Valdemar Habitzreuter
Você sabia que a força de dois
cavalos puxando uma carroça não corresponde ao dobro do que cada um podia dar
individualmente? Isso foi uma descoberta de Ringelmann, um engenheiro francês.
Entre os humanos também se verifica essa estratégia. No trabalho em grupo as
forças individuais estão aquém das que podem ser dadas individualmente, tanto
quando se exige força física (num cabo de guerra, por exemplo) ou em se
tratando de empenho intelectual.
Já participaram de um trabalho
em grupo? Por certo, perceberam a lassidão individual na execução da tarefa.
Quando temos de trabalhar em grupo não nos esforçamos por inteiro. É
comprovado, pela psicologia social, que as forças empregadas numa tarefa a ser
feita em conjunto com outras pessoas não alcançam o seu pique máximo.
Esforçamo-nos diferentemente quando trabalhamos a sós e em grupo. A sós,
dedicamo-nos por inteiro para alcançar o objetivo; em grupo, somos acometidos
da preguiça ou vadiagem social.
Por que acontece isso? É uma
trapaça inconsciente ou mesmo consciente. Por que investir todas as minhas
forças se os outros estão aí para fazê-lo? E além do mais, ninguém ficará
sabendo do quantum do meu esforço empregado, minha performance fica invisível
ao se diluir na força do grupo. E quanto maior o grupo menos empenho
individual...
Assim, quando as pessoas têm
tarefas em conjunto, suas forças individuais são medianas. Claro que não pode
haver esforço nulo, pois o indivíduo seria notado e passível de ser retirado do
grupo; a preguiça em grupo tem suas nuances, deve ser camuflada dos outros e
passar a impressão de que se está trabalhando com afinco. No entanto, há os
mais esforçados que carregam nas costas os mais indolentes e o louro final é
igual para todos.
Isto pode servir de alerta aos
profissionais da educação, aos professores principalmente! Passar tarefas aos
alunos em grupo pode ser um bom método de integração social e compartilhamento
de conhecimentos, mas as tarefas individuais, em que o indivíduo tem de dar o
seu máximo, é tão importante quanto...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 9-10-2016
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