sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Antissemitismo socialista


Não existem distinções entre os autoritarismos, não importa a sua forma.
Beatriz W. de Rittigstein
Circula na mídia um mito, credo comum aos ativistas de esquerda, que acreditam no domínio do estado sobre a política e sobre a economia, e que se resume numa frase desconexa da realidade: “no socialismo não pode haver antissemitismo”.
Na verdade, essa ficção referida ao socialismo político, ou seja, ao totalitarismo, seja ele de que natureza for e revestido de qualquer rótulo, não se sustém diante de uma revisão histórica que não necessita ser muito rigorosa. Basta recordar, como exemplo, os numerosos episódios ocorridos na extinta União Soviética, caracterizados por um dos mais cruentos antissemitismos jamais vistos, posto em prática pelo estado soviético, que usava essa cruel discriminação contra os judeus conforme a sua conveniência política e geopolítica circunstancial.
Antissemitismo
O regime socialista soviético instaurou métodos de perseguição, maus tratos, e proibições à sua população judia e, destarte, aliou-se a países igualmente socialistas inimigos de Israel com o fim de promover, em âmbito internacional, uma imagem diabólica do Estado Judeu, apoiando resoluções, na ONU, que mostravam a dubiedade e a discriminação odiosa com que mediam uns em relação ao país a que procuravam deslegitimar.
Além do mais, enviou armas aos países árabes que pretendiam (e ainda pretendem) a destruição de Israel, inclusive com o envio de soldados soviéticos para participar dos conflitos, especialmente no manejo de mísseis e tanques de guerra.
Recentemente, com a derrubada do regime soviético e a chegada do regime democrático às ex-nações escravizadas por Moscou, os judeus dessas nações puderam organizar suas comunidades com certe autonomia e tranquilidade, graças a uma liberdade religiosa que de há muito não desfrutavam, mais de acordo com a pluralidade de cultos que se estabeleceu. Não obstante, no plano internacional, a Rússia continua provendo armamentos e tecnologia bélica aos países que constituem ameaças explícitas para os judeus, para seus próprios povos e para o mundo, principalmente ocidental, entre os quase se destacam a Síria e o Irã.

A verdade que se firma é a de que não existem distinções entre os autoritarismos políticos socialistas, não importa a sua forma, seja essa forma a soviética, a nazista, a fascista, a islamo-fascista, a maoísta, a polpotista, a norte-coreana, a castrista, ou a chamada “bolivarianista”... Quaisquer que sejam o seu rótulo, eles serão sempre arbitrários, representativos de uma reduzida minoria, e se manterão no poder com mão de ferro e com profundo desprezo pelos direitos humanos, praticando o famigerado capitalismo de estado pelo qual se apropriam da riqueza gerada pelas pessoas. Seus adeptos formam hoje, em muitos países, uma espécie de ‘burguesia estatal’ e seus politburos escravizam seus povos para manter um estilo de vida nababesco e luxuoso à custa da miséria igualitária que distribuem.
Título e Texto: Beatriz W. de Riitigstein, para o jornal venezuelano ‘EL UNIVERSAL’ – Terça feira, 27 de dezembro de 2011 – Tradução: Francisco Vianna

2 comentários:

  1. Faltou destacar o fato de Israel ser praticamente o 51º estado dos EUA. A luta da Rússia ainda é combater o imperialismo ianque. M.A.

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  2. Sempre quis entender que tipo de imperialismo é esse que o M.A. chama de Ianque. Será que se refere ao Plano Marshall que levantou a Europa e depois o Japão após a segunda guerra mundial?
    Será que é do mesmo tipo de imperialismo que os vizinhos do Brasil na América "Latrina" nos acusam de exercitar? Se é, então por que o governo Lula da Silva arriou as calças e permitiu o confisco das instalações da Petrobrás na Bolívia, ou se acovardou em aceitar as imposições de Assunção com relação ao preço do excesso de eletricidade produzida em Itaipú, ou ainda ao fato de ter dado de bandeja à Inglaterra uma área maior do que o estado de Alagoas chamando-a de "reserva indígena Raposa terra do Sol" em Roraima, criada de forma contínua na fronteira do Brasil com a Guiana Inglesa?
    Será que é pela inação de Washington em permitir o empobrecimento vertical de países da América latina vitimizados pelo "Socialismo del Siglo", como a Venezuela, a Bolívia, o Equador, e a Argentina?
    Ou será que é por ter os EUA deixado de assinar a hipocrisia do Protocolo de Kioto?
    Ou por nada fazer para impedir a matança das baleias pelos asiáticos?
    Ou por não ter ainda invadido o Irã ante a ameaça de varrer Israel do Mapa?
    Que diabos de imperialismo é esse que é incapaz de impor qualquer coisa a quem quer que seja sem o apoio da ONU?!
    Não é à toa que costumo não responder a "anônimos"... Quem defende uma posição tem que ter argumentos e dar sua cara a tapas...
    Francisco Vianna

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