Luiz Fernando da Motta e
Albuquerque
Nome de Guerra:
Luiz Motta
Onde e quando nasceu?
Sou Carioca, nasci em 1958.
Onde estudou?
Primário, em colégio público
em Ipanema, Marília de Dirceu. Depois passei para o colégio particular,
Brasileiro de Almeida, também em Ipanema, e iniciei a faculdade de Administração
na Santa Úrsula, em Botafogo, mas interrompi para entrar na aviação como comissário
de voo na Cruzeiro do Sul em 1979.
Onde passou a infância e
juventude?
Minha infância foi na zona sul
do Rio de Janeiro, em Ipanema, morando numa rua sem saída.
Época boa e totalmente
diferente dos dias atuais, pois tínhamos liberdade e total segurança para
brincar NA RUA, com plena liberdade.
Tínhamos também um sítio em
Friburgo onde pude frequentemente viver em contato total com a natureza mais
rústica possível.
Trago amigos desde dessa data
até os dias de hoje onde frequentemente nos falamos em um grupo específico de WhatsApp
e nos encontramos três a quatro vezes por ano para um bom chopp.
Qual (ou quais)
acontecimento marcou a sua infância e juventude?
Tive a separação dos meus pais
que foi algo muito marcante, pois naquela época não era tão comum como
atualmente, mas superamos as dificuldades, e tive ainda o prazer de presenciar
e participar de festas em família com a presença de ambos, num excelente
relacionamento de amizade entre os dois e seus familiares.
Quando começou a trabalhar?
Meu primeiro emprego foi na
firma do pai de um amigo meu, em julho de 1977, atuando em cargo
administrativo.
Posteriormente, em 22 de abril
de 1979, fui admitido na CRUZEIRO DO SUL como comissário, com o salário, à
época, de CZ$ 5.898,00 (cruzeiros, moeda corrente).
Após dois anos, deram a
possibilidade aos que tinham menos de três anos na empresa, passar para a
VARIG, porém, pedindo demissão e já no dia seguinte sendo contratado com o
salário inicial não chegando a CZ$ 3.000,00, o que dificultou para muitos já
com seus compromissos financeiros assumidos.
Era, sem dúvida, uma
possibilidade ímpar pela enorme diferença entre as empresas a nível de mercado
e, claro, profissionalmente, o que, com certeza, não causou qualquer
arrependimento a nenhum de nós até os dias finais em 2 de agosto de 2006,
quando recebemos o fatídico telegrama demissional sem NADA receber.
Então, em 1981 ingressa na
Varig, correto? Em qual equipamento?
Do início, meu pai era
comandante da SC e meu sonho era ser piloto, mas não pude por limitação visual,
mas ainda assim, entrei numa época que a aviação se expandia abruptamente.
Em 1979, a Cruzeiro já havia
sido comprada pela VARIG, mas mantinham-se as duas bandeiras.
Entrei como comissário,
naquela época só existiam dois equipamentos, o 737 e o 727. Para ter ideia,
voar 727 era promoção, possibilitando voar para toda a América do Sul, o que
era também fantástico.
Logo chegou o AIRBUS e iniciaram
os voos para Miami. Sendo qualificado no idioma inglês, tive a sorte de ser
rapidamente selecionado para operá-lo.
Em 1981 ao passar para a VARIG
os equipamentos iniciais eram: ELECTRA II, 737 e 727.
Lembra dos seus primeiros
voos, na SC e na RG?
Na SC, o voo inicial de todos
nós era o 484/485, voo que ia "pingando" pelo Oeste até Manaus,
pernoites entre Manaus e Belém e retornávamos em sentido contrário após cinco
dias.
São muitas as lembranças pois
tínhamos um diferencial muito grande na SC, não recebíamos diárias, assinávamos
notas de consumo o que nos "prendia" aos hotéis, mas em compensação,
nos permitia realmente uma vida de "rei" em todos os pernoites,
principalmente por um método que chamávamos de "química" que era
trocar consumo de bebida por refeição.
Tem um fato muito conhecido
sobre a "química" que vale comentar: um comandante foi chamado em sua
chefia pois chegou uma nota assinada por ele de cento e cinquenta unidades de
água mineral. Disse o seu chefe: “nós sabemos que existe a tal química, mas
quando fizer isso, pelo menos pague metade e assine o restante consumido”. O
comandante respondeu: “foi o que fiz”.
Na RG todos nós que passamos,
mesmo estando habilitados no AIRBUS, começamos, como todos os admitidos na
empresa de modo normal, salário inicial e também equipamento:
ELECTRA II, 737 e 727.
Meu
último voo na SC foi um pernoite de três dias inativos em Miami. E o primeiro
na RG foi um “quatro pernas de ponte”. Diferença, hein?!
