Ei-la, enfim!
É a edição número 1178, de 14 de janeiro de 2015. Tem
dezesseis páginas. Foi publicada uma semana depois do massacre na redação do
Charlie Hebdo, em 7 de janeiro.
Esta edição esteve à venda
(para quem conseguiu achá-la) durante as duas semanas posteriores, até 27 de
janeiro. Este número poderia ter chegado ao dobro de exemplares, uns quinze
mil, se a distribuidora honrasse todos os pedidos que recebeu em todo o mundo.
Portugal, por exemplo, salvo melhor informação, recebeu só quinhentos exemplares. Uma papelaria, aqui perto de casa,
encomendou dez exemplares, não recebeu nenhum.
No editorial, a equipe do
satírico semanário que se declara atéia renova a sua disposição para continuar
lutando pela laicidade, “Laïcité, point
final!”.
Não deixa de deplorar os
urubus do complô (Les charognards du complot) que se apressaram em inocentar os
jihadistas e a culpabilizar os ‘neoconservadores e falcões liberais… dos
Estados Unidos’; o Mossad e a CIA; até mesmo, como escreveu o site
norte-americano McClatchy, “os irmãos
Kouachi foram instrumentalizados pelos serviços secretos… franceses (!?).
Nunca fui chegado ao Charlie
Hebdo, sua iconoclastia não era a minha praia. Não era e não é. No entanto,
ferrenho defensor da liberdade de expressão, fiz uma assinatura por três meses.
Que eles possam continuar
desenhando e publicando grosserias como esta, é o meu sincero desejo.
Porque
quero continuar vivendo livre e com liberdade. O oposto ao desejado por aqueles
que mataram os jornalistas e outros funcionários e pelos idiotas que defendem ou
ilibam os assassinos.
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