Forças rebeldes sírias relatam
assassinato em massa por armas químicas empregadas pelo regime de Al Assad
Francisco Vianna
O Exército Livre da Síria diz
que mais de 1.100 pessoas foram mortas, embora outros relatam um número menor
de vítimas que os inspetores da ONU estão investigando para esclarecer se
procedem ou não as denúncias de uso de armas químicas pelo regime da Damasco,
que nega tais relatos.
Ativistas sírios próximos da
oposição ao regime do país alegam que centenas de pessoas foram mortas num
ataque devastador com “gás venenoso” perpetrado pelas forças do regime de Al
Assad, nas cercanias de Damasco na manhã da quarta-feira de hoje.
Os inspetores da ONU
especializados em armas químicas já estão no local e já começaram a buscar a
comprovação de que as mortes neste local, bem como em outros do território
sírio foram causadas por armas químicas.
Praticamente, todos os
subúrbios de Damasco foram alvejados e é possível que o número de civis mortos
por envenenamento seja consideravelmente maior. Ativistas contrários a Al Assad
dizem que foram usados muitos foguetes com ogivas contendo gás venenoso.
O Observatório Sírio, uma ONG
de direitos humanos, afirma que o ataque balístico foi intenso nos subúrbios de
Zamalca, Arbin, Ein Tarma e Jobar. O ataque foi realizado com a ação intensa de
caças a jato que puderam ser ouvidos em toda a cidade de Damasco, capital do
país.
Diplomatas e especialistas em
armas químicas levantam dúvidas quando a capacidade dos inspetores da ONU
encontrarem evidências dos ataques anteriores, pelo tempo decorrido, mas é
possível que no ataque de hoje isso ocorra.
O governo sírio inicialmente
solicitou que a ONU investigasse um alegado ataque de armas químicas em 19 de
março último na localidade de Khan al Assal, que foi recapturada pelos rebeldes
no mês passado. Ambos os lados do conflito acusam-se mutuamente pelo suposto ataque
que matou pelo menos 30 pessoas.
O Reino Unido, a França e os
EUA em seguida alegaram que armas químicas estão em uso em Homs, Damasco e
alhures.
Título e Texto: Francisco Vianna, 21-8-2013
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