quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

[Foco no fosso] APP “polipoli”

Haroldo Barboza

Não sou engenheiro de comunicações nem astrólogo. Mas acredito que já estão testando novo tipo de smartfone, que vai dispensar uso de dedos e da boca para digitar textos e trocar falas. Será chamado de “mindphone”. Num formato parecido com aparelho de surdez. Ficará preso a uma das orelhas e poderá ser usado até dez metros abaixo do nível de água (bom para nossas enchentes urbanas). Será carregado pela pulsação do coração enquanto não dormimos.

Será ligado/desligado por qualquer um dos três toques rápidos sobre sua superfície de 16 cm2.

Cuidado ao tentar estapear um mosquito na orelha!

Preste atenção nas novas “palavras” de comando que se seguem.

Usando (MENTALMENTE) as palavras (?) APIAPI (aparelho, inicie) e APEAPE (aparelho, encerre), qualquer palavra (até oito seguidas) entre estas será interpretada como ordem para executar alguma tarefa. Exemplos:

APIAPI exibir apps instalados neste aparelho APEAPE.

APIAPI telefonar para dermatologista Beatriz APEAPE.

APIAPI exibir cinco últimas mensagens do WhatsApp APEAPE.

APIAPI exibir distância do carro da sogra até aqui APEAPE.

Uma tela holográfica (sempre com o sol às suas costas) surgirá com padrão 64 MP.

Para enviar mensagem escrita, teremos de pensar:
TECTEC mamãe, ponha o feijão para esquentar pois chegarei dentro de 45 minutos TECTEC.

Para enviar mensagem de voz, teremos de trocar TECTEC por ZOZO.

Com mais alguns melhoramentos em cima de minha ficção, teremos um aparelho de grande aceitação popular.

O melhor deixei para o final!

Ele virá com o aplicativo POLIPOLI (policiar político) já instalado.

Todo candidato a cargo público, será OBRIGADO a se cadastrar neste aplicativo. Só ficará “ativo” quando empossado no cargo. Na semana que antecede a posse, sofrerá um procedimento de cinco minutos para implantação de um chip (com senha para retirada) na nuca que não poderá ser retirado por terceiros (como tornozeleira eletrônica) até que abandone o cargo público.

Cada eleitor que votar, apontará sua câmera para a urna-E para fotografar o QRCODE do gajo e assim passar a acompanhar (durante o mandato) o candidato (e apenas ele) que ajudou a eleger.

O incauto será “vigiado” via GPS cervical (não vai poder usar aviões da FAB para passear na Disneyworld), bem como suas comunicações com qualquer pessoa através de qualquer meio disponível!
Que esta evolução nos atinja em menos de dez anos!
Título e Texto: Haroldo Barboza, Rio de Janeiro, 27-2-2020


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