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Foto: Roberto Stuckert/PR |
Francisco Vianna
Petista e socialista adoram
fazer proselitismo antiamericanista, embora o que dizem seja, na maioria das vezes,
amplamente irrelevante perante a opinião pública mundial. Foi nesse tom que a
nossa presidente Dilma foi a Montevidéu e, na cúpula do decadente MERCOSUL, deitou
falação a propósito do caso Snowden, que dedurou o esquema de espionagem
existente principalmente na América latina. “Os países da região precisam
preservar sua soberania e a privacidade de seus cidadãos e empresas, e o bloco
deve adotar medidas cabíveis para que não se repitam episódios de espionagem
como os denunciados recentemente”.
Ora, ora, dona Dilma, a
espionagem já existia na idade da pedra e, provavelmente, sempre existirá. Os
países sempre irão querer saber o que os demais estão planejando e querendo
fazer em relação a eles.
Dizer que “os países do
MERCOSUL devem tentar coibir a repetição de situações como essa” é um belo
exemplo de ‘chover no molhado’, além de ter duplo sentido, ou seja, o que de
devem tentar coibir? A espionagem em si – coisa que todos os países tentam, mas
não conseguem evitar – ou simplesmente o “vazamento” de informações secretas?
Afinal, o erro dos americanos
está em fazer espionagem através de suas agências de inteligência, ou em
permitir que um funcionário de uma dessas agências traia o seu país divulgando
informação sensível ou classificada?
Gostaria de saber se essa
seria a atitude da presidente Dilma se as informações vazadas fossem de um
agente cubano trabalhando para o serviço secreto da Venezuela, por exemplo. É
claro que ela não abriria o bico para nada, o que nos dá a certeza de puro
proselitismo antiamericanista.
Dos países ‘afetados’ pela
delação de Snowden – México, Venezuela, Colômbia e Brasil – apenas a nossa
presidente veio a público dizer tamanhas sandices, como se a ABIN não se esforçasse
para fazer o mesmo que a NSA ou a CIA fazem. Mas os americanos não têm nada com
isso se tal atividade – a espionagem – no Brasil é feita por uns poucos
amadores e incompetentes que não conseguem sequer ter uma ideia aproximada da
geopolítica latinoamericana e norte-americana.
O pior é que ainda tem gente
que se deixa impressionar com tais frases de efeito e de proselitismo populista
e demagógico barato. Mas o brasileiro está “ficando mais velhaco” com Dilmas,
Lulas e gente dessa laia. Em breve eles terão a resposta que merecem, mesmo
através de suas manipuláveis e fajutas urnas eletrônicas.
Dilma, de vez, transformou o
MERCOSUL num bloco político, porque, como bloco econômico ele já não funciona
há muito tempo e seus membros vivem numa guerrinha tributária e de
protecionismos que inviabiliza qualquer possibilidade de livre comércio. Aliás,
falar em qualquer coisa ‘livre’, para os socialistas já causa pavor e
alergia...
Bem fez o Paraguai, que foi admitido como membro observador por um ano na Aliança do Atlântico, que já desperta o interesse de mais de dez países, tanto da região como do resto do mundo.
Bem fez o Paraguai, que foi admitido como membro observador por um ano na Aliança do Atlântico, que já desperta o interesse de mais de dez países, tanto da região como do resto do mundo.
Depois disso, e com a eleição
de Horacio Cartes como presidente do Paraguai – cumprindo-se rigorosamente o
disposto na Constituição guarani – os membros do MERCOSUL foram correndo atrás
de Cartes para trazê-lo de volta à antiga corriola de socialistas de araque
sulamericanos. Cartes já disse que não retorna ao bloco enquanto a Venezuela
não sair.
Em agosto, agora, vamos ver
quão íntegra é a posição do novo presidente paraguaio, após ter tomado posse.
Muitos o considerarão um herói nacional se mantiver a postura adotada com
firmeza. Afinal, para Assunção, tanto faz ficar de fora ou fazer parte do
bloco, uma vez que nunca teve mesmo qualquer voz ativa nesse “clubinho
portenho-brasileiro”...
Título e Texto: Francisco Vianna, 19-7-2013
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