Perguntar sobre lembranças a
um tripulante é algo infinito, sem qualquer dúvida, mas o mais marcante na RG,
que também queria registrar, foi como fomos MUITO BEM RECEBIDOS por todos,
pelos colegas e também pela chefia. Valeu e muito até os dias finais.
Quando é promovido para a
Internacional?
Foi muito rápido como disse,
pois o crescimento da empresa foi anormal, em 1984 já estávamos habilitados a
voar DC-10.
Houve dois fatos interessantes
quando recebemos a escala, que foi em um pernoite em Porto Alegre.
O primeiro, de um colega que
pegou a escala assim: 740 740 ROM ROM ROM 741 741, era a escala do comissário
Renato Andrade que perguntou, com estas palavras: "Que porra é essa de
ROMROMROM?" Ao saber o resultado rimos muito, significava três dias
inativos em Roma.
O outro, não tão engraçado,
mas que era bem constante em nosso dia a dia, aconteceu comigo em meu primeiro
voo, que seria um GIG/NYC, e a escala ligou um dia antes mudando para um
GIG/MEX o que levei como "batismo" da Inter.
Como ocupava o tempo nos
pernoites?
Isso realmente variava muito,
pois dependia da composição da tripulação. Por muitas vezes tínhamos a
tripulação completa, jantando em algum bom restaurante. Mas o mais normal era
sairmos em pequenos grupos, normalmente unidos por interesses comuns.
Qual (ou quais) o pernoite preferido?
Eu gostava e continuo gostando
muito de Los Angeles, fiz alguns pequenos baseamentos lá e, realmente,
aproveitava ao máximo.
Lembro que num voo junto com
um colega de turma da SC, Comissário Lameira, alugamos um carro esportivo e
fomos e voltamos de Los Angeles até São Francisco, na ida pelo litoral curtindo
toda a viagem com uma vista espetacular do Pacífico, indo até a casa de meu
irmão que lá morava.
A Europa, em cada lugar que
pernoitávamos, era maravilhoso, e cada cidade com sua peculiaridade. Mas
gostava muito de Amsterdam no verão, e Paris a qualquer tempo.
Passou por algum perrengue
na aviação?
Tenho muito a agradecer, felizmente
nenhuma situação de insegurança durante meus vinte e sete anos de voo.
Como reagiu ao recebimento
do telegrama?
Já estávamos em um processo de
fim da empresa, salários já vinham sendo pagos em parcelas e em agosto já
acumulávamos quatro meses sem salários.
Tivemos tripulações não sendo
recebidas em hotéis e até mesmo convidada a sair do hotel por falta de pagamento...
Era esperado por todos.
Depois desse agosto abraçou
alguma atividade?
Eu era casado e como ela também recebeu o telegrama e tínhamos uma das filhas com dois anos, tivemos que optar em um de nós trabalhar, e depois de um tempo consegui também ser admitido na GOL, com um salário durante o curso de R$ 450,00 para bancar ainda moradia em SP. Foi muito difícil tudo, mas a necessidade nos fez caminhar e lutar até os dias de hoje.
Eu era casado e como ela também recebeu o telegrama e tínhamos uma das filhas com dois anos, tivemos que optar em um de nós trabalhar, e depois de um tempo consegui também ser admitido na GOL, com um salário durante o curso de R$ 450,00 para bancar ainda moradia em SP. Foi muito difícil tudo, mas a necessidade nos fez caminhar e lutar até os dias de hoje.
Não mais trabalha na Gol,
certo? Ficou lá até quando?
Voei na GOL por sete anos,
iniciei na base Rio, o que facilitou muito e cheguei a ser promovido a chefe de
equipe.
Quais as diferenças entre a
Gol e a RG?
Reformulando, a pergunta seria,
quais similaridades?
Quase nada, era notório a
chefia de comissários que era oriunda da VASP, tinham muitas divergências com o
nosso grupo, principalmente os que questionavam, que era o meu caso, mas os
pilotos e sua chefia nos receberam de braços abertos.
Tem saudades da RG?
Nossa, foram vinte e sete anos
voando que só me trazem boas lembranças, e ainda tive durante esse tempo a
oportunidade de participar ajudando na representação do grupo.
Recentemente, destruíram um
DC-3 VARIG, o mesmo que esteve no aterro do Flamengo para visitação em tempos
passados. O transformaram em sucata para venda com o intuito claro de apagar
nossa história e nossa representação, mas não deixaremos isso acontecer,
estamos cada vez mais presentes nas ruas, nas redes sociais e no judiciário, e
só vamos fechar esse "livro", colocá-lo na estante, quando todos nós,
ex-funcionários VARIG, recebermos nossos direitos trabalhistas e
previdenciários.
Por que saiu da Gol?
Fui demitido da GOL em 2014,
acredito que por alguns atos extra voo que praticava. Como exemplo, ter feito
um site que se chamava CREW LOUNGE CENTER que fazia anúncios, vendas, dicas de
pernoite e entrevistas, entre outras coisas. Fui chamado à chefia de comissários
para explicar com que consentimento eu havia publicado a imagem da GOL no site.
