segunda-feira, 7 de julho de 2014

Copa do Mundo: sua real dimensão

Paulo Contreiras
Copa do Mundo segundo a FIFA, a maior festa de congraçamento entre as Nações. Conversa mole! Mais parece que os jogadores estão indo para uma guerra onde está em jogo a dignidade e a honra de suas nações.
Dignidade e honra de uma nação se mede por outros parâmetros tais como saúde, educação, segurança, corrupção, JUSTIÇA, saneamento básico, tudo isto e mais alguma coisa estão incluídos no IDH, índice de desenvolvimento humano.

A nação que ocupa o primeiro lugar é a Noruega que nunca ganhou uma Copa do Mundo. Perguntem aos noruegueses se eles trocariam seu 1º lugar no IDH pelo 85º lugar do Brasil e mais cinco Copas do Mundo. Aí está a verdadeira dignidade e honra de uma NAÇÃO com letra maiúscula.

Não sou contra o futebol! Sou contra o fanatismo no futebol não somente em termos de seleções que defendem seus países, mas também o fanatismo clubístico. A coisa mais ignorante, estúpida e imbecil e que vemos seguidamente é pessoas matarem e morrerem por causa de partidas de futebol, não só aqui no Brasil mas também em todo mundo.

Futebol é apenas um esporte que quando jogado sem truculência, pode ser comparado a uma arte como o balé com lances maravilhosos de rara beleza plástica. Os goleiros são responsáveis por muitos destes lances, com defesas fantásticas.  


As "tragédias" que acontecem no futebol não são tragédias e sim, como diria Nelson Rodrigues, coisas do futebol.

A Espanha que foi eliminada na primeira fase com uma goleada não perdeu a sua honra e dignidade e continua sendo uma grande seleção, das melhores que têm aparecido ultimamente.

Roberto Baggio, o melhor jogador italiano na época, perdeu o pênalti contra o Brasil e nem por isso deixou de ser o melhor jogador italiano. Essa coisa de honra e dignidade faz muitos jogadores sofrerem inutilmente por muitos anos. Assim foi com Júlio Cesar e Barbosa, goleiro do Brasil em 1950, que sofreu pelo resto de sua vida.

Apesar da "tragédia" de 1950 o Brasil continuou sendo a melhor seleção daquela Copa do Mundo.

Nem sempre vencem os melhores. Assim aconteceu com o famoso carrossel holandês de Cruyf e a Hungria de Puskas e muitos outros casos.

No dia em que os jogadores esquecerem esta coisa de honra e dignidade e jogarem seu futebol teremos certamente grandes espetáculos futebolísticos, sem violência e sem choro nem vela!
PS. No dia em que o governo devolver aos aposentados do Aerus suas aposentadorias pelas quais pagaram durante anos e que tiveram seus direitos reconhecidos pela mais Alta Corte, pode ser que o governo recupere uma parcela de sua honra e dignidade, faltando corrigir todas as mazelas que nos afligem.             
Título e Texto: Paulo Drummond de Macedo Contreiras, 82 anos, aposentado AERUS, 07-07-2014

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