Deputados de diversos partidos usaram as
redes sociais para criticar vídeo repassado por Bolsonaro chamando para uma
manifestação no mês que vem
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Foto: Pedro França/Agência Senado |
Luiz Gustavo Xavier
Líderes parlamentares de
diversos partidos manifestaram contrariedade sobre o vídeo repassado pelo
presidente da República, Jair Bolsonaro, e divulgado pela imprensa, convocando
manifestações para o dia 15 de março em defesa do governo. Apoiadores do presidente
marcaram protestos contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Mais cedo o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu
o respeito às instituições e à ordem democrática e afirmou que criar
tensão institucional não ajuda o País a evoluir.
Diálogo
O líder do Democratas, deputado Efraim Filho (PB), defendeu o diálogo para enfrentar os desafios do País. “Agora, com uma epidemia mundial batendo a nossa porta, é hora dos seus líderes estarem dialogando e concentrando esforços conjuntos para enfrentarem esse desafio. A Constituição já dá a solução em seus princípios: "poderes independentes sim, porém harmônicos”, disse Efraim.
O líder do Democratas, deputado Efraim Filho (PB), defendeu o diálogo para enfrentar os desafios do País. “Agora, com uma epidemia mundial batendo a nossa porta, é hora dos seus líderes estarem dialogando e concentrando esforços conjuntos para enfrentarem esse desafio. A Constituição já dá a solução em seus princípios: "poderes independentes sim, porém harmônicos”, disse Efraim.
O líder da Oposição,
deputado Alessandro Molon (RJ), criticou a fala do presidente e disse que vai ser articular com
outros partidos para impedir quaisquer tentativas de rupturas democráticas.
“Basta! O próprio presidente
convoca ato contra a democracia? Como Bolsonaro não consegue oferecer uma vida
melhor ao povo, procura culpados: o Congresso, o Judiciário, a imprensa. As
forças democráticas vão agir. Vamos nos unir para impedir outra ditadura!”,
disse Molon.
Compromisso constitucional
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (RJ), afirmou que não dá para aceitar a fala de Bolsonaro como algo menor ou isolado. “A palavra de ordem agora precisa ser Brasil Unido Contra o Fascismo. Oposição, centro, forças políticas independentes, instituições diversas, sociedade organizada ou não. Todos que apoiam a democracia e a Constituição”, protestou Feghali.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (RJ), afirmou que não dá para aceitar a fala de Bolsonaro como algo menor ou isolado. “A palavra de ordem agora precisa ser Brasil Unido Contra o Fascismo. Oposição, centro, forças políticas independentes, instituições diversas, sociedade organizada ou não. Todos que apoiam a democracia e a Constituição”, protestou Feghali.
O líder do Cidadania,
deputado Arnaldo Jardim (SP), também criticou a manifestação de Bolsonaro. “Vejo um
ataque às instituições e um descumprimento de compromisso constitucional”,
disse Jardim.
A líder do Psol,
deputada Fernanda Melchionna (RS), afirmou que se trata de uma ameaça às instituições. “Nos
grupos que apoiam Bolsonaro, circulam pedidos de golpe militar estimulados pelo
próprio governo. Não ficaremos observando essas repetidas ameaças. Nossa
resposta precisa ser nas ruas”, criticou Melchionna.
Agressão à sociedade
O líder do PT, deputado Ênio Verri (PR), afirmou que é inadmissível que o presidente Bolsonaro defenda manifestação pedindo o fechamento do Congresso Nacional. “Toda a sociedade está sendo agredida e deve se levantar contra mais esse atentado cometido por Bolsonaro, que não tem qualificação para o cargo”, protestou Verri.
O líder do PT, deputado Ênio Verri (PR), afirmou que é inadmissível que o presidente Bolsonaro defenda manifestação pedindo o fechamento do Congresso Nacional. “Toda a sociedade está sendo agredida e deve se levantar contra mais esse atentado cometido por Bolsonaro, que não tem qualificação para o cargo”, protestou Verri.
O líder do PSB, deputado Tadeu Alencar (PE),
avaliou a atitude do presidente Bolsonaro como grave e extremista. “O
presidente brinca com fogo; nós democratas não devemos permiti-lo, sob pena de
grave omissão histórica”, disse.
O líder do PTB, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA),
também se manifestou contrariamente à fala de Bolsonaro. “O Brasil precisa
de equilíbrios institucionais, de poderes harmônicos, independentes e
respeitando-se para poder crescer. Isto é democracia!”, afirmou Fernandes.
O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE),
afirmou que a fala do presidente da República tem um viés autoritário e
golpista. “Querem incitar a população a esfacelar ainda mais o Estado
brasileiro. Mas não temos medo de milicianos e fascistas que usam o povo para
galgar novo golpe”, protestou o líder.
O vice-líder do Podemos
deputado Bacelar (BA) também
criticou vídeo divulgado por Bolsonaro. “A conclamação do presidente para
ato contra a corte e o Congresso, se confirmada, revela a face sombria de um
presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que
ignora o sentido fundamental da separação de Poderes”, afirmou Bacelar.
Outro lado
O líder do PSL, deputado Eduardo Bolsonaro (SP), foi o único a defender o presidente. Ele afirmou que estão todos se unindo contra Bolsonaro e que parte da imprensa quer criar atritos entre o Executivo e o Legislativo.
O líder do PSL, deputado Eduardo Bolsonaro (SP), foi o único a defender o presidente. Ele afirmou que estão todos se unindo contra Bolsonaro e que parte da imprensa quer criar atritos entre o Executivo e o Legislativo.
“E ainda tem isentão achando
que engana: 'eu não sou contra Bolsonaro, só estou criticando para ajudar o
País'. Imaginem como estaria o Brasil com Haddad e daí façam suas críticas”,
protestou.
Reportagem: Luiz Gustavo
Xavier, Edição: Natalia Doederlein – Agência Câmara Notícias,
26-2-2020, 14h04
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