Respondi que fora o piloto chefe.
Tive que ASSINAR algumas
advertências orais (acredite, existia isso lá), e no final alegaram que eu não
fazia o perfil da empresa.
Deixa
ver se eu entendi, você assinava – tornava-a escrita, portanto, – uma
advertência verbal?!
Exato, era necessário assinar a advertência VERBAL.
Não lhe parece paradoxal
ter saudades de uma empresa que atrasava salários e até agora não pagou o que
deve aos seus funcionários?...
Minha vida profissional foi
consolidada na VARIG, foram vinte e sete anos, onde de 2002 a 2006 os problemas
realmente se iniciaram, mas participando junto com a associação, a ACVAR,
lutamos muito para manter postos de trabalho, o que me serviu de grande
aprendizado.
Os prejuízos causados aos que
são vivos e ativos até os dias de hoje, foram causados por interesses próprios
e de outras muitas pessoas que NUNCA foram VARIG, ou seja, o objetivo foi
acabar com a empresa que é, até aos dias de hoje, a querida do Brasil...
Quando o livro que você
refere começou a ser escrito?
Em 7 de maio de 1927, que foi o
seu primeiro voo comercial.
Queremos finalizar este livro
com TODOS os funcionários recebendo seus direitos, sem qualquer diferença entre
nós que participamos dessa história, cada um com seu momento e sua função, pois
foi assim que foi formada essa grande empresa que foi a VARIG.
Meu sonho é uma grande festa a
nível nacional e por que não internacional?, comemorando o dia em que teremos
quitados com TODOS nós, nossos direitos trabalhistas e previdenciários.
“onde
de 2002 a 2006 os problemas realmente se iniciaram”, mas que,
infelizmente, culminaram, em 2006, com o fechamento. Semanas depois começaram a
pipocar manifestações de ex-trabalhadores da Varig... que perduram até hoje. Em
que ano você começou a participar dessas manifestações/atos/protestos?
Éramos dois desempregados em casa para cuidar de três crianças, uma delas com dois anos. Morávamos em Itaipu, Niterói, e batalhamos para conseguir emprego, o que era muito difícil devido à falta de formação profissional, só tínhamos a boa experiência na aviação.
Éramos dois desempregados em casa para cuidar de três crianças, uma delas com dois anos. Morávamos em Itaipu, Niterói, e batalhamos para conseguir emprego, o que era muito difícil devido à falta de formação profissional, só tínhamos a boa experiência na aviação.
O que minha companheira
conseguiu na Gol, e quase um ano depois também ingressei na companhia.
Não participava dos protestos,
atos e manifestações, por falta de grana mesmo, foi a fase mais apertada que
passamos.
Aos poucos começamos a colocar
as principais contas em dia e retornamos aos poucos, principalmente com minha
admissão.
Após minha demissão em 2014
comecei a interagir e me informar sobre tudo que vinha e estava acontecendo. Desde
então, venho participando e lutando por nossos direitos.
Então, felizmente, começa a
participar em 2014. Lembra da sua primeira participação?
Lembro sim, chamei em minha
casa um grupo de pessoas para tomarmos conhecimento dos fatos atuais.
Tínhamos um rateio autorizado
de setenta milhões e não era distribuído de forma alguma. Fizemos alguns
encontros, e em 2015 fiz um vídeo que publiquei no meu Facebook convocando as
pessoas para irmos para a frente do escritório do AJ (Administrador Judicial)
da época, senhor Gustavo Licks, que fica na Rua São José, 40, no centro do Rio.
Acabou sendo esse o meio de
comunicação com o grupo que, aos poucos, foi crescendo e, felizmente, começamos
a obter alguns bons resultados.
Bons resultados? Quais?
Primeiramente, gostaria de
deixar registrado que os problemas da VARIG se iniciaram bem antes de 2006, e
além de administrativos também foram de interesses POLÍTICOS e individuais,
tendo inclusive nosso Plano de Previdência Privada, o AERUS, envolvido nesse
drama.
Com isso registrado vamos à
sua pergunta, estávamos muito dispersos em busca de nossa sobrevivência, os
demitidos em busca de trabalho para sobreviver, pois não éramos aposentados, e
os que se habilitavam para receber sua complementação preocupados com o
recebimento desses recursos.
O resultado que considero de
maior conquista foram as manifestações dos ASSISTIDOS que recebiam sua
aposentadoria, mas não sua complementação, e em 2014 conseguiram através da sua
luta, a antecipação de tutela que perdura até os dias de hoje.
E nós, não assistidos,
percebemos e vimos a importância de nos mobilizarmos, mesmo os que não tinham
recursos para tal, e enxergamos nessa possibilidade a esperança ser
restabelecida e com isso conseguimos aos poucos reunir o grupo em manifestações
com as pessoas acreditando cada vez mais na possibilidade de recebermos nossos
direitos.
