quarta-feira, 9 de maio de 2012

O trapalhão (ou mal-intencionado) Soares

Nuno Gouveia

A queda de Soares

Imagem retirada daqui
Desde a sua última reencarnação política, depois da candidatura presidencial falhada em 2006, que as intervenções públicas de Mário Soares têm sido um desastre. Nos últimos anos, Soares transformou-se numa caricatura daquele político que em tempos lutou contra a extrema-esquerda antidemocrática, que nos aproximou dos Estados Unidos e da União Europeia e que lutou pela democracia. Hoje, Soares é uma personalidade mal-educada, irresponsável e sem memória da sua própria história. Os recentes acontecimentos assim o mostram: o triste episódio da multa paga por todos os portugueses ou o momento perpetrado no 25 de abril foram maus de mais. Mas, apesar de tudo, não passaram de fait-divers sem grande substância política.

Soares, não satisfeito pelos disparates que tem feito e dito, hoje saltou para um outro nível: o da total irresponsabilidade perante os problemas do país. Mário Soares não é nenhum Pedro Nuno Santos ou um militante qualquer do PS. É um dos pais fundadores da democracia, antigo Primeiro-ministro (que governou com o FMI) e Presidente da República. Ao juntar a sua voz ao coro da esquerda radical que pede o afastamento da Troika, Soares marginalizou-se e colocou-se contra a estabilidade e os interesses do país. Fez bem o PS em descartar liminarmente a opção soarista. Mas quem continuar a considerar que os conselhos de Soares são relevantes só estará a enganar-se a si próprio: Soares é uma voz totalmente descredibilizada. Até o seu partido já o percebeu.
Texto: Nuno Gouveia, 09-05-2012, no blogue “31 da Armada
Título: JP

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