Era outubro de 1962, e no
gabinete de crise do presidente Kennedy alguém disse a seguinte frase:
"Oferecem-nos um acordo e nos enrolam com negociações"
Agora, em outubro passado, fez
51 anos que esta frase foi dita em um momento de crise, mas ela está mais atual
do que nunca, e também se encontra em um momento especial de crise. "A
nossa" crise, fiel de cada dia.
Como na década de 60, parece
que Cuba anda novamente nas paradas de sucesso por aqui, e os mísseis não param
de cair nas nossas cabeças, entra semana, sai semana.
Portanto, como podemos ver,
nada mudou em cinco décadas, com direito a mísseis, acordos agendados,
enrolação premeditada e frases mais atuais do que nunca.
Também, como naquele passado,
temos o nosso Gabinete de Crise, em permanente estado de alerta, aos mínimos
movimentos do nosso atual "inimigo", com as armas apontadas e
travadas, pois como nos idos de antanho, neste momento "silence is Golden", porque qualquer
atitude mal pensada ou mal elaborada pode detonar uma crise sem precedentes
como um cogumelo refulgente em nossas vidas já tão Hiroshimadas.
Esta semana que entra, decolará mais uma vez o voo do "Enola Gay", para uma solução que se conhece, e um resultado esperado mas ainda desconhecido.
Este avião, como dantes, terá
a responsabilidade de acabar com mais uma guerra, que já nos custou centenas de
vidas e também centenas de dias das nossas vidas.
Ele decolará amanhã, segunda-feira,
e não poderá retornar sem um resultado. Esta semana é inexorável, e o nosso
gabinete de crise, mais do que nunca, está atento a todas as movimentações.
Por isso, o silêncio dos
últimos dias
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 67
anos, e membro do gabinete.
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