Esses “bons resultados”
foram antes ou depois da CPI Estadual?
Essas manifestações na Rua São
José, 40, foram se avolumando de uma forma tão significativa que conseguimos o
que mais importante podemos ter em qualquer manifestação, a atenção da opinião
pública e, como consequência, nos trouxe mais uma vez, o Deputado Paulo Ramos
que digo sermos muito agradecido, pois foi o único e verdadeiro político, que
abraçou a causa VARIG em várias oportunidades, e obtivemos como consequência,
ele presidindo pela segunda vez, a CPI DA VARIG.
Quero destacar que:
1º - Nossa luta, embora não
apareça, ela perdura antes mesmo de 2006, porém sob o manto do judiciário, o
que além de demorado, é muito pouco divulgado, pois não nos interessa citar o
próximo passo a ser dado, mas foram erros sobre erros numa infinidade que fica
cada vez mais difícil de acreditar que foram implementados, e ainda com a
desculpa de ser em benefício da categoria.
2º - Vejo ainda uma pequena
parte do grupo, fazer menções de não termos lutado JUNTOS, um ao outro, o que é
um erro significativo.
Não quero medir a importância
de cada qual, pois os considero ÚNICOS assim como nossa LUTA É ÚNICA, por
nossos direitos.
Vou dar um exemplo que ficará
mais fácil de entender: é fato e de grande importância termos para nossa
sobrevivência, café da manhã, almoço e jantar, só que naquele momento, um grupo
tinha uma ou duas dessas refeições e o outro nenhuma delas, e como não podíamos
dividir precisávamos lutar como foi feito, em duas frentes, mas isso só
fortalece a quem quer essa divisão, se o grupo entender que AMBAS as lutas são
importantes, pois é sobre os direitos que nos pertence, aí sim, além de
obtermos nossos direitos nos dando o alimento que nos é merecido e
necessário, responsabilizar a esses que nos causaram e vêm causando todo esse sofrimento.
Foi numa dessas
manifestações que ocorreu o episódio da ovada no AJ?
Sim, foi em uma dessas que um
credor mostrou dessa forma sua indignação com a falta de transparência, atenção
e respeito para com o grupo, mas repudiamos toda e qualquer agressão e/ou atos
de violência, pois além de perder a razão, acaba dando motivos para que o
agredido se fortaleça e use isso como um argumento para desligamento do
processo se assim desejar.
E era exatamente o que
intencionava este AJ, pois já se sentia bem pressionado sobre as falhas em sua
gestão, além dos enormes gastos da Massa Falida que perduram até os dias de
hoje.
Por favor, não entendi “duas
frentes”... “AMBAS as lutas são importantes”...
A primeira frente formada
pelos assistidos que foram para suas manifestações com muita convicção e
determinação, fazendo, inclusive, acampamentos em Brasília e até mesmo com
greve de fome, obtendo com esses atos o benefício da antecipação da tutela.
Essa foi uma luta pelos direitos previdenciários.
A segunda frente dos não
assistidos que foram para suas manifestações e obtivemos conquistas como o
início de pagamento dos rateios e, o principal, o segundo relatório da CPI que,
com sua função investigativa, foi entregue e protocolada nas áreas competentes,
e esperamos, em breve, um resultado positivo. Essa foi uma luta pelos direitos
trabalhistas que trará benefício também, na esfera previdenciária.
Em nosso grupo temos três
tipos de ex-funcionários:
os que têm somente o direito
previdenciário a receber, o AERUS;
os que têm o AERUS e também os
seus direitos trabalhistas a receber;
e o terceiro grupo que tem
somente a parte trabalhista a receber.
Particularmente, comparo com
um time de futebol, com defesa, meio de campo e ataque. Nosso objetivo tem que
ser único, a vitória do time, que será a vitória de todos.
Se não tivermos este objetivo,
nunca chegaremos a um resultado positivo como um todo. Não podemos ter uma
defesa maravilhosa, um meio de campo intermediário e um ataque sem qualquer
aproveitamento e vice-versa, temos que ser um único time para sairmos
vitoriosos e de cabeça erguida, o time dos "sangue azul" como fomos
por algum tempo chamados.
Quem são “esses que nos
causaram e vêm causando todo esse sofrimento.”?
Principalmente o SNA, os
administradores judiciais, o AERUS como instituição e na figura dos
liquidantes.
Entendo...
Mas o SNA e a AAPT foram
responsáveis pela iniciativa/ação judicial, que hoje permite aos ‘assistidos’
do AERUS receberem os seus benefícios... não acha uma vitória e tanto?
(Interessante lembrar que essa ação deu entrada ANTES da
falência/derrocada/desespero...)
Os problemas com a VARIG foram
muitos e, como dito, antes mesmo de 2006, mas a pessoa jurídica do SNA nos
causou VÁRIOS problemas.
