamos, e então podia gastar um pouco mais.
O tempo nos pernoites valia
ouro, ou para descansar, pois às vezes os voos eram muito exaustivos, ou para
aproveitar ao máximo.
Veja, eu diria que tem muitos,
mas aquele que é a primeira vez que voce está naquele lugar, foi no Sheraton
Montparnasse em Paris, em 1975. Foi para mim uma coisa incrível.
Porque era a primeira vez que você estava em Paris?…
Foi meu primeiro voo para
Paris.
Uma das motivações que tive
para entrar na VARIG, além de ser uma grande empresa, foi conhecer outros
países e a Europa, em particular.
Você preferia a Europa aos Estados Unidos?
Sim, preferia a Europa, apesar
de gostar muito do estilo de vida livre americano.
Foram quantos anos anos ‘curtindo’ a Europa, os Estados Unidos, a Ásia
e a África?
Foram vinte e sete anos, pois me
aposentei jovem, com cinquenta anos. Mas daí em diante curti por conta própria,
quando pude.
Por que se aposentou tão jovem?
Foram alguns motivos, já
percebia que a VARIG não tinha mais a saúde de outrora, já era aposentado por
tempo de contribuição no INSS, a Especial, e o Aerus admitia a Aposentadoria a
partir de 50 anos.
Outro motivo foi o 11 de setembro,
a aviação passou a ser muito estressante, eu já estava cansado de Aeroporto.
Fiz 50 anos em novembro
daquele ano, e a VARIG estava promovendo um PDV muito interessante, e em
Dezembro eu saí!
Pegou todas as promissórias?
Sim, e em tempo certo. Foram
39 promissórias, sendo referentes a 3 anos e 3 décimos terceiros, onde estavam
inclusos a minha parte a pagar ao Aerus. Em poder das mesmas me aposentei no
Aerus. Achei perfeito, pois já queria parar de voar.
O que lhe levou a perceber que “a Varig não tinha mais a saúde de
outrora”?
A minha percepção começou
quando alguns ítens de consumo a bordo começaram a mudar, principalmente na 1ª
Classe, e logo se confirmou com a venda do Catering no Rio.
Teve alguma atividade depois disso?
Mudei para Recife na época,
tive vários planos, não me adaptei lá, tentei durante 3 anos. Pensei em ter uma
pousada em Porto de Galinhas, não deu certo.
Acabei fazendo as pazes com o ócio,
kkkk. Encarei a vida como um aposentado, já tinha trabalhado o suficiente.
Por que Recife? E por que não se adaptou?
Lucia, minha mulher, é de lá,
compramos um apartamento em Boa Viagem, foi o principal motivo, tá lá até hoje,
alugado, é lindo, à beira mar, mas...
Eu e minha mulher, Lúcia |
Éramos jovens para ficar na
praia os dias todos, e a cidade em si, não atendeu à nossa expectativa, os
planos de montar um negócio próprio também não deram certo, temos uma filha,
que queria fazer Faculdade em São Paulo, também foi outro motivo.
Como foi assistir ao definhamento da empresa até 2006?
Realmente foi muito triste,
não sei se triste é a palavra, foi de muita inconformidade, pois eu sabia que
tudo aquilo tinha o intuito de colocar a TAM no lugar da VARIG.
Tínhamos os GC (Grátis Condicional)
e os ZED (Zone Employee Discount), continuei fazendo algumas viagens, para FRA
principalmente, tenho tios avós em Bensheim, e nós da VARIG decolávamos
lotados, muitas vezes de GC.
No chão, carga máxima, e a Tam,
ao lado no mesmo horário, saía batendo lata, espaço para ambos tinha, mas a
Tam, não tinha competência, Rolim era compadre de Dirceu e Palocci. Foi duro
perder todos os nossos direitos conquistados, foram milhares de empregos.
Para culminar, a dor do Aerus sofrendo
intervenção…
Até 2006 ainda ‘tínhamos os GC e o ZED’, como sentiu a perda dessas
concessões?
Pô, você que a partir dos 20
anos de Empresa, tinha direito a viajar de Executiva, praticamente para todo o
planeta, aposentado com tempo disponível, filhos já formados, e não puder mais
desfrutar disto, é uma paulada na moleira, senti uma perda muito grande.
