quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

[Aparecido rasga o verbo] E o “Zé do Caixão” entrou de vez no seu

Aparecido Raimundo de Souza

EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA, A COLUNA “RASGA O VERBO” vem a público para informar à Familia “Cão que Fuma”, bem ainda amigos e leitores, o passamento de um grande homem público e notável. VEIO A ÓBITO neste 19, quarta-feira, em São Paulo, aos 83 anos de idade no hospital Sancta Maggiore, o mestre do terror, não outro senão o cineasta, diretor, ator, roteirista e escritor JOSÉ MOJICA MARINS, o “Zé do Caixão”.

Vítima de uma broncopneumonia, Mojica nos deixou às 15h46. Essa figura querida e famosa se tornou conhecidíssima no mundo cinematográfico, por encarnar o catastrófico e louco Josefel Zanatas, em mais de 40 longas. Conhecido popularmente Brasil e mundo afora, como “Zé do Caixão”, esse personagem meio estrambólico foi por ele criado em 1963, quando contava apenas 27 anos.



Paulista de Vila Mariana, nasceu aos 13 de março de 1936. Era casado com Edineide Silva, com quem teve três filhos: Liz Marins (cineasta como o pai, atriz, escritora e apresentadora de televisão, criadora da personagem “Liz Vamp”),  Merisol Marins (cineasta e atriz) e Crounel Marins (cineasta, ator e escritor, produziu e dirigiu “Perversão” e “Demônios e Maravilhas”, documentário sobre a vida e obra de seu pai).

Além desses três, Mojica teve mais cinco filhos, de um outro relacionamento, num total de oito. Sucesso de bilheteria, José Mojica levou muita gente às cadeiras dos cinemas para assistir aos seus longas de puro “medo nervosismo e horror”, ao contrário de Mazzaropi que seguiu por caminho contrário, ou seja, o humorismo.


José Mojica Marins deixou um legado de muitas produções, entre elas, “À Meia Noite Levarei Sua Alma”, “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver”, “Encarnação do Demônio”, “O Despertar da Besta”, “Delírios de um Anormal”, “Exorcismo Negro” e “A Virgem e o Machão”, entre outros.


Além desses títulos, participou como ator em outros cinquenta filmes do mesmo gênero de suas criações. A cerimônia acontecerá hoje, quinta-feira, a partir das 16h no (MIS) Museu da Imagem e do Som, localizado na Avenida Europa nº 158, no bairro Jardim Europa, São Paulo.

Após o velório, José Mojica Marins será sepultado no Cemitério São Paulo, este localizado na Rua Cardeal Arcoverde nº 1250 no bairro de Pinheiros, às 12h dessa sexta-feira, 21.  Nossos sinceros pêsames aos amigos e, claro, à família enlutada.



Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Salvador, Bahia. 20-2-2020

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2 comentários:

  1. NUNCA VI UM FILME DESTE! NÃO FUI PRIVILEGIADO. O CINEMA BRASILERO NUNCA SAI DA MERDA.

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  2. Engraçado que o derradeiro longa de "Zé do Caixão", cujas filmagens aconteciam em Ribeirão Preto, Sorocaba, Campinas e Brotas, ficou pela metade. "A Sepultura Vazia da Besta que veio do Inferno", talvez nunca seja terminado. José Mojica era o ator principal (fazia três papeis ao mesmo tempo) e seria difícil encontrar um personagem com as mesmas características do "copião" original. A não ser que seus filhos, cineastas refizessem ou refilmassem de novo. De qualquer forma, com raríssimas exceções, as produções brasileiras são uns cagalhões. E quando chegam às salas de projeções, fazem feder nossos olhos.
    Carina Bratt, de Salvador, na Bahia.

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