Interferiu na negociação da
empresa, inclusive dificultando o quanto pôde a compra até mesmo por um
conjunto de funcionários que tinha a intenção e a possibilidade de fazê-lo, e
fechou com um dano irreparável aos demitidos, a TRCT, Termo de Rescisão de
Contrato de Trabalho EM BRANCO.
Acredite, não teve maior
prejuízo aos demitidos do que esta ação.
Vale lembrar que a DT
(Defasagem Tarifária) – uma ação similar já havia contemplado a Transbrasil –
quando ainda em julgamento teria salvado a empresa em sua totalidade. Mas até
mesmo por força política, não houve esse interesse, muito pelo contrário, foi
"prometido" por parte do governo da época, Partido dos Trabalhadores,
o fechamento da VARIG.
Sobre a CPI estadual (foram
duas, né?), você acredita mesmo em algum resultado prático para os
ex-trabalhadores da Varig, para qualquer um dos três tipos de ex-funcionários
que você bem elencou?
Foram duas, ambas presididas
pelo Deputado Paulo Ramos, e que muito nos ajudou e ajudará, mas muitos pensam
que nada adiantou qualquer uma das duas. É um equívoco grande, pois alguns
ainda se enganam e muito em relação a isso.
Toda e qualquer CPI tem
somente o poder de INVESTIGAÇÃO, finalizando com um relatório que é encaminhado
aos poderes públicos com o intuito de buscar continuidade por parte do
judiciário, e também deixar registradas TODAS as ações que foram prejudiciais à
empresa, ao instituto e aos trabalhadores.
Os dois relatórios, sendo o
último ainda mais consistente, atestam várias ações que irão responsabilizar as
várias frentes que nos prejudicaram.
Todo nosso time dos "sangue-azul"
será beneficiado e ressarcido de seus prejuízos, porém, a MASSA FALIDA que já
caminha para seus dez anos de existência, se desfaz do patrimônio em benefício
de poucos.
Para se ter ideia, a despesa
MENSAL da Massa Falida hoje é de R$ 942.000,00 (novecentos e quarenta e dois
mil reais), quanto mais tempo demorar menos teremos a reaver. É um negócio
realmente da CHINA (lembra do Lap Chan?), ou seja, muito lucrativo.
Imagina uma empresa
"falida" completando dez anos, com esse gasto, que mantém um corpo
considerável de funcionários e empresas que prestam serviços, mas se mantém
viva.
Estamos cercados por uma
empresa que "faliu", mas somente para os trabalhadores demitidos e
também de uma instituição que está em processo de "liquidação", mas
tem 7,5 bilhões a receber da União, difícil demais de explicar e entender por
completo.
É...
Avançando, você tentou uma
vaga de deputado estadual pelo PDT em 2018, certo? Pretende se recandidatar?
Exato, quando estávamos ainda
com a CPI em andamento, o Deputado Paulo Ramos que se candidatava a Deputado
Federal, recebeu e aceitou a sugestão para me convidar por sua legenda, para
que eu me candidatasse a deputado estadual. Eu nunca havia pensado em qualquer
candidatura política, embora sempre tenha atuado como representante de turma no
colégio, na faculdade, que não completei, e mesmo na VARIG, participando da
diretoria da ACVAR. Valeu muito como experiência e aprendizado essa passagem
mesmo pelo PDT.
Jim, enquanto candidato, tive
várias oportunidades de conhecimento e percepção para e com as pessoas de modo
geral, e confesso, existia de tudo.
Existiam as pessoas que me
apoiaram, as que me pediam emprego em
caso de vitória, as que viraram as costas, e também, tenho até hoje depoimentos
guardados, muito deles até agressivos, de COLEGAS DE PROFISSÃO, que se
posicionaram achando ser um TOTAL ABSURDO minha candidatura.
Que FARIAM qualquer coisa para
que isso não se consolidasse, e lhe digo, até os dias de hoje isso vem
acontecendo, já que teremos eleições municipais este ano. Dizem abertamente que
o que quero e faço é somente "PALCO" para minha possível candidatura,
como se essa luta, também não me pertencesse e que eu, assim como muitos, não
estivéssemos lutando por nossos direitos e de tantos outros envolvidos, para obter
o nosso sustento, nossa vida e nossa tranquilidade.
Após as eleições do segundo
turno, me filiei ao PSL em um movimento nacional que houve, porém, logo em
seguida, aconteceu "o racha" no partido. Estou após este recesso em
contato e com o intuito de me filiar ao PODEMOS, independentemente de ser ou
não candidato, mas sim, por achar que devemos TODOS nós cidadãos brasileiros,
participar votando, atuando, cobrando, se manifestando e até mesmo se
candidatando.
