Ultimamente em Portugal há quem sugira que não devemos pagar a dívida. Não pagar, além de ser errado do
ponto de vista financeiro, é, do ponto de vista das relações humanas, uma
vigarice, logo não é aceitável para quem é honrado e honesto. Também sugerir usar
este argumento para tentar chantagear quem nos emprestou, não só mostra falta
de maturidade e experiência negocial, como é desonesto. Não pagar é o mesmo que
legitimar quem rouba para melhorar o seu nível de vida, o que não pode ser
aceite por uma sociedade civilizada e democrática. As sociedades civilizadas e
democráticas têm como um dos pilares fundamentais da sua estabilidade social os
seus valores morais.
É curioso que estas sugestões
venham essencialmente de políticos. Isto mostra o grau de decadência moral ou
desespero a que alguns chegaram, talvez sem se aperceberem disso. Não pagar
nunca pode ser a solução, a não ser em caso de falência.
Os nossos credores não estão
interessados na nossa falência. Preferem negociar de maneira a garantir que vão
receber o que emprestaram. Devemos também negociar com humildade porque somos
nós que estamos em falta e a eles pedimos o “favor” de nos ajudarem.
A arrogância, o ego e o
orgulho despropositado ou mesmo patológico destas pessoas não tem lugar a este
nível de negociações nem no mundo civilizado e democrático a que felizmente
pertencemos.
Título e Texto: Paulo Malo, Presidente
da Malo Clinic Health & Wellness, i, 30-12-2011
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