Relutei o quanto pude, mas
Bernard Henri-Levy estava certíssimo em pelo menos uma percepção: as duas
grandes religiões do mundo contemporâneo são laicas, o antiamericanismo e o
antisionismo (eufemismo para judeofobia).
Não tenho a menor pretensão de
totalizar uma análise das causas históricas que levaram a esse estado de cosias, mas não me furto a evidenciar os efeitos da história. As evidências são longas
e impressionantes e um de seus efeitos é claro: a mídia eletrônica está sendo
usada contra a paz.
Os ataques que venho recebendo
só certificam que o caminho é esse mesmo.
Não moverei um micron da linha
analítica que vendo adotando e não por apego ideológico, nem pela condição de
judeu contemporâneo não alinhado com nenhum grupo ou escola, mas por uma teimosia
fundamentada nas tradições monoteístas: a paz é o objetivo, mas a paz não é
natural nos homens.
O tribalismo e o ódio entre
grupos rivais, o preconceito racial, étnico ou social (não resistiriam a
nenhuma análise) são atavismos que só serão superados se e quando a relação
entre as pessoas mudar completamente de configuração ou de espirito, se se quer
ser mais radical, enquanto isso não acontecer eles serão necessários para a
maior parte das pessoas que se sentem assim pertecentes a uma ou outra tropa.
Este battle-field ou campo de batalha (que James Joyce reformulou como
bluddel-filth, sangue sujo) só mostra certo fracasso da experiência humana em
conviver com o diverso e o contraditório.
Título e Texto: Paulo
Rosenbaum, 19-12-2011, publicado originalmente no site “Pletz”
Colaboração: Ester Azoubel
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