Acredito que o cidadão
brasileiro acordou, percebeu que vivemos em uma sociedade e que nela PRECISAMOS
TER LEIS E REGRAS JUSTAS, precisamos de um executivo, de um legislativo, de um
judiciário, justos, honestos, dignos e capazes, voltados para o interesse do
povo, do cidadão de bem, para que possamos viver e conviver da melhor maneira
possível.
Hoje muitos brasileiros talvez
não saibam o elenco completo de seus times de futebol, mas são capazes de dizer
o nome dos onze ministros do STF.
Se serei candidato ainda não
sei, horas penso que sim outras que não, mas uma coisa é certa, nada me fará
parar a não ser A VITÓRIA DE TODO NOSSO TIME.
Chego neste mês de fevereiro
aos meus 62 anos, com quatro filhas, uma delas com 17 anos, outra casada, médica,
moradora de São Paulo, que já me deu um neto e está por vir uma neta.
Quero muito que tenham um país
mais justo e mais honesto, que a impunidade, a corrupção e os interesses
individuais sejam abolidos de todos os poderes. Que o respeito e os valores
fundamentais se consolidem, de fato, em nossa sociedade, formando um Brasil,
seus estado, seus municípios, seus bairros e nossas residências, cada vez
melhores.
Falando em Brasil, como
você avalia o governo do presidente Jair Bolsonaro?
Vou confessar, eu fui um dos
que votaram no Lula até ele ser eleito, acreditei na vontade de mudança e,
principalmente, na possibilidade de acabar com todas as injustiças sociais. Me
enganei, assim como a maioria.
Com o tempo, vimos, como
brasileiros e também como variguianos, que estávamos a caminho do poço sem fim.
As eleições de 2018 foram a
nossa chance de frear e acabar com o PT, ou seríamos a próxima Venezuela.
Acho que o governo Bolsonaro
está no caminho certo que é a reconstrução do país, acredito na maioria das
escolhas feitas por ele, e seus objetivos, de modo geral, são em benefício do
povo e do país.
Acho que está em processo de
aprendizado e acredito que possamos ter resultados ainda melhores ao final de
2020.
Merecemos uma reforma
administrativa, tributária, assim como uma reforma política. A candidatura
individual tem e é necessária prosperar, não acho justo termos que depender de
um partido para nos candidatar. Por vezes o partido OU ALGUÉM DO PARTIDO passa
a ser mais importante que o candidato e apaga o indivíduo em si. Assim como
também é necessário o fim do fundo eleitoral e partidário.
Compreendo.
Mas o fim do fundo eleitoral e partidário é uma faca... de dois ‘legumes’. Se o
Estado não financiar os partidos, quem os financiará?...
Em minha opinião e por experiência passada, esse fundo, na
verdade, só beneficia os caciques de cada um deles, com exceção do NOVO. O fim
do fundo tornaria a campanha, de forma geral, mais justa PARA TODOS, e ainda
assim, mesmo quem teve um mandato chulo, sem benefícios à população, leva
vantagem.
Tem acompanhado a política internacional?
Menos do que deveria e gostaria, mas o Trump que é o político do
momento, vem estabelecendo o fim do politicamente correto que eu acho o mais
justo. Qualquer parlamentar tem que lutar e colocar à frente o seu país.
E sobre o impeachment de Donald Trump que não deu impeachment?
Trump irá se reeleger com sobra, e ainda trará outras grandes
vantagens ao povo americano.
Uma pergunta que não foi feita?
Jim, quanto assunto gostoso!, me relembra aqueles na galley, durante o plantão, difícil parar. Fique inteiramente à vontade para questionar o que desejar.
Jim, quanto assunto gostoso!, me relembra aqueles na galley, durante o plantão, difícil parar. Fique inteiramente à vontade para questionar o que desejar.
Falando em plantão, você preferia o primeiro ou o segundo?
Minha preferência era descansar no segundo. Tem uma passagem
muito interessante, tempos passados, econômica, eu, auxiliar do Milton Silva
(Supervisor à época), tínhamos que iniciar o serviço tipo às 6 horas e ninguém
nos chamou. Até que às 6h20 o Milton foi até à galley e viu o pessoal
preparando para iniciar o serviço e perguntou: "O que foi, atrasou?",
"Sim" responderam, ele entrou no toalete, mas resolveu voltar e
perguntar: "O que atrasou?", responderam: "O serviço"... rsss.
Foi aquela correria para realizar.
Atualmente você trabalha em que área?
Jim, vou aproveitar esta pergunta para esclarecer algo bem
importante que perdura até os dias de hoje.
Entre nós, os demitidos da VARIG, temos os que não eram
participantes do AERUS e os que eram, mas não tinham completado 50 anos. Estes ficaram somente com o seguro desemprego
e o resto do saldo que fora (VARIG deixou de depositar uma grande parte)
depositado no FGTS.