Depois desse ano (2006), com a intervenção no Aerus, acabou-se a
possibilidade de viajar, né?
Sem os benefícios das
Passagens, sem sua Previdência Privada, ficou impossível.
No Encontro Europeu de
Ex-Funcionários da VARIG no ano passado, gostaria muito de ter ido, veja, é só
um exemplo, cada um de nós tem suas prioridades, e viajar passou a ser muito
difícil.
(NdE: o 1º Encontro Europeu
aconteceu em 16 de abril de 2016)
A quais fatores, circunstâncias, decisões e pessoas, você atribuiria
tudo isso ter falecido?
Bah! É bastante complexo!
Foram muitos fatores! Só sei dizer que a nós funcionários não podem atribuir
nada, pois cumpríamos a rigor nossas obrigações.
Do Conselho da VARIG, que também
era de funcionários, já não posso dizer o mesmo. Atribuo uma maior parte ainda
ao Governo da época, que poderia, aliás, deveria, ter recuperado a empresa, até
por ser uma grande geradora de empregos, de divisas para o país, era uma bandeira
lá no alto, fora do Brasil.
Mas o que fizeram foi o
contrário, deixaram-na se endividar até o pescoço, com o INSS, Petrobras,
Infraero, inclusive com o Aerus, para ficar fácil de extingui-la. Digo
novamente, só com ela extinta que a Tam tomou seu espaço.
Sinceramente, o PT de
socialista, de Trabalhador, não tem nada. Eu atribuo tudo isto a um Crime.
Ora, se um gerente ou um
diretor comete uma barbárie em uma Empresa, o responsável por ela, ou seja, o presidente
arca com a culpa, mesmo que ele não tenha cometido a mesma. Portanto, culpo o
presidente da República neste caso, e ainda mais, ele contribuiu com a
barbárie, talvez não como mandante, nem mentor pois não tem cérebro para isto,
mas como executor.
Peraí, você culpa o presidente da República pelo fechamento da Varig?
Eu culpo sim, pois uma
determinação de Recuperação de Empresa, por parte do Governo, por ter congelado
suas tarifas, teria evitado tudo isto, mas ele queria o contrário, foi atender
às vontades de seus Ministérios, tanto da Casa Civil, como da Fazenda. Claro
que não foi o único culpado, o próprio Conselho da VARIG, por vários
interesses, também foi, até um Diretor do Unibanco, presidiu o Conselho, só
para a VARIG pagar uma dívida de $ 250 milhões, na época, ao Unibanco, e pagou.
Mas entre os culpados o ex-Presidente Lula foi um deles.
Você tem saudades da Varig?
Bah! E como!, cada momento,
até da seção de uniformes, onde tomava um cafezinho, lá na Ilha do Governador… cada
avião, muita, muitas saudades, dos colegas, dos pernoites, tudo era motivado
pela VARIG.
O que tem a dizer acerca do restabelecimento dos pagamentos mensais dos
benefícios?
Ah! Isto foi uma grande
Justiça, que muitos já não esperavam que se concretizasse. Nos deu a volta da
dignidade. Eu sempre fui otimista e confiei, assim como ainda tenho a esperança
em termos esta Tutela Definitiva, e os nossos atrasados de 2006 até setembro de
2014, pelo menos uma parte, ressarcidos, afinal, somos credores privilegiados
na Ação Tarifária, e ela está em ritmo de conclusão.
Eu fico me perguntando porque
os beneficiários do Aerus se interessam tão pouco por sua representatividade, e
porque a Aprus nos mantém tão distantes dela, com tão poucas informações,
boletins ou comunicados. Será que é pela idade avançada? Ou, simplesmente,
falta de interesse, pois já estão recebendo uma tutela, então está bom.
Em quem voce vai votar pra prefeito da sua cidade?
Meu título é de São Paulo, e
eu estou no Litoral, se não justificar aqui, devo votar no João Dória. Pelo
menos já é um homem rico, tem competência e espero que a use para o bem, pois o
que vi nas últimas décadas foi candidatos "pobres", na maioria, deixarem
os seus cargos políticos… ricos…
Já ouviu falar do 2º Encontro Europeu de ex-Trabalhadores da Varig?
