quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A química da morte

Forças rebeldes sírias relatam assassinato em massa por armas químicas empregadas pelo regime de Al Assad 
Francisco Vianna
O Exército Livre da Síria diz que mais de 1.100 pessoas foram mortas, embora outros relatam um número menor de vítimas que os inspetores da ONU estão investigando para esclarecer se procedem ou não as denúncias de uso de armas químicas pelo regime da Damasco, que nega tais relatos.

Imagem de um fotógrafo amador fornecida pela Comissão Local de Arbin que tem sido autenticada com base no seu conteúdo e de acordo com outro relato da AP, mostra cadáveres de pessoas sírias na cidade de Arbin, perto de  Damasco, nesta quarta-feira pela manhã. Foto: AP/Comitê Local de Arbin
Ativistas sírios próximos da oposição ao regime do país alegam que centenas de pessoas foram mortas num ataque devastador com “gás venenoso” perpetrado pelas forças do regime de Al Assad, nas cercanias de Damasco na manhã da quarta-feira de hoje.
Os inspetores da ONU especializados em armas químicas já estão no local e já começaram a buscar a comprovação de que as mortes neste local, bem como em outros do território sírio foram causadas por armas químicas.

Praticamente, todos os subúrbios de Damasco foram alvejados e é possível que o número de civis mortos por envenenamento seja consideravelmente maior. Ativistas contrários a Al Assad dizem que foram usados muitos foguetes com ogivas contendo gás venenoso.
O Observatório Sírio, uma ONG de direitos humanos, afirma que o ataque balístico foi intenso nos subúrbios de Zamalca, Arbin, Ein Tarma e Jobar. O ataque foi realizado com a ação intensa de caças a jato que puderam ser ouvidos em toda a cidade de Damasco, capital do país.
Diplomatas e especialistas em armas químicas levantam dúvidas quando a capacidade dos inspetores da ONU encontrarem evidências dos ataques anteriores, pelo tempo decorrido, mas é possível que no ataque de hoje isso ocorra.

O governo sírio inicialmente solicitou que a ONU investigasse um alegado ataque de armas químicas em 19 de março último na localidade de Khan al Assal, que foi recapturada pelos rebeldes no mês passado. Ambos os lados do conflito acusam-se mutuamente pelo suposto ataque que matou pelo menos 30 pessoas.
O Reino Unido, a França e os EUA em seguida alegaram que armas químicas estão em uso em Homs, Damasco e alhures.
Título e Texto: Francisco Vianna, 21-8-2013

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