André Richter
A Procuradoria-Geral da
República (PGR) informou hoje (30) que foi arquivada uma citação do
nome do presidente Jair Bolsonaro nas investigações sobre a morte de Marielle
Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 14 de março
do ano passado. A procuradoria disse que a decisão está em segredo
de Justiça, e os detalhes não serão divulgados.
Mais cedo, o Ministério Público
do Rio de Janeiro confirmou que o porteiro do condomínio onde o presidente
tem uma casa, no Rio de Janeiro, mentiu em depoimento prestado nas investigações do
caso.
A PGR também informou que
o pedido feito pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para seja aberto um inquérito para apurar “todas as
circunstâncias” da citação será enviado para o Ministério Público Federal (MPF)
no Rio de Janeiro.
Ontem (30) à noite,
o Jornal Nacional, da TV Globo, noticiou que registros do
condomínio Vivendas da Barra, e também o depoimento de um dos porteiros à
Polícia Civil, deram conta de que um dos suspeitos do assassinato, o
ex-policial militar Élcio Queiroz, esteve, horas antes do crime, na casa do sargento
aposentado da Polícia Militar Ronnie Lessa, suspeito de ser o executor da ação,
que mora no local.
Segundo o Jornal
Nacional, em depoimento, o porteiro informou que Élcio Queiroz anunciou que
iria não à casa de Lessa, mas à de número 58 do Vivendas da Barra, que é a
residência de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Ainda segundo o programa
da Globo, em seu depoimento, o porteiro afirmou ter interfonado para
a casa do então deputado federal e que “seu Jair” havia autorizado a entrada do
visitante.
Contudo, registros de presença
da Câmara dos Deputados demonstram que naquele dia o então deputado estava em
Brasília, conforme também noticiado pelo Jornal Nacional. Nesta
tarde, o vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, divulgou um
vídeo em seu perfil no Twitter que indica que o porteiro interfona diretamente
para a casa de Lessa, e não para a residência de Bolsonaro.
Título e Texto: André
Richter; Edição: Juliana Andrade – Agência Brasil, 30-10-2019, 19h31
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