Levantamento foi feito pelo IBGE
Cristina Índio do Brasil
O mercado de trabalho
brasileiro registrou 90,1 milhões de pessoas ocupadas com idade igual ou
superior a 14 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), é uma recuperação da queda anotada há três anos.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Entre 2012 e 2015, o
crescimento médio anual foi de 1,2%. A trajetória foi interrompida em 2016,
quando houve queda de 1,0%. Em 2017, se manteve estável para, em 2018, subir um
pouco: 1,5%. Entre 2012 e 2018, a alta ficou em 4,6%.
Embora as mulheres representem
mais da metade da população em idade para trabalhar (52,3%), cabem aos homens a
maior parcela de trabalhadores: 56,7%. A participação masculina supera a
feminina em todas as regiões do país.
Em 2018, o Sudeste anotou a
maior participação feminina na ocupação atingindo 44,6%. Entretanto, se for
observado o período de seis anos, em relação a 2012, o Nordeste teve o maior
avanço no percentual de mulheres ocupadas, passando de 39,8% em 2012, para
42,1% em 2018.
Os dados fazem parte da
avaliação dos rendimentos de todos os tipos de trabalho e de outras fontes de
pessoas residentes no Brasil, incluída na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio Contínua (PNAD Contínua) Rendimento de Todas as Fontes 2018, divulgada,
hoje (16), no Rio de Janeiro, pelo IBGE.
Rendimentos
A diferença entre homens e
mulheres fica clara também quando se analisam os rendimentos de cada grupo. Em
2018, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos ficou em R$
2.234,00. Enquanto os homens alcançavam R$ 2.460,00, as mulheres não passavam
de R$ 1.938,00.
Segundo o IBGE, isso indica
que a proporção do rendimento das mulheres em relação ao dos homens chegou a
78,8%.
Para a gerente da PNAD, Maria Lúcia Vieira, já é histórica a questão de diferença de rendimento entre homens e mulheres. “Se manteve em 2018 na comparação com 2017. A gente está pegando todos os rendimentos de mulheres e homens ocupados e está vendo a média que ainda é uns 20% abaixo”, disse.
Para a gerente da PNAD, Maria Lúcia Vieira, já é histórica a questão de diferença de rendimento entre homens e mulheres. “Se manteve em 2018 na comparação com 2017. A gente está pegando todos os rendimentos de mulheres e homens ocupados e está vendo a média que ainda é uns 20% abaixo”, disse.
Cor e raça
A pesquisa indica ainda que,
em 2018, a população branca somou 45,2% da população ocupada. A parda era de
43,5%, mas a preta era bem menor (10,1%). Na comparação com 2012, a banca
diminuiu 3,7 pontos percentuais, ao contrário da preta que cresceu 2,0 pontos
percentuais, e da parda com alta de 1,3 ponto percentual.
Com rendimento médio mensal
real de todos os trabalhos de R$ 2.897,00, em 2018, as pessoas brancas
apresentaram rendimentos 29,7% superiores à média nacional: R$ 2234,00.
As pessoas pardas com R$
1.659,00 eram 25,7%, e as pretas com rendimento de R$ 1.636,00 representavam
26,8%. Na visão de Maria Lúcia, esta é mais uma questão histórica que se
verifica com a diferença de vencimentos.
“A mesma coisa em relação à
cor. A gente percebe que a população branca tem rendimentos superiores na ordem
de dois mil e poucos reais, enquanto a população preta e parda está na ordem de
R$ 1,6 mil. Então essa população preta e parda percebe, ainda, salários
inferiores ao da população branca”, afirmou.
Escolaridade
Em relação a 2012, o maior
crescimento no nível de instrução deu-se no ensino superior completo. Passou de
14,8% da população ocupada para 20,3% em 2018.
Neste ano, as pessoas com
ensino médio completo eram 59,3%, o que representou um crescimento, uma vez
que, no ano anterior, tinha-se 57,4%. Ainda no total de ocupados, 25,8% se
referiam aos sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Em 2017 eram
27,1%. “É um reflexo da distribuição de escolaridade da população como um
todo”, disse.
A pesquisa mostra ainda que,
em relação à escolaridade, o nível de instrução foi determinante para o
rendimento médio mensal real de todos os trabalhos, indicando que, quanto maior
o nível de instrução, maior é o rendimento.
Conforme a PNAD Contínua
Rendimento de Todas as Fontes 2018, as pessoas que não possuíam instrução
recebiam R$ 856, o menor rendimento médio registrado.
Quem tinha ensino fundamental
completo ou o equivalente, houve um valor 67,8% maior, e alcançou R$ 1.436,00.
Mas, para o ensino superior completo, o rendimento médio (R$ 4.997) era,
aproximadamente, três vezes maior dos com ensino médio e cerca de seis vezes
para os sem instrução. “A relação entre rendimento do trabalho e escolaridade é
relação positiva”, completou a pesquisadora.
Título e Texto: Cristina
Índio do Brasil; Edição: Kleber Sampaio – Agência Brasil,
16-10-2019, 10h04
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