“Megatempestades no Rio Grande do Sul têm digitais do
aquecimento global”
“Por que o Rio Grande do Sul é um prenúncio da crise
climática no Brasil?”
Essas foram algumas das
manchetes publicadas em veículos da imprensa brasileira nos momentos mais
alarmantes da tragédia que surpreendeu incontáveis gaúchos. Pouco se falou das
casas de bombeamento que já não funcionavam quando os temporais começaram. Ou
da inexistência de serviços de manutenção dos equipamentos. Ou, ainda, de
medidas preventivas que ao menos reduzissem o poder destrutivo de inundações em
cidades cujo solo se tornou quase impermeável em decorrência da ocupação
desordenada. Muito menos das características geográficas e geológicas do Rio
Grande do Sul, que foram subestimadas.
Na reportagem de capa desta
edição, Myllena Valença revela em detalhes as causas reais da
catástrofe. Os fatos revogam profecias delirantes de ativistas ambientais que
há décadas anunciam desastres causados pelo aquecimento global. Até agora,
nenhuma previsão se concretizou.
O jornalista Michael
Shellenberger, especialista no assunto há mais de 30 anos, desmoraliza os
videntes de picadeiro na entrevista concedida a Tauany Cattan. “Estou
otimista sobre o meio ambiente e pessimista quanto à civilização”,
resume.
Enquanto o Rio Grande do Sul tenta reerguer-se, Lula planeja mais uma viagem internacional. A justificativa para o passeio na Puglia, região da Itália cada vez mais valorizada por agências de turismo, é uma reunião dos líderes do G7. Janja, claro, estará ao lado do marido. Só no primeiro ano de governo, Lula consumiu 62 dias em visitas a 24 países. O Ministério das Relações Exteriores desembolsou cerca de R$ 66 milhões nessas turnês do primeiro casal.
O valor corresponde à metade
da quantia destinada ao combate à dengue em dez Estados e 491 municípios. Oeste
valeu-se da Lei de Acesso à Informação para conseguir dados atualizados sobre
transferências efetuadas pelo Ministério da Saúde. O total prometido somava R$
1,5 bilhão. Apenas R$ 140 milhões foram efetivamente entregues.
“O atual cenário catastrófico
da epidemia pode ser classificado como uma tragédia anunciada”, constata a
reportagem de Rachel Díaz. “Ao longo de 2023, o governo Lula recebeu
inúmeros alertas sobre o risco de um aumento considerável dos casos de dengue.”
Até agora, não se ouviu a palavra “genocídio”. E os apresentadores de
telejornais não parecem interessados em noticiar a quantidade de mortos e
infectados.
Esse Brasil do avesso também é
escancarado pela mais recente investida contra o senador Sergio Moro. “Embora
tenha cometido erros depois de tornar-se político, Moro é perseguido pelos
acertos que colecionou como juiz federal”, escreveu Augusto Nunes na
rede social X ao comentar a condenação do juiz da Lava Jato por uma brincadeira
feita durante uma Festa Junina. É mais um capítulo do “faroeste à brasileira”,
onde os bandidos perseguem os xerifes.
A expressão cunhada por Nunes
batiza o novo programa de Oeste no YouTube. Faroeste à Brasileira estreia na segunda-feira,
dia 10, às 14 horas, sob o comando de Tiago Pavinatto e a participação
de Júlia Lucy, Luís Artur Nogueira e Marcelo Suano. Não perca.
Bom programa. E ótima leitura.
Branca Nunes, Diretora de Redação, 7-6-2024
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