Este relato não deprecia os
nobres Professores de Geografia e História (nem aos demais que também são
obrigados a seguir normas arcaicas do MEC que não os valorizam) que abriram
mentes de milhares de jovens. Apenas resume minha visão (fincada no artigo
“falência orquestrada da Educação e da Cultura”) sobre as tortas diretrizes que
conduzem nossas escolas populares no sentido de “educar” nossos jovens sem
permitir que raciocinem e a seguir comecem a entender em que tipo de pessoas
devem votar para cargos públicos.
Exemplos rasteiros de questões
e respostas complicadas que percorrem nossas escolas há dezenas de anos.
1 – O rio Amazonas possui 1100
afluentes. Cite os nomes de 44 deles.
2 – Qual a altura exata do
pico da Neblina?
3 – Qual o nome do pai do
faraó Tutancâmon?
4 – Quais atividades sociais a
Princesa Isabel apreciava?
Dá para perceber quantos
neurônios são exigidos (ainda mais com a baixa qualidade alimentar da família
pobre brasileira) para obter respostas baseadas apenas em “decoreba”.
Tive sorte de encontrar
Mestres da Geografia no meu ginasial que explicavam a importância agrícola de
cada região do Brasil, o tipo de clima e terreno adequado para o plantio, as
vias de escoamento, quais fatores implicavam nos preços das mercadorias, o intercâmbio
com outros países. Uma Geografia econômica de alto nível que nos levava a
derivar para a importância de termos as informações corretas para alavancar
nossa produção com redução de gastos.
Também os Mestres de História
que saindo um pouco da “orientação” da escola, nos narravam as artimanhas
políticas e interesses econômicos que explicam a sequência de fatos nebulosos
(falsa independência, “libertação de escravos”, criação da república, eleições
direcionadas) que nos colocaram no atual patamar de subdesenvolvimento e nos
transformaram em acomodados que assistem passivamente à espoliação que a nação
sofre por parte das dinastias que amistosamente se revezam no poder.
E nos alertaram que tal
formato sobrevive pela “distração” oferecida ao povo que teve o azar de ser
colonizado por pessoas que colocaram o lucro num patamar muito distante do bem
estar dos esfomeados que sustentam as riquezas almejadas pelos herdeiros
parasitas de tais dinastias.
Este modelo perpetuado por
décadas e que nos deixam distantes de nações que crescem e nos ultrapassam, é o
cenário ideal para os políticos inescrupulosos que usam nossos impostos para
proveito próprio em troca de péssimos “bons serviços prestados” aos inocentes
eleitores que pouco almejam por uma melhor qualidade de vida.
Título e Texto: Haroldo
Barboza, Rio de Janeiro, 16-3-2020
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