Vou trazer exemplos dos dias atuais, exemplos de aeronautas, pois
são os que mais convivi. Somos divididos em duas categorias, pilotos e
comissários. Os pilotos, por obtenção da carteira de voo e sua especialização,
tiveram mais chance no mercado e até mesmo a nível internacional, mas a um
preço muito caro, principalmente pela distância do seu convívio familiar e
social, mas em alguns casos, financeiramente até mais vantajoso.
Outros, voando em empresas nacionais, em aviões de menor porte,
porém, numa faixa salarial que hoje oscila entre 18 a 28 mil reais, esta faixa a
quem comanda e tem cargo de instrutor.
Os comissários, alguns conseguiram se empregar e estão também
voando até os dias de hoje, com salário de mercado, e há aqueles que nada
conseguiram, mas estavam perto de sua aposentadoria e conseguiram, ao menos, se
aposentar pelo INSS depois de complementar o tempo que restava de contribuição.
E, por último, o grupo mais sofrido, além de nada conseguirem, consequentemente
não conseguiram ter a carteira assinada para continuar com a contribuição e
alcançar o tempo necessário para seu benefício.
Mostrados esses exemplos, agora inclua nesses três grupos
apresentados os aeroviários que por sua qualificação, conseguiram ou não sua
colocação no mercado, mas a grande maioria em função específica de empresa
aérea, passando a mesma necessidade do grupo mais sofrido.
Eu fui um dos que conseguiram após a demissão, complementar com
contribuições alcançando assim a aposentadoria e, mais tarde, através da firma
ABDO, atingir a especial.
Hoje trabalho como motorista de aplicativo e tenho a sorte de
obter mais uma remuneração, mas é um
trabalho árduo, duro, cada vez mais inseguro e muito cansativo, ainda assim, me
considero um privilegiado dentre os ex-funcionários que obtêm algum recurso,
porém, que continua em busca de TODOS nossos direitos, trabalhistas e
previdenciários.
Com o seu apoio declarado a Jair
Bolsonaro e a Donald Trump não tem receio que o chamem de “fascista”, “nazista”
e outros “istas”? 😊
Jim, meu apoio ao governo
Bolsonaro vem principalmente pelas necessidades de mudanças que o país EXIGIA e
chegou ao seu limite em 2018.
Os resultados que se
apresentavam com a Lava Jato, os acontecimentos que estavam ocorrendo com
prisões, inclusive de figurões, e até mesmo de um ex-presidente da república,
mais delações com ressarcimento do dinheiro público, tudo isso, com certeza,
não teria continuidade sem a vitória do atual governo e, ainda assim,
percebemos a enorme máquina que foi formada no executivo, legislativo e
judiciário, que não irá ser nada fácil de se resolver.
Não sou 100% Bolsonaro,
mas sou 100% convicto que nas mesmas situações, votaria da mesma forma como o
fiz em 2018.
Quanto ao Trump, vejo-o
como um presidente que coloca seu país em PRIMEIRO lugar, e este deveria ser o
foco, não de um presidente, mas sim, da população de qualquer país para que seu
país dê certo.
Mesmo que tenhamos votado
diferentemente ou em contrário, não podemos, somente por ideologia, torcer para
que as coisas não funcionem para o bem de todos.
Certeza absoluta de quem
usa as ideologias fascista, nazista e tantas outras, usam para denegrir a
imagem de uma pessoa, a mim não me incomoda, de forma alguma, embora, nunca
tenha sido rotulado como, mas significaria, com certeza, o fim da conversa.
Chegamos numa era do
"POLITICAMENTE CORRETO" que está tornando qualquer comentário, ação
ou mesmo um comportamento simples e claro, sem ofender ou provocar qualquer
pessoa, instituição, nação, seja o que for, uma agressão ou apropriação, como
essa recentemente vivida pela atriz Alessandra Negrini.
Você é religioso?
Sou católico, mas não
praticante, tenho fé, rezo, prego e adoto o bem a TODOS.
Qual é a sua avaliação sobre esta notícia
“Decreto da Prefeitura que limita funcionamento de aplicativos de transporte é suspenso”?
Acho realmente que o
aplicativo veio para ficar, acredito que possam vir algumas mudanças, inclusive
tarifárias, mas esta "concessão" já faz parte dos grandes centros.
O que aconteceu com
Alessandra Negrini?
Na abertura de um desfile
em São Paulo, a bela Alessandra (linda aos 49 anos, usando um maiô bem cavado),
apareceu em destaque com uma fantasia de índia, e foi muito criticada nas redes
sociais por "apropriação cultural, ao usar um cocar e pintura espalhada
por parte de seu corpo", simplesmente ridículo. Você lembra daquela
marchinha de carnaval: "O teu cabelo não nega mulata..."? Não é
politicamente correto usar, imagina isso?!
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Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo |
Jim, vou deixar para
esclarecer este assunto mais à frente, pela polêmica e as causas geradas, mas
será tudo esclarecido com a maior brevidade.
Uma coisa tem que ser
esclarecida que é a seguinte: nossa luta sempre teve dois focos que são diferentes
e distintos.
