Dentre as dezenas de formas
usadas por dirigentes públicos para sangrar os cofres da esfera (são três) que
comandam, estão as “grandes obras”. Basicamente o “esquema” (de domínio
público) funciona assim:
1 – Deixam de dar manutenção (aí
também rolam contratos maquiados na escala R$ milhões) adequada em equipamentos
(bons) com mais de 30 anos de idade.
Em função deste “abandono”
(*a) programado, o equipamento (escola, hospital, ponte, similares) sofre
degradação acelerada pelo uso cada vez maior (aumento da população) e pelo
natural desgaste provocado pelo clima.
(*a) = Pouco se importam se um
acidente previsível ocorrer e ceifar as vidas de meia dezena de vítimas. Depois
é só colocar a culpa nas forças da Natureza.
2 – Buscam criar eventos esportivos
ou culturais de repercussão mundial em nosso território. Por “estudos”
qualificados, “condenam” o que já existe e afirmam que com a atual estrutura
não será possível levar avante o projeto que nos dará grande visibilidade,
atrairá grandes investidores e abrirá novos postos de trabalho (só não alertam
que são temporários). Além do “legado” que ficará para nós (pagamento das
dívidas).
O exemplo mais palpável e
concreto (usam o de pior qualidade) refere-se à copa de 2014, seguida da
“olim... piada” de 2016. Vamos nos lembrar de algumas portentosas
“modernizações” no RJ:
- Ciclovia Tim Maia que desabou antes
mesmo da chegada dos turistas;
- túnel Marcelo Alencar que exibe
goteiras suspeitas;
- revitalização do porto (região da Praça
Mauá) que não atraiu investidores na quantidade anunciada;
- pistas e estações do BRT abandonadas e
invadidas por drogados;
- parque olímpico com suas instalações
subutilizadas sem oferecer adequadas chances a futuros atletas;
- Maracanã (a má qualidade do campo é seu
principal cartão de visita) que não se livrou do condenado vizinho museu do
índio (só enxerguei quatro indígenas nos mais de trinta anos passando pelo
local) que serve de abrigo a drogados;
- bairros suburbanos mais abandonados
(sob domínio completo de milícias e traficantes).
As contas bancárias dos
signatários destas obras faraônicas estão bem recheadas. Nossas gavetas estão
recheadas de guias e boletos para cobrir as dívidas (viram taxas e impostos
majorados) geradas pelo rombo arquitetado nos confortáveis escritórios da
corrupção.
Dezenas de R$ BILHÕES
consumidos. Tudo em troca da degradação da saúde, segurança e educação.
Título e Texto: Haroldo P. Barboza, 1-6-2019
Anteriores:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-