domingo, 5 de novembro de 2017

[Para que servem as borboletas?] Qual a tua História?

Valdemar Habitzreuter

Se há um bem precioso que supera a todos, esse é o tempo. O tempo não é uma coisa palpável, visível como o ouro, mas vale muito. “Time is money” é o lema do pragmatismo americano...

É difícil uma definição do tempo, uma vez que não é um objeto concreto, estável. Mas, faz parte de nossas vidas. Parece algo operando em nossa mente pelo qual percebemos o agora presente que vai se deslocando para um futuro, como um passamento, e deixando-nos, como legado, uma história pessoal. E essa noção de tempo se une à noção de espaço que também não é algo concreto, mas também uma projeção mental de que há coisas no mundo; não vemos o espaço, mas coisas no espaço. E as coisas estão sujeitas ao tempo que as faz ter certa duração, inclusive nós.

Portanto, percebemos que as coisas existem e duram porque, antes de percebe-las, temos a intuição de espaço e tempo que nos faculta o conhecimento sensível. Só é possível o conhecimento empírico das coisas no espaço e tempo. (O Filósofo alemão Kant tem uma filosofia inédita concernente a tempo e espaço como formas indispensáveis de conhecimento).

Assim, com a noção de tempo e espaço, verificamos que existimos no mundo (espaço) onde cada um tem uma limitada duração. O que fazemos acontecer no transcurso de nossas durações é o que determina se estamos satisfeitos ou não com a vida que levamos. É uma bênção chegar na velhice e poder dizer: “valeu a pena ter chegado até aqui”! ...

Não podemos parar o tempo para decidirmos o que fazer, temos que agir ao sabor de seu movimento. Nossas decisões são tomadas no movimento ou transcurso do tempo. Se acertadas ou não, deixarão marcas na história do indivíduo – boas ou más.

O tempo é inexorável em seu movimento, é sempre passamento sem pit stop, e dentro desse movimento construímos nossas alegrias ou tristezas segundo nossas decisões de como e em que nos ocupamos, e se realizamos projetos que valham ou não a pena. Só a história de cada um vai dizer se o tempo foi e é bem aproveitado.

Já sentiram como é tedioso quando estamos sem ocupação alguma por falta de decisão do que fazer quando poderíamos estar ocupados em alguma coisa útil? Ou quando estamos ocupados com futilidades que nos entediam do mesmo jeito? Ou quando nos deixamos levar pela preguiça prolongada que tanto afeta negativamente o corpo e a alma? (é claro que a há a preguiça benfazeja como descanso do corpo e mente das atividades exaustivas) ...
Cada qual escreve sua história no passar do tempo, momento a momento, dia a dia. Não é preciso querer uma história napoleônica, basta chegar ao final dos dias e ter consciência de que não deixou o tempo passar no vazio e se sentir feliz e reconfortado pelas ações praticadas.

Está em nossas mãos escrever uma história de felicidade ou infelicidade. Tudo depende de como utilizamos o tesouro tempo no percurso de nossa duração...
Qual a tua HISTÓRIA?
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 4-11-2017

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