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Dilma, à esquerda, concede
entrevista coletiva ao lado de Herman Van Rompuy,
presidente do Conselho
Europeu. Foto: Virginia Mayo/Associated Press
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O jornal "Financial
Times" publicou ontem (03-10), em sua versão digital, um artigo intitulado
"Dilma: Agony Aunt to the European Union".
O termo "agony aunt"
se refere, em inglês, a colunistas especializados em conselhos sentimentais - em geral, uma senhora mais velha, daí o "aunt" ("tia").
Daí, também, a ironia do texto.
"O país ranqueado em 152º
pelo Banco Mundial por seu pesado sistema tributário está aconselhando contra
impostos restritivos", escreve a autora, Samantha Pearson.
A crítica é uma reação à
advertência feita por Dilma na segunda-feira, durante visita à Europa. Não pela
primeira vez, ela fez duras críticas ao modo com que os países desenvolvidos
vêm controlando suas finanças.
"Políticos brasileiros
recentemente têm tomado a si a resolução da crise financeira internacional,
distribuindo conselhos", diz o texto.
O artigo aponta Guido Mantega,
ministro da Fazenda, como "pioneiro" nessa prática, após ter feito
discursos inflamados acerca da guerra cambial e propor, em setembro, um pacote
de resgate ao euro vindo dos Brics.
Pearson escreve sobre a
surpresa trazida pela "sugestão de que o Brasil deveria resgatar países
[...] cujo PIB per capita é três vezes maior do que o seu próprio".
O artigo aponta que a posição
do país, além de não ser realista, é também hipócrita.
"Dilma recentemente falou
sobre a necessidade de combater o protecionismo apenas uma semana após aumentar
impostos sobre carros estrangeiros em colossais 30 pontos percentuais."
Fonte: Folha de S. Paulo, 04-10-2011+ a opinião de Reinaldo Azevedo
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