A Assembleia da República
adoptará o novo acordo ortográfico nos documentos oficiais e em todas as
plataformas de comunicação, incluindo o sítio da internet do Parlamento, a
partir do dia 1 de Janeiro, foi hoje comunicado aos líderes parlamentares.
Na conferência de líderes que
marcou os agendamentos dos trabalhos parlamentares para os primeiros dias de
Janeiro, os presidentes das bancadas foram informados acerca da adopção do novo
acordo ortográfico a partir do próximo ano, relatou o primeiro secretário da
mesa da Assembleia, Duarte Pacheco (PSD).
O acordo ortográfico será
utilizado em todos os documentos oficiais e plataformas do Parlamento,
nomeadamente no sítio da internet da Assembleia da República.
De acordo com uma resolução do
Conselho de Ministros, o acordo ortográfico foi adoptado no sistema educativo
no ano lectivo de 2011/2012 e será adoptado, a partir de 1 de Janeiro de 2012,
ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do
Governo, bem como à publicação do Diário da República.
Texto: Lusa/Público,
21-12-2011
Não entendo, e me surpreendeu bastante, a contrariedade a esse Acordo que existe por parte de alguns portugueses e também de jornais, como o que publica esta matéria. Os argumentos são, na sua maioria, pelo menos é o que tenho percebido, de matiz nacionalista; dizem ser brasileirismo e outras cositas más... impressionante! Queixam-se do Acordo como se este fosse uniformizar os sotaques, quiçá, os modos de vida...
É um Acordo Ortográfico, discutido durante anos por representantes competentes e ilibados dos Estados da Lusofonia. É um acordo para uniformizar a escrita, a ortografia, para que todos os que falam e escrevem em português escrevam uma palavra exatamente igual, aqui e... na China. Tão simples quanto isso. O Acordo não se refere a pronúncias: os portuenses vão poder continuar a pronunciar binho e uba; os portugueses vão continuar a pronunciar culestorol (fechando o primeiro "o") e os brasileiros colesterol (abrindo o "o"); uma bicha tanto pode ser um paneleiro como uma fila, mas, independentemente do significado aqui ou ali, se escreverá rigorosamente igual; um ônibus que é um autocarro em Portugal e um machimbombo em Angola continuará transportando passageiros, e os brasileiros escreverão "machimbombo", os portugueses "ônibus"...
Já se escreveu assim... |
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