Cristina Miranda
Todos com medo. Jornalistas,
“Donos Disto Tudo”, políticos, partidos, avençados, Governo, subsídio-dependentes,
oligarcas, os “racistas radicais fascistas” que se dizem anti-radicais e antifascistas
como a Joacine Katar! Tudo! As pernas tremem. O nervosismo nem se
disfarça. É porque o CHEGA é de extrema-direita ou coisa que o
valha? Não. É porque sabem melhor que ninguém que vem para acabar com o
sistema podre que nos desgovernou repondo toda a verdade,
transparência e decência que sempre faltou na política portuguesa. Daí
o ataque cerrado com conotações abjetas, que sabem serem falsas, para provocar
pavor e insegurança nos eleitores. Porque o ataque, dizem por aí, é a
melhor defesa: bater “violentamente” primeiro antes de levar uma sova como
último recurso para sobreviver. Porque é mesmo disso que se trata:
sobrevivência política.
Daí esta palhaçada diária de
combate ao CHEGA. Inicialmente pensei que a estória à volta do lugar do
deputado Ventura só podia ser mentira. Mas não. Ao ver a notícia estampada em
tudo quanto era jornal não restou dúvida alguma: Telmo Correia, do CDS, estava incomodado pelo
CHEGA ter de passar na frente da sua bancada no Parlamento e aceitou por
isso a sugestão do PEV e PCP que propunham uma porta (cerrando o corrimão) só para Ventura sair
pela lateral.
Quando a indignação nas redes
sociais se tornou quase viral, veio apressadamente justificar. Antes estivesse
calado. A explicação não tem nexo. Se era para poupar o deputado do CHEGA a
incômodos, teria perguntado ao próprio se se importava com o caso e ouviria da
sua boca “Estou-me nas tintas para o meu lugar”. A outra
alegação de que não se sentia confortável com um deputado de outro partido no
meio do CDS “ouvindo” as trocas de opinião entre eles, também não colhe.
Qualquer lugar, no limite entre partidos, a menos que esteja dividido por uma
parede – de preferência isolada do som –, coloca sempre esse deputado numa
situação limítrofe de proximidade inevitável.
A agência Lusa do Boaventura dos Santos quis
saber o que pensavam os partidos residentes – alguns já com “raízes
até ao núcleo da Terra” – e novos sobre a entrada do partido da
“extrema-direita” no Parlamento. Sim, leu bem, a Lusa também conota o CHEGA de
“extremista radical” dando uma ajudinha à mentira propagada. Curioso. Não me
lembro de que tenham feito o mesmo com (mais uma) entrada de radicais
de esquerda – estes sim, verdadeiramente extremistas – do Livre. Mas
adiante.
Dizia eu, que foram então
questionados os “senhores deputados” do PS, PSD, BE, PCP, CDS, PAN, CDS, PEV,
Iniciativa Liberal e Livre sobre se essa entrada era um desafio ou uma
ameaça. O PCP, PSD, e CDS remeteram-se ao silêncio. O PSD e CDS em silêncio.
Sim, porque não podiam simplesmente dizer a verdade, por exemplo: “não nos
sentimos nada ameaçados porque o CHEGA é apenas um partido de verdadeira
direita, não é de todo extremista”. Mas não. Fizeram silêncio. Um silêncio que
diz muito.
O BE fazendo jus à sua
habitual desonestidade intelectual usou argumentos falsos com a velha
lengalenga do costume, colando Ventura ao apoio aos cortes nos salários e
pensões de Passos que na verdade, estamos “carecas” de saber que foram de
Sócrates; da xenofobia que não existe numa única linha no programa
do CHEGA nem de nada de extrema direita porque se assim fosse o
Constitucional não o aprovaria.
A IL respondeu que “A
Iniciativa Liberal distancia-se de todas as forças que usem estratégias
identitárias para afirmação política”. Acontece que o CHEGA é acima de tudo
personalista logo não há razões nenhumas para esse distanciamento e poderia
tê-lo dito sem medo. Mas não.
A deputada do Livre – Deus nos
livre de tal criatura que encarna o ódio – afirmou que “não há lugar para
a extrema-direita no parlamento” (claro que não, isso é anticonstitucional),
salientando que o seu partido será “a esquerda antifascista e antirracista” mas
esqueceu-se de dizer à Lusa que é uma racista radical assumida, contra
brancos e que pertence a um partido extremista de esquerda radical (esse sim
ainda não é proibido na nossa Constituição) que organizou uma manifestação
contra a entrada do CHEGA no Parlamento, democraticamente eleito como ela.
Ainda nem sequer aqueceu o lugar e já é ditadora.
No lugar do Ventura não me
importaria nadinha com isto. Seria com imenso orgulho que representaria o maior
grupo de portugueses: o povo. Falaria do episódio da porta sem complexos
lembrando que só os grandes líderes têm este privilégio de ver um
Parlamento inteiro incomodado com sua presença. Bravo, André!
Não importa por onde se entra,
importa é estar no Parlamento, chegar onde todos diziam ser impossível e principalmente através
dos votos do povo português que disse claramente “chega!”
ao sistema corrupto existente.
Só falta saber quem vai usar a
dita porta daqui a 4 anos. Aguardemos.
Título e Texto: Cristina
Miranda, Blasfémias,
26-10-2019
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