quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Cristãos massacrados, a mídia faz vista grossa

Giulio Meotti

Na mesma semana do abominável ataque à mesquita em Christchurch, na Nova Zelândia... mais de 200 cristãos foram mortos na Nigéria. Difícil foi encontrar no noticiário algo a respeito do massacre desses cristãos. Nada de passeatas em homenagem aos cristãos martirizados, nada de dobrar sinos a pedido de governos, nada de camisetas com 'Je suis Charlie', nem uminha indignação popular." — Padre Benedict Kiely, Crisis Magazine, 4 de setembro de 2019.

Os satélites da NASA captaram os incêndios na amazônia, urgindo os líderes mundiais a se comprometerem a proteger a floresta amazônica. Queimar, mutilar e assassinar cristãos não é monitorado por satélites, seu sofrimento não é visto nas TVs nem nos jornais. Na realidade, no Ocidente parece que a perseguição aos cristãos sequer existe.

O Vaticano, o Papa Francisco e demais clérigos e a mídia têm uma opção: lançar a luz em cima desses cristãos perseguidos ou serem acusados de cegueira deliberada... O Vaticano deveria dedicar o próximo sínodo a eles.

Sobame Da, um dos principais vilarejos cristãos no Mali, após o ataque de junho de 2019 por pistoleiros Fulani no qual foram massacrados cem homens, mulheres e crianças. Imagem: United Nations/MINUSMA/Flickr

Na floresta amazônica, de vital importância para o planeta, foi desencadeada uma profunda crise devido à prolongada ação do homem, na qual prevalece a 'cultura do desperdício' (LS 16) e a predominância da mentalidade extrativista", segundo palavras do Vaticano.

A Amazônia é uma região dotada de rica biodiversidade, multiétnica, multicultural e multirreligiosa, espelho de toda a humanidade que, em defesa da vida, requer mudanças estruturais e pessoais de todos os seres humanos, nações e da Igreja."

É por esta razão que foi marcada uma reunião do Sínodo dos Bispos da região Pan-amazônica em Roma de 6 a 27 de outubro. Em entrevista concedida ao jornal italiano La Stampa, o Papa Francisco salientou que um dos maiores desafios da região amazônica é a "ameaça à vida das populações e dos territórios que deriva dos interesses econômicos e políticos dos setores que dominam a sociedade.

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