Pinho Cardão
O Estado (quer dizer, nós
todos), foi agora obrigado a assumir mais 42,5 mil milhões de euros de dívida pública escondida, isto é, dívida
contraída por diversas entidades desse mesmo Estado ou aparentadas, que não
dispunham de quaisquer condições, nem geravam receita, para alguma vez a pagar.
Quarenta e dois mil milhões
de euros de dívida que os portugueses não conheciam, respeitante
a 268 entidades tão prestimosas e distintas como:
Concept Films Pós-produção, Estádio de
Aveiro, Sociedade Teatral Louletana, dezenas de empresas de cultura, animação,
turismo, imobiliárias, desportivas (populares a nível local, Clube de Golfe das
Amoreiras, várias Fundações, Marítimo Madeira Andebol, Amigos do Basquete da
Madeira, Academia das Artes da Maia, Centro de Estudos Diogo Dias Melgaz, etc,
etc.
Claro que os políticos,
nomeadamente os da área socialista, pouco se importam com a gestão correcta dos
dinheiros públicos, gastando ou avalizando à tripa forra. Para
mais, sabendo que o gasto, assim camuflado, nem contava para o défice, nem era
incluído na dívida pública. O crime perfeito. Foi mesmo um
fartar vilanagem, que o importante é distribuir para ganhar eleições. Os outros
hão-de pagar!...
Acontece que os outros não
são os governos seguintes, somos nós. E que aqueles que mais gastaram são
os que agora querem aparecer impolutos como candidatos à governação do país.
Isto está mesmo sem
tino!
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