Sim, claro, acho espetacular
este Encontro, particularmente em Lisboa! Nos proporciona uma viagem à Europa!
Reencontrar nossos colegas é muito bom, são momentos inesquecíveis, que todos os
que lá forem jamais esquecerão.
Os que foram no 1º Encontro,
os que forem no 2º, os que retornarem a se reencontrar em Encontros futuros,
acho espetacular.
Farei o máximo para estar
presente neste próximo, se porventura não puder, farei o máximo para estar no 3º!
Despedindo-se…
Vamos em frente, cuidar de
nossa saúde, viver o melhor que pudermos o nosso dia a dia, tenho grandes
esperanças de dias e momentos muito felizes nos nossos anos vindouros.
As cerejas do nosso cesto
estão acabando, temos que aproveitar uma a uma.
Não temos mais tempo para
beber vinho ruim!
Gostaria de agradecer e me
sinto honrado em participar desta entrevista, neste Blog que admiro, considero
uma bela revista virtual, além de, em especial, ter um foco nos ex-Trabalhadores
da VARIG, dando-nos um canal de contatos e reencontros, mesmo que virtuais.
Muito Obrigado!
Abraço Fraterno a Todos!
Muito obrigado, Volkart!
Fotos: Arquivo pessoal de Heitor Volkart
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O volkart foste um excelente profissional, pautando-te pela honestidade e companheirismo... Abs
ResponderExcluirHabitz
Bah Volkart!
ResponderExcluirFalasses por mim.
"Meu" Jumbo fotografado em Zurique (atolado na neve)mexeu com minha sensibilidade emotiva.Parece mentira que este foi o nosso mundo.
Um abraço e obrigado por reacender tantas e lindas "memories"Valdoir
Essa entrevista está muito boa. Relata a visão de um trabalhador que sempre se dedicou à empresa. Eu espero, um dia, ainda poder ler a entrevista de um ex Diretor que poderia nos contar aspectos interessantes da empresa. O cão tem feito boas entrevistas: comigo (oops), e outros bons ex colegas; falta "escalar" um ex Diretor ou um ex membro do Conselho de Administração !!! Parabéns, Alberto José
ResponderExcluirObrigado, Alberto!
ExcluirA redação da revista já decidiu em convidar todos os ex-entrevistados a 'continuar' a conversa... Encaminharemos o convite na segunda quinzena de outubro.
Abraços,
CqF
Volkart, querido amigo
ResponderExcluirBela entrevista, bela história; esta experiência de vida, tão rica, explica tua rara consciência cidadã.
PARABÉNS!
Muito obrigado Jim, muito obrigado CÃO QUE FUMA por disponibilizar espaço para leitura tão importante, como agradável, como esta com o nosso amigo Heitor Volkart
Continuem SEMPRE
Vilmar Mota
Muito boa , essa entrevista. No fundo da memória visual temos uma imagem do Heitor ( foto da época) , pois iniciei na Varig em 1970 .
ResponderExcluirÉ sempre bom , lembrar dos áureos tempos de uma empresa séria e com gente fiel e responsável trabalhando. Nos dias de hoje isso acabou (considerando o ponto de vista do que representou a Pioneira para o brasil e para o mundo) .
É claro que no brasil existem boas empresas , mas o que foi a nossa .... ficou apenas na lembrança de cada um de nós.
Encontrei-me ontem com um conhecido da Infraero - GIG , que aposentou-se da estatal mas não parou de trabalhar. Ele tipificou bem o novo e pomposo aeroporto Tom Jobim :
" Hoje não tem mais a energia de antes, no tempo em que trabalhávamos lá"
E é a grande verdade . O que vivemos , todos nós da Varig, está escrito no livro da massa cinzenta. E seguirá para além da grande travessia.
Parabéns ao Heitor pelo honrado curriculum , e que continue desfrutando junto aos seus as belezas que o planeta nos oferece.
