Quem se convence que comunistas
e ex-comunistas aderiram ao regime democrático deve ler este texto:
A guerra civil em que
previsivelmente vem descambado a “Primavera Árabe” do Egipto, mostra uma
sociedade fracturada e profundamente intolerante. Trata-se de uma questão
civilizacional, uma concepção estética de poder, apenas tido na sua dimensão
absoluta e tirânica. Os corpos humanos calcinados, nas praças, mesquitas e
igrejas são imagem que chocam profundamente o olhar do ocidental civilizado.
Mas acontece que receio não podermos incluir com segurança os portugueses nesse grupo. Basta conhecer o discurso dos muitos radicais, à esquerda e à direita, que interpretam a realidade sociopolítica como se não houvesse gente no meio. De resto, como se dá o caso em Portugal da extrema-direita não ter palco mediático, a verdadeira ameaça afinal é unipolar: reside na tolerada e fotogénica extrema-esquerda comunista e ex-comunista, que não prescinde dos velhos métodos bolchevistas e dos seus ancestrais ódios de estimação: a Igreja, a liberdade individual e a iniciativa privada. Com predilecção pela rua que controla com mestria na instrumentalização dos descontentamentos, é com esse “jogo perigoso” que pressiona e intimida as instituições democráticas que não controla institucionalmente. Nesse sentido, a imagem que ilustra este post é dedicada a todos os “revolucionários” e “radicais” que nos habituámos a tolerar por cá, seja em S. Bento, nos sindicatos, na imprensa, nas televisões ou nos Blogs.
Mas acontece que receio não podermos incluir com segurança os portugueses nesse grupo. Basta conhecer o discurso dos muitos radicais, à esquerda e à direita, que interpretam a realidade sociopolítica como se não houvesse gente no meio. De resto, como se dá o caso em Portugal da extrema-direita não ter palco mediático, a verdadeira ameaça afinal é unipolar: reside na tolerada e fotogénica extrema-esquerda comunista e ex-comunista, que não prescinde dos velhos métodos bolchevistas e dos seus ancestrais ódios de estimação: a Igreja, a liberdade individual e a iniciativa privada. Com predilecção pela rua que controla com mestria na instrumentalização dos descontentamentos, é com esse “jogo perigoso” que pressiona e intimida as instituições democráticas que não controla institucionalmente. Nesse sentido, a imagem que ilustra este post é dedicada a todos os “revolucionários” e “radicais” que nos habituámos a tolerar por cá, seja em S. Bento, nos sindicatos, na imprensa, nas televisões ou nos Blogs.
A política serve para
substituir a lei da catana, e uma democracia para resolver os conflitos e
(constantemente, insistentemente) (re) estabelecer equilíbrios. Abrindo espaço
para a realização humana. Nuno Ramos de Almeida ou Daniel Oliveira por exemplo, reclamam que é essencial meter
“medo” aos seus adversários. Ou seja, parece-lhes legítimo transpor o combate
politico para o campo da irracionalidade, como estratégia para o aniquilamento
do seu opositor. Mas se este tipo de "jogo psicológico" é admissível
(mas arriscado) no campo lúdico e “simbólico” da competição desportiva, a
estratégia parece-me inadmissível quando interfere com as legítimas convicções
dos adversários e pretende destabilizar as frágeis instituições democráticas.
Alimentar fracturas e atiçar ódios nesta jovem e periclitante democracia tão
pouco participada, um dia ainda acaba mal, alguém ainda se magoa a sério.
Texto: Jorge Távora, no blogue “Corta-fitas”,
19-8-2013
Título: Luis Moreira, Banda Larga
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-