Valdemar Habitzreuter
Se há um bem precioso que
supera a todos, esse é o tempo. O tempo não é uma coisa palpável, visível como
o ouro, mas vale muito. “Time is money” é o lema do pragmatismo americano...
É difícil uma definição do
tempo, uma vez que não é um objeto concreto, estável. Mas, faz parte de nossas
vidas. Parece algo operando em nossa mente pelo qual percebemos o agora
presente que vai se deslocando para um futuro, como um passamento, e deixando-nos,
como legado, uma história pessoal. E essa noção de tempo se une à noção de
espaço que também não é algo concreto, mas também uma projeção mental de que há
coisas no mundo; não vemos o espaço, mas coisas no espaço. E as coisas estão
sujeitas ao tempo que as faz ter certa duração, inclusive nós.
Portanto, percebemos que as
coisas existem e duram porque, antes de percebe-las, temos a intuição de espaço
e tempo que nos faculta o conhecimento sensível. Só é possível o conhecimento
empírico das coisas no espaço e tempo. (O Filósofo alemão Kant tem uma
filosofia inédita concernente a tempo e espaço como formas indispensáveis de
conhecimento).
Assim, com a noção de tempo e
espaço, verificamos que existimos no mundo (espaço) onde cada um tem uma
limitada duração. O que fazemos acontecer no transcurso de nossas durações é o
que determina se estamos satisfeitos ou não com a vida que levamos. É uma
bênção chegar na velhice e poder dizer: “valeu a pena ter chegado até aqui”!
...
Não podemos parar o tempo para
decidirmos o que fazer, temos que agir ao sabor de seu movimento. Nossas
decisões são tomadas no movimento ou transcurso do tempo. Se acertadas ou não,
deixarão marcas na história do indivíduo – boas ou más.
O tempo é inexorável em seu
movimento, é sempre passamento sem pit stop, e dentro desse movimento
construímos nossas alegrias ou tristezas segundo nossas decisões de como e em
que nos ocupamos, e se realizamos projetos que valham ou não a pena. Só a
história de cada um vai dizer se o tempo foi e é bem aproveitado.
Já sentiram como é tedioso
quando estamos sem ocupação alguma por falta de decisão do que fazer quando
poderíamos estar ocupados em alguma coisa útil? Ou quando estamos ocupados com
futilidades que nos entediam do mesmo jeito? Ou quando nos deixamos levar pela
preguiça prolongada que tanto afeta negativamente o corpo e a alma? (é claro
que a há a preguiça benfazeja como descanso do corpo e mente das atividades
exaustivas) ...
Cada qual escreve sua história
no passar do tempo, momento a momento, dia a dia. Não é preciso querer uma
história napoleônica, basta chegar ao final dos dias e ter consciência de que
não deixou o tempo passar no vazio e se sentir feliz e reconfortado pelas ações
praticadas.
Está em nossas mãos escrever
uma história de felicidade ou infelicidade. Tudo depende de como utilizamos o
tesouro tempo no percurso de nossa duração...
Qual a tua HISTÓRIA?
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 4-11-2017
Colunas anteriores:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-