segunda-feira, 6 de abril de 2015

[Meninos, eu vi!] A histórica edição do Charlie Hebdo

Ei-la, enfim!
É a edição número 1178, de 14 de janeiro de 2015. Tem dezesseis páginas. Foi publicada uma semana depois do massacre na redação do Charlie Hebdo, em 7 de janeiro.

Esta edição esteve à venda (para quem conseguiu achá-la) durante as duas semanas posteriores, até 27 de janeiro. Este número poderia ter chegado ao dobro de exemplares, uns quinze mil, se a distribuidora honrasse todos os pedidos que recebeu em todo o mundo. Portugal, por exemplo, salvo melhor informação, recebeu só quinhentos exemplares. Uma papelaria, aqui perto de casa, encomendou dez exemplares, não recebeu nenhum.

No editorial, a equipe do satírico semanário que se declara atéia renova a sua disposição para continuar lutando pela laicidade, “Laïcité, point final!”.

Não deixa de deplorar os urubus do complô (Les charognards du complot) que se apressaram em inocentar os jihadistas e a culpabilizar os ‘neoconservadores e falcões liberais… dos Estados Unidos’; o Mossad e a CIA; até mesmo, como escreveu o site norte-americano McClatchy, “os irmãos Kouachi foram instrumentalizados pelos serviços secretos… franceses (!?).

Nunca fui chegado ao Charlie Hebdo, sua iconoclastia não era a minha praia. Não era e não é. No entanto, ferrenho defensor da liberdade de expressão, fiz uma assinatura por três meses.

Que eles possam continuar desenhando e publicando grosserias como esta, é o meu sincero desejo. 


Porque quero continuar vivendo livre e com liberdade. O oposto ao desejado por aqueles que mataram os jornalistas e outros funcionários e pelos idiotas que defendem ou ilibam os assassinos.

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