Felipe Lucena
Relatos históricos apontam que
o chopp foi criado no Egito antigo – era uma forma de pagar trabalhadores e
acreditava-se que a bebida tinha poderes de rejuvenescimento. No entanto, bem
que poderia ter sido inventado no Rio de Janeiro.
Aliás, há quem diga que chopp
é coisa nossa, de brasileiro, mais ainda, de carioca. E é mesmo. Carioca é
capaz de resolver tudo em um, ou vários, chopps.
Está com um problema? Vamos
tomar um chopp pra desenrolar isso. Pronto. Caô resolvido. Afoga todos os males.
Está feliz? Vamos tomar um
chopp para celebrar isso. Aí é ainda mais fácil. Desce suave, gelado, numa
tranquila, numa boa.
Não tem hora para o chopp. Cai
bem do início ao fim do dia. Antes do almoço pra ficar pensando melhor, como
dizia o pernambucano Chico Science, ou à noite, até para perder o juízo, se
quiser.
De fato, o chopp rejuvenesce.
E faz sentido gastar parte do pegamento com ele. Pelo menos para esse que vos
escreve. E cura doenças, também. Já resolvi gripes, dores de garganta, lesões
físicas pós-futebol, corações partidos, entre outros problemas com doses
cavalares do amarelado remédio.
Também não há local para tomar
um chopp. Qualquer lugar é lugar. Mas o melhor lugar é aqui no Rio de Janeiro –
onde a bebida foi reinventada.
Um brinde ao chopp.
Título e Texto: Felipe
Lucena, Diário
do Rio, 22-2-2020
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