Valmir Azevedo Pereira
Dizem que a Lei da Palmada é
um instrumento do Estado pra coibir o castigo físico.
Acreditamos que o castigo
físico deva ser usado à larga nas instituições que sob a égide dos governos
federal, estadual e municipal sentam a borduna nos jovens, alguns, não tão
inocentes e merecedores de uma boa cadeia, e não de enrustidas entidades intermediárias
que os aperfeiçoam na sua futura carreira de marginais, com especialidades no
furto de automóveis, nos assaltos, nos trambiques e outras atividades margino –
educativas.
Porém, o macete é enfiar todo
o mundo no mesmo saco, mas fiscalizar, nem pensar.
Contudo, os diligentes
parlamentares, como um poço de boa conduta e moralísticas intenções, nem se
abalam na total implantação da Lei da Ficha Limpa, no fim do voto secreto, de
acabar com os Atos Institucionais, entre outras primordiais e prioritárias
medidas para acabar com a esbórnia nossa de cada dia.
Mas falou em dar palmadas
corretivas, em beber um miserável copo de cerveja e depois dirigir, sai de
baixo, pois um furor de moralidade atinge os parlamentares do último fio de
cabelo até a planta do pé. Daí, a Lei da Palmada na Câmara ter passado por
unanimidade, com mais de 100% de aprovação.
O politicamente correto,
traduzindo em miúdos, é tipo aquela cerquinha para prender porcos selvagens. É
uma cerca aqui, e outra acolá, e pouco a pouco lá se foi a liberdade. É o
aprisionamento físico.
O método do politicamente
correto, em alguns casos é o cerceamento da vontade, é a eliminação da opção, é
a limitação da liberdade, não apenas física, mas intelectual.
Apresenta - se o problema,
como o das armas, e as armas matam inocentes e bandidos. Mas, se sublinharmos
que só matam inocentes e batermos nesta tecla inúmeras vezes, chegaremos à
conclusão de que aqueles que têm armas, se cidadãos são criminosos (ter arma é
um crime inafiançável), se bandido, não, é instrumento de trabalho.
Assim, criamos mais uma
cerquinha politicamente correta.
Como ninguém reclama, chegamos
a um ponto em que os insatisfeitos ficam envergonhados, temerosos de serem os
únicos, e se calam. Desse modo, vamos engolindo de medida politicamente
correta, em medida politicamente correta, e como bois no pasto, cada dia mais
ruminantes.
Veja bem, caso você chame uma
bichona de viado, foi enfiado na cabeça da população que o travestido sofrerá
um trauma tão grande e poderá ficar tão lelé da cuca que o agente do chamamento
ao expor o drama sexual do coitado, estará cometendo um crime e será preso no
ato.
O bom senso sobre as diversas
medidas politicamente corretas que têm sido enfiadas na nossa cabeça nos
alertam que elas chegam ao desplante de serem ridículas, pois do alto da nossa
idade nunca escutamos alguém em altos brados chamar um travestido sexual de
viado. Talvez, isto ocorra lá nas zonas do baixo e do alto meretrício. Quem
sabe.
Os craquentos ou cracosos,
comunidade adepta do uso do/da crack, novo alvo de benesses desgovenamentais,
como todos estão carecas de saber, são por nossa culpa, numa visão de que os
outros sempre serão os culpados e, portanto, devem pagar.
As medidas anunciadas custam
caro.
A mensagem é impositiva,
devemos acabar com os doentes por crack, e haja providências prometidas,
tratamento hospitalar de pronto, bolsa - crack para quebrar o galho do viciado,
seringas de graça, apoio psicológico, surra nos pais que não deram o apoio
necessário ao rebento renitente, e aumento de impostos para financiar esta nova
campanha politicamente correta.
É isso ai minha gente, você
sempre será o culpado, e como tal, vai pagar.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 15 de Dezembro de 2011
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