Mas, de verdade. Sem a hipocrisia dos
jargões, dos discursos eloquentes e politicamente corretos, sem enclausuramento
nas sacristias e palácios episcopais.
Fratres in Unum.com
Dois santos lado a lado: São
Damião de Veuster (também conhecido como São Damião de Molokai) e Santa
Marianne Cope. A foto foi tirada em 15 de abril de 1889, data da morte do Santo
dos leprosos.
Informações do blog Americatho:
São Damião de Veuster,
batizado com o nome de Josef (“Jef”), nasceu na cidade de Tremolo (Brabante) na
Bélgica, em 13 de janeiro de 1840. Ingressou na Congregação dos Sagrados
Corações de Jesus e Maria (SS.CC., Picpus) no noviciado de Louvain, onde tomou
o nome religioso de Irmão Damião. Professará os votos perpétuos em 7 de outubro
de 1860, na capela dos Irmãos na rua Picpus, em Paris. Este missionário na alma
parte para o Havaí em outubro de 1863 e desembarca em Honolulu em 19 de março
de 1864. Será ordenado sacerdote em 21 de maio de 1864 por Louis Désiré Maigret,
SS.CC, um francês, vigário apostólico para as Ilhas Sandwich (Havaí). “Matua
Kamiano” (Padre Damião em língua havaiana) consagrará seu apostolado
missionário, a partir de 1873, aos leprosos deportados e isolados na Ilha de
Molokai desde 1866: de lá não sairá mais por dezesseis anos… A ele se unirão,
em 14 de novembro de 1888, três irmãs franciscanas de Syracuse (estado de Nova
York), entre elas… a Irmã Marianne Cope. O missionário contrairá a lepra em
1885, que o vencerá na segunda-feira santa, 15 de abril de 1889. Seu corpo,
revestido com seus ornamentos sacerdotais, é trazido à igreja para ser exposto.
É este “herói e mártir da caridade cristã” (Dom Maigret) que vemos nesta foto
emocionante, onde se percebe bem no rosto e nas mãos do falecido as marcas da
lepra. Em 1965, São Damião é escolhido para representar o Estado do Havaí no
Capitólio, em Washington (a estátua será inaugurada em 1969 e é uma réplica da
estátua erigida diante do Capitólio do Estado do Havaí). Beatificado em 1995,
São Damião de Veuster, “o maior belga da história”, será canonizado por Bento
XVI em 11 de outubro de 2009. Sua festa é celebrada em 10 de maio na Igreja
universal, mas também em 15 de abril no Havaí (Estados Unidos).
À direita da imagem, em uma
atitude serena que não exprime tristeza, mas uma meditação profunda, eis a
nossa outra santa: Marianne Cope.
Nascida em 23 de junho de 1838
em Heppenheim (no atual Estado de Hesse, na Alemanha), Maria Anna Barbara Koob
— o sobrenome será americanizado para Cope –, chegou aos Estados Unidos no ano
seguinte, tendo seus pais emigrado para lá. A família se estabeleceu em Utica
(Estado de Nova York). Sentindo há muito um chamado à vocação religiosa, ela
esperará a morte de seu pai, em 1862, e que seus irmãos pudessem se
auto-sustentar, para entrar, em 19 de novembro, no noviciado da Congregação das
Irmãs da Ordem Terceira Regular de São Francisco, em Syracuse (Estado de Nova
York). Professará seus votos perpétuos em 1863. Ela contribuiu para a abertura
dos dois primeiros hospitais católicos no Estado de Nova York e dirigirá o
Hospital St. Joseph, primeiro hospital de Syracuse, de 1870 a 1877. Em 1883,
parte com seis irmãs para o Havaí para cuidar de leprosos e se instalar na ilha
de Molokai, ao lado de São Damião de Veuster. Faleceu aos 90 anos, em 9 de
agosto de 1918, por causas naturais. Beatificada em 14 de maio de 2005, foi
canonizada por Bento XVI em 21 de outubro de 2012. Sua festa é celebrada no dia
23 de janeiro.
Título e Texto: Fratres In Unum,
16-5-2020
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