1 - O TRABALHISTA,
que numa ação totalmente fraudulenta que está um juízo até os dias de hoje e
que tem como responsável a tal Massa Falida.
2 – O PREVIDENCIÁRIO,
que trata dos participantes dos Planos I e II da VARIG.
Continuamos lutando por
ambos e o que posso adiantar é que:
A Massa Falida embora divulgue o valor
estipulado por ela, pois em nossa rescisão, rebemos a tal TRCT EM BRANCO,
limitou o recebimento a 150 salários inicialmente, e nesses 10 anos passados
ela só vem se desfazendo dos bens/imóveis e POUQUÍSSIMO passa aos
ex-funcionários que só conseguiram algo a receber, de 2017 para cá e, mesmo
assim, um pequeno valor por ano que diminui cada vez mais.
Os salários, 13º salário,
férias e outros custos com empresas terceirizadas, algumas dos próprios
funcionários, vem recebendo regularmente seus ganhos.
No AERUS, desde a pausa
do pagamento da antecipação de tutela que aconteceu em setembro passado, felizmente
em uma ação que a APRUS, através do Advogado Dr. Otávio Neves, conseguiu o
pronto restabelecimento dos pagamentos, inclusive, com citação aos ATIVOS, os
não assistidos que nada recebem e encontramos entre eles, sócios fundadores,
sócios que pagaram fortunas em joia e hoje já passaram em muito, dos requisitos
necessários para o mesmo recebimento dos assistidos de hoje. Queremos o fim dos
não assistidos nos Planos I e II da VARIG no AERUS.
Temos uma # que também ficou conhecida na rede, sobre o AERUS: #AerusAcordoJá
Temos uma # que também ficou conhecida na rede, sobre o AERUS: #AerusAcordoJá
Na hipótese de um dia
o valor da DT vir a ser liberado, qual a opção que você advoga: ir para a “massa falida” ou para o “aerus”? Por quê?
Acho que já está
compreendido, mas na verdade, a DT foi dada em garantia de pagamento ao AERUS
pelos recursos não repassados aos Planos I e II da VARIG, e este movimento,
quando ainda estava em julgamento, antes de ser transitada e julgada e, por
incrível que pareça, foi aceito inclusive com o aval do governo.
Temos que ser rápidos com
a FLEX, pois estão acabando com todos os bens, agora querem vender e sempre em
condições, como eu presenciei a uma, salas aqui no centro do Rio, ALUGADAS, COM
CONTRATO VIGENTE, serem leiloadas pela metade do preço do mercado, eles vendem
após nenhum lance embora seja anunciado ANTES DO LEILÃO, que em caso de não
haver lances, terá novo leilão do mesmo bem com desconto de 50%.
Fica fácil perceber por que
os funcionários que "trabalham" na FLEX, não têm a mesma avidez e necessidade
pela solução. Mas o que não entendo de forma alguma, é ter um pequeno grupo de
ex-funcionários que não trabalham para a FLEX, nada recebem, o que receberam
foi por resultado da nossa manifestação, não comparecem e, ainda assim,
DEFENDEM A FLEX E SEUS ADMINISTRADORES. Espero que um dia possamos entender o
que leva essas pessoas a abdicarem de seus direitos com um exemplo de
indiferença tão grande como ao que sofremos.
A derradeira mensagem:
Jim, sinceramente, você me pediu seis a oito fotos para ilustrar
e estou lhe mandando, irá observar que em nenhuma delas eu esteja de uniforme,
trabalhando, a bordo ou num pernoite, mas tenho muitas lembranças desses vinte
e sete anos de trabalho na aviação e quero realmente fechar esse livro e, aí
sim, quando der vontade, visualizar, relembrar, rir, chorar, mas HOJE, o que
todos nós, os mais de treze mil funcionários que mantiveram a VARIG voando até
seus últimos dias, que fundaram ou colaboraram para existência do AERUS,
merecem ter sua dignidade de volta, merecem deixar este sofrimento e esta
angústia que nos acompanha há tantos anos, e termos finalmente nossos direitos
de volta, assim como os responsáveis por todos esses danos responsabilizados.
Obrigado, Luiz!
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Conversas anteriores:
Ótima entrevista.
ResponderExcluirQuero aqui agradecer pela oportunnidade, pela exata reprodução de nossa conversa e aproveitar essa exposição, para dizer que nossa manifestação na Estrada do Galeão 3.200, irá retornar na primeira sexta-feira de março às 10 horas da manhã, estaremos na passarela da FLEX para promover novanente "O BUZINAÇO" da Ilha do Governador.
ResponderExcluirAté lá.
Luiz Motta
Muito boa entrevista.
ResponderExcluirVoei pela VARIG, Espetáculo.
Ótima!
ResponderExcluirParabéns para os dois.
cd
Excelente entrevista! Obrigada!
ResponderExcluirNercy Grabellos