O Futebol Clube do Porto
venceu hoje, domingo, 16 de fevereiro, o Vitória de Guimarães, no campo deste,
por duas bolas a uma.
Depois da vitória do Porto sobre
o Benfica, no sábado, 8 de fevereiro, no Estádio do Dragão, e a derrota deste,
ontem, perante o SC de Braga, o FC Porto está a UM ponto da liderança do
campeonato.
Basta ao Porto vencer todos os
próximos jogos, e o Benfica empatar um, para o FC Porto ganhar o campeonato. O
que, é evidente, não é nada fácil!
De registrar o lamentável
ocorrido com o Marega: tudo aconteceu depois que o jogador natural de Mali fez
o segundo gol do jogo, ao minuto 60. Após a comemoração, ele recebeu cartão
amarelo. Segundo relatos do jornal A Bola, cadeiras foram atiradas em
direção a Marega.
Mas não parou por aí. Quando
tocava na bola, o jogador do FC Porto ouvia cânticos racistas. Menos de dez
minutos após o gol, ele decidiu abandonar a partida. Apesar das tentativas de
companheiros de equipe, do técnico e até de adversários de mantê-lo em campo,
Marega decidiu sair e precisou ser substituído.
Vale lembrar que Moussa Marega
foi jogador do Vitória de Guimarães.
🎙Sérgio Conceição: “Somos uma família independentemente da nacionalidade, da cor da pele, da cor do cabelo. Somos humanos, merecemos respeito. O que passou aqui é lamentável”#FCPorto #VSCFCP pic.twitter.com/9K6srwTKYy— FC Porto (@FCPorto) February 16, 2020
V. Guimarães-FC Porto, 1-2 (crônica)
Chama do dragão queima terreno
Bruno José Ferreira
A chama do dragão queima
terreno. O FC Porto vence em Guimarães (1-2) passando num terreno difícil após
o triunfo no clássico com o Benfica e aproxima-se do rival. A liderança está a
apenas um ponto, o conjunto de Sérgio Conceição ameaça ripostar na mesma moeda
à recuperação encarnada da época passada.
No D. Afonso Henriques os
azuis e brancos estiveram longe de deslumbrar, passaram até por momentos de
aperto, mas marcaram nos momentos certos e tiveram depois a capacidade para
congelar o jogo. Um autogolo de Douglas e um golo de Marega na segunda metade
fazem os dragões conquistar os três pontos na Cidade Berço.
A ver o comboio europeu passar
cada vez mais ao lado, o V. Guimarães foi mais do mesmo. Prestação positiva em
mais um jogo de cartaz, esteve por cima várias vezes, mas sai uma vez mais de
mãos vazias do encontro. O golo de Bruno Duarte foi insuficiente.
Entrada avassaladora,
resposta e jogo congelado
Forçosamente motivado por
aquilo que a jornada já proporcionou, o FC Porto teve uma entrava avassaladora
no D. Afonso Henriques. Encostou um V. Guimarães já de si tímido às cordas,
colocando várias bolas com perigo na área da equipa de Ivo Vieira.
Foi, por isso, sem surpresa,
que o conjunto de Sérgio Conceição chegou à vantagem quando estavam decorridos
apenas onze minutos. Com um início de jogo de sentido único, Sérgio Oliveira
encheu o pé esquerdo na área ao rematar de primeira após cruzamento de Zé Luís.
A bola embate na trave e é devolvida pelas costas de Douglas para dentro da
baliza.
Vantagem justifica. A entrada
azul e branca foi forte, também em grande dose à boleia de um Vitória apático.
Precisou de sofrer a equipa de Ivo Vieira para entrar em jogo, registando uma
resposta também ela forte, na qual conseguiu três oportunidades soberanas.
Valeu Marcano a evitar o
empate em cima da linha de golo com um corte quase milagroso. Pouco depois foi
Marchesín a travar uma autêntica bomba de Pepê com uma grade defesa e por
último foi Bruno Duarte a atirar ao ferro, ainda que o lance fosse invalidado
por fora de jogo.
Arranque de jogo prometedor,
mas que acabou por ser congelado. As duas equipas baixaram a intensidade, por
conveniência do FC Porto e por falta de capacidade dos vimaranenses para manter
o ritmo a nível ofensivo.
FC Porto resiste, marca e
volta a congelar
A entrada no segundo tempo
voltou a ser intensa, mas com inversão de cores. O Vitória precisou apenas de
quatro minutos para empatar o jogo. Ola John percorreu todo o flanco esquerdo
livrando-se de três adversários e já na linha de fundo cruzou de pé esquerdo para
cabeçada certeira de Bruno Duarte.
Mérito da jogada do Vitória,
mas Marchesín e Marcano não ficam propriamente bem na fotografia ao deixar o
avançado completamente sozinho nas costas. Empolgou-se o Vitória, empurrou o D.
Afonso Henriques e a equipa vimaranense esteve por cima, fazendo vários
remates, ainda que sem criar grande perigo.
Quando o V. Guimarães estava
por cima uma bola longa de Mbemba para Marega teve a ajuda de Venâncio a parar
o esférico na correria, deixando Marega completamente isolado para marcar. O
maliano picou sobre Douglas e devolveu os dragões à vantagem no marcador.
Voltou a congelar o jogo o FC
Porto. Como pôde. Marega pediu para sair após ter sido insultado pelos adeptos
da casa na sequência dos festejos do golo, Marchesín retardou as reposições de
bola em jogo perante uma tentativa de resposta pouco produtiva do Vitória. A
realidade é que até pertenceu a Corona, que rematou por cima na cara de
Douglas.
Três pontos preciosos para os
dragões, num terreno difícil, a queimar terreno em direção à liderança.
Título e Texto: Bruno
Ferreira, Jornalista Correspondente,
Mais Futebol, 16-2-2020
Vasco
ResponderExcluir@VascodaGama
Lamentamos por mais um episódio de racismo no futebol, desta vez em Portugal.
Somos solidários ao jogador Moussa Marega do
@FCPorto vítima de insultos em partida diante do Vitória de Guimarães.
Não há espaço para o racismo em nossa sociedade.
#RacismoNão