RFI
A China e os Estados Unidos
assinaram nesta quarta-feira (8) cerca de 20 acordos comerciais avaliados em
US$ 9 bilhões, no primeiro dia da visita a Pequim do presidente
norte-americano, Donald Trump. Em sua chegada, Trump visitou a Cidade Proibida
de Pequim com seu homólogo chinês, Xi Jinping, no início da etapa mais delicada
de uma viagem asiática dedicada principalmente a arregimentar apoio contra as
ambições nucleares da Coreia do Norte.
Durante a cerimônia de
assinatura dos primeiros contratos nas áreas automobilística, agroalimentar e
de carne bovina, o vice-primeiro-ministro chinês, Wang Yan, chamou os acordos
de "aquecimento" antes da reunião de cúpula China-EUA de quinta-feira
(9), na qual é esperado que Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, firmem outros
contratos nos setores de gás e da soja.
Os acordos comerciais foram
assinados na presença do secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, no
solene Grande Salão do Povo, na Praça de Tiananmen (Paz Celestial), com a
presença de empresários norte-americanos e chineses. "Responder ao desequilíbrio
do comércio com a China está no centro das conversações entre o presidente
Trump e o presidente Xi", declarou Ross.
As relações comerciais devem
ser o tema mais abordado na primeira visita de Trump à China. A bordo do avião
que levava Trump a Pequim, um alto funcionário da administração americana
comentou os "graves desequilíbrios na relação econômica bilateral, não
apenas o déficit comercial, como também as regras injustas, como as
transferências de tecnologia impostas às empresas americanas".
O déficit comercial americano
a respeito da China não dá sinais de redução um ano depois da eleição de Trump.
A etapa mais “delicada” da
turnê asiática de Trump
O avião presidencial
norte-americano pousou no aeroporto de Pequim, procedente de Seul, para uma visita de menos de 48 horas à
China, país que o republicano criticou duramente antes de sua eleição, há
exatamente um ano, com a acusação de que "roubou" milhões de empregos
dos Estados Unidos.
Nas últimas semanas, no
entanto, Trump elogiou Xi Jinping, de quem espera ajuda em sua missão contra a
Coreia do Norte e uma redução do enorme excedente comercial da China em relação
aos Estados Unidos.
"Espero com muito
impaciência a reunião com o presidente Xi, que acaba de obter uma grande
vitória política", escreveu Trump no Twitter algumas horas antes de chegar
a Pequim. Trump se referia ao novo mandato de cinco anos obtido por Xi no
recente congresso do Partido Comunista da China (PCC) e, portanto, à frente do
país de maior população do mundo.
"Ele o elogia para
preparar o terreno e deixá-lo de bom humor porque tem coisas desagradáveis a
dizer", opinou o sinólogo Jean-Pierre Cabestan, da Universidade Batista de
Hong Kong.
Apesar da China ter aprovado
as últimas sanções da ONU contra a Coreia do Norte e prometido aplicá-las,
Washington deseja que Pequim faça mais para asfixiar economicamente Pyongyang.
"Prosseguem os intercâmbios
comerciais na fronteira sino-coreana", afirmou uma fonte do governo
norte-americana à imprensa no avião que transportou Trump a Pequim. "Vamos
trabalhar estreitamente com os chineses para identificar estas atividades e
acabar com elas", completou.
(Com informações da AFP)
Título e Texto: RFI,
8-11-2017
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