Aquele infinito e absoluto,
que não criou nada ao acaso, e sim por um motivo. A motivação é que não há
dúvidas que a religião vem se tornando um grande negócio, ou melhor, a religião
sempre foi, sim, um grande negócio. Só que agora a coisa está mais escancarada,
escrachada... Mas para o pastor Jabes de Alencar, da Assembleia de Deus,
"só uma pessoa ignorante acha que fé e lucro não podem caminhar do mesmo
lado". E não por um acaso, nos dias 20 a 25 de setembro, foi realizado a
10ª edição da Expocristã, no Anhembi, na cidade de São Paulo. E a Sra.
Excelentíssima PresidentA da República Dilma Rousseff recebeu em mãos, do
Pastor e Deputado federal, Roberto Lucena (PV-SP), carta ofício convidando-a
para a feira. E já são 10 edições dessa feira cristã de negócios voltada a
evangélicos.
O avanço do mercado evangélico
no Brasil nos últimos anos, a feira dos crentes reuniu mais de 500 expositores
comercializando seus produtos e serviços para cristãos.
Diversos eventos paralelos
como cultos e shows, cerca de 200 mil pessoas compareceram a feira que
movimentou perto de R$ 1 bilhão em novos negócios direto e indiretamente.
O leque de produtos e serviços
comercializados foi amplo: cadeiras para bufê; poltronas "confortex";
pacotes turísticos (de Aruba a Israel e um dos panfletos de uma agência dizia:
com a permissão de Deus, estamos na ExpoCristã-2011 para oferecer ao consumidor
cristão a melhor opção de turismo convencional e turismo social); stand-up
comedy cristão; "santo cálice" descartável; filmes; variedades de
gravadoras do mundo gospel (o Ministério Aliança do Sangue estava por lá com os
integrantes cantando ao vivo a sugestiva música Eu Sou um Milagre, do também
sugestivo álbum Viver o Impossível); promotoras de divulgação do evangelho,
shows, programações, lojistas, líderes, muitos pastores, as mais diferentes
versões da Bíblia e pasmem! Consórcio para igrejas.
SIM, consórcio para igrejas! -
Segundo pesquisa da organização Sepal (Servindo aos Pastores e Líderes) calcula
o surgimento de 10 mil novos pontos de pregação por ano.
A venda de consórcios no País
cresceu à taxa de 37% em volume liberado negociado no acumulado do ano até
agosto, e pelo visto não deixa nada de fora. Quase tudo pode ser encaixado em
um consórcio, inclusive linha de crédito de até R$ 300 mil para igrejas
evangélicas.
A menor burocracia estimula a
formação de grupos focados em públicos específicos. É o caso das igrejas
evangélicas. "Mesmo não tendo fins lucrativos, igrejas têm direito a
linhas de financiamento", diz Roberto Quiroga, sócio do escritório de
advocacia Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga. Uma das razões para
isso é a falta de comprovação de rendimentos e a empresa de consórcios FBJ
Representações lançou na Expocristã 2011, uma modalidade direcionada especificamente
a esse público. "A ideia é que o pastor ou a igreja que está alugando um
templo possa ter recursos para construir sua própria sede", afirma Delmar
Borges, dono da FBJ. A FBJ vai até as igrejas para explicar aos fiéis como
funciona o consórcio. "Será que a igreja iria guardar o dinheiro do
consórcio? Para a gente colher, tem de plantar", disse ele a Folhapress.
Roraima, na fronteira do
Brasil com a Venezuela e a Guiana, é o mais evangélico dos 26 Estados
brasileiros, constata o Ministério de Apoio com Informação (Mai) com base nos
dados do censo de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Da população de 421,4 mil habitantes, 50,8% estão
vinculados a uma igreja evangélica.
A Assembléia de Deus, a maior
denominação evangélica no país, também é a primeira no Estado, onde está
estabelecida desde 1915, contando, hoje, com 368 templos.
Na capital, Boa Vista, o Dia
Municipal dos Evangélicos, lembrado no segundo sábado de setembro, integra o
calendário de eventos da cidade.
Os dados do Censo 2010 ainda
não estão disponíveis, mas já se sabe que a população brasileira atingiu a
marca dos 190,7 milhões de habitantes em agosto do ano passado. Os evangélicos,
de forma marcante, constituíram a família confessional de maior crescimento na
primeira década do século XXI, com um índice anual de 7,43%. Se confirmada essa
tendência pelo Censo de 2010, a população evangélica terá alcançado então a
faixa dos 53 milhões de pessoas e chegará a ser metade dos brasileiros em 2022.
Argumentos infinitos para
persuadir, seja pela fé, carências ou ganância. Já tem igreja usando máquinas
de cartão de débito ou crédito, aceita-se também cheque pré-datado. O fato é
que líderes religiosos estão se aproveitando da boa-fé dos fiéis para
enriquecer ilicitamente. 10% do rendimento do crente é a parcela, o dízimo -
para igrejas, bispos e pastores, um grande negócio.
"Não é pecado, não",
disse na ExpoCristã-2011, José Luiz Batres, gerente-geral da Nova Vida, grife
que vende capas customizadas para a Bíblia. Seu alvo é o público feminino: por
R$ 34,99, a consumidora pode adquirir um modelo de couro sintético com estampa
de zebrinha e suporte para celular. Chique Não?!!
"Religião é religião,
negócios a parte" não faz parte do vocabulário, não só dos evangélicos, os
católicos também sabem explorar muito bem os michos de mercado. Entre outros,
eventos de maior manifestação religiosa católica do Brasil e considerado os
maiores do mundo - os dias-feriados: da padroeira do Brasil e do cirro de
Nazaré, comercializando desde pequenas imagens de gesso para adoração a hotéis
com superlotação. E havia um tempo em que vendiam indulgências, pedaços da cruz
em que cristo foi crucificado e outras bugigangas mais.
Embora afirmam que veneram um
só Deus, a realidade mesmo é que a igreja católica é Politeísta, veneram e
adoram vários deuses vestidos de santos. Adoram e Veneram Santos e Imagens como
se fosse deuses. Os homens estavam acostumados a se relacionar com deuses, no
plural. Foi a própria Igreja quem estimulou esse caminho de mediação entre o
homem e a crença cristã por meio da 'santidade'. Ou seja, emprestou ao seu
monoteísmo uma característica politeísta, para angariar um maior número de
adeptos. Os santos católicos são produtos e instrumentos de uma permanente
adaptação do cristianismo às culturas com as quais foi se relacionando e
disputando a hegemonia. As vezes o fiel tem mais FÉnatismo e adora e venera
mais o seu santo predileto do que no deus absoluto da igreja católica. O
politeísmo da Igreja Católica é representado por os seus santos, que, para a
maioria das populações nas nações católicas, têm, na devoção e no culto, um
lugar acima de Deus. Já os cristãos evangélicos adoram e veneram apenas três
deuses. Glorificando o amém pra gozar no além: o Pai, o Filho e o Espírito
Santo.
Título, Imagem e Texto: Plínio Sgarbi
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