A sucumbência da Varig se deu , lá por 2006/2007 , quando Mantega, junto a Dilma e Lula em uma determinada entrevista ao "Jornal Hoje" foi claro ao dizer:
" O governo não dará um centavo à Varig; ela deverá sair da crise com as próprias pernas" .
Dirceu também contribuiu naquela ocasião , para a grande derrocada da aérea. Estes representam 50 % da responsabilidade da bancarrota da companhia.
Hoje, felizmente, esses extremistas estão pagando, um a um, pelos seus desmandos e crimes.Hão de pagar todos ...
A outra metade da responsabilidade cabe às irregularidades cometidas por muitos dos que atuaram no comando e direção da Varig.
Exprimidos entre ambos ficamos nós, os demitidos , assistidos, pensionistas e outros prejudicados . A corda rebenta sempre no lado mais fraco.
Mas o mundo dá voltas , e as coisas começam a mudar de rumo . Agora nos eixos ; se deus quiser, assim esperamos.
Grande abraço.
Sidnei Oliveira
Meus caros colegas! Preciso agradecer as palavras, sensibilizado inclusive, por todas aqui compartilhadas, Habitz, por sua retidão, Valdoir saudoso Valdoir, Alberto e suas ricas sugestões, Vilmar vc é um baita coração, Sidnei vc endossou meus conceitos, muito real seu comentário.
ResponderExcluirObrigado a todos e porventura a próximos comentários incluo meu Obrigado, pois sei que são sempre sinceros.
Abração a Todos!
Heitor Volkart
Caro Heitor, queria muito saber de ti,foi muito bom vê-lo aqui,acho que lá vão uns bons 35 anos. Guardo boas e saudosas lembranças do amigo.Revejo sempre fotos que tiramos juntos no meu apto. na Barra, vc de perna engessada acompanhado de graciosa criatura, quanto me lembro! Belissima a tua entrevista,vivemos momentos parecidos, maravilhosos. Parabens. Gostaria de manter contato ,contigo. Moro em Foz do Iguaçu. Bons abraços.
ResponderExcluirpita
Pita, Oh! Meu Velho Amigo! Quantas saudades! Caramba que grande satisfação, ter notícias tuas! Quantas lembranças! Bah! E aquele MG, que íamos à Praia! Fiquei muito feliz hoje, em saber algo sobre vc, outro dia lembrei de ti, estava falando sobre Ipanema, e sobre o Pizza Palace com o Jim, quantos momentos!
ExcluirSe eu for a Foz porventura, ainda quero viajar um pouco, agora que estamos, digamos, podendo novamente, vou te visitar, pois temos contato novamente. Sensacional, um grande Abração, VC foi um dos meus ídolos na VARIG. Saudades!
Heitor Volkart
Heitor, mais uma vez, Obrigado, pela generosidade da 'entrevista' ;)
ResponderExcluirConsidere-se um ser abençoado e escolhido por DEUS. Pouquíssimas pessoas no mundo tiveram as mesmas oportunidades de um tripulante de aérea comercial. Muito menos de uma empresa com o naipe da "VARIG"! As vezes é preciso doses maiores de humildade para reconhecermos passado e presente com os quais DEUS nos abençoou e continua abençoando diariamente.
ResponderExcluirBelíssima entrevista de um homem reconhecidamente DO BEM!
Prezado Heitor:
ResponderExcluirHoje podemos concluir que após 2 anos de seu primeiro mandato, Lula, Roberto Teixeira e Dirceu criaram a Lei de Recuperação Judicial 11.101/05 prevendo que quebrariam a economia do país roubando tudo. Uma quadrilha. Criminosos imperdoáveis! Para se ter uma ideia hoje o Brasil possui um oceano de empresas falidas. Algo nunca vivido anteriormente. lembrando que ao falarmos de empresas falidas...falamos de famílias falidas por conta do desemprego. Portanto, a VARIG foi o chute inicial desta profecia. Ah, sim, não podemos deixar de mencionar a ironia imperdoável de que o partido é dos trabalhadores.
Então, fico lisonjeado e até sensibilizado com estes Comentários após mais de 2 anos da Entrevista e com os da época da mesma. Obrigado pelas palavras, deixo aqui meu desejo de muitas Alegrias e Saúde a todos. Abraços!
ResponderExcluir