quarta-feira, 4 de junho de 2014

FENTAC/CUT: "Na rápida reunião, o Ministro não teve tempo hábil para fazer uma análise do caso"

Caso Aerus: FENTAC/CUT sugere criação de Medida Provisória que agilize pagamento

Uma nova reunião entre a entidade e o governo acontecerá na próxima semana

Dirigentes da Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (FENTAC/CUT), entidades filiadas e representantes das Comissões dos Estados se reuniram na terça-feira (3), em Brasília, com o Ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para cobrar um posicionamento do governo em relação ao caso Aerus (Fundo de Pensão dos trabalhadores das extintas companhias aéreas Varig e Transbrasil).

Na rápida reunião, o Ministro não teve tempo hábil para fazer uma análise do caso. Por conta disso, a FENTAC/CUT propôs a criação de uma Medida Provisória, que correrá em caráter de urgência, para que o pagamento da indenização aos beneficiários do Aerus seja feito imediatamente. Mais de 20 mil participantes esperam uma solução do caso.

A Medida Provisória (MP) tem efeito imediato, pois passa a valer quando são publicadas pelo Executivo, antes mesmo que o Congresso analise o texto. Por isso, constitui um mecanismo para apressar a aplicação de uma proposta sem precisar se desgastar com a tramitação de um Projeto de Lei (PL) que, mesmo com pedido de urgência, pode demorar em função dos recessos.

Logo após reunião com Berzoini, os dirigentes da FENTAC/CUT fizeram contato com os parlamentares no Congresso e pediram que apóiem a causa dos trabalhadores, reforçando que a pauta avance.

Próxima reunião e a luta continua
Na próxima semana haverá uma nova reunião com o governo, ainda sem data definida, para a possível elaboração da Medida Provisória. O presidente da FENTAC/CUT, Sérgio Dias, que acompanhou a reunião com Berzoini, pede a paciência de todos os trabalhadores envolvidos no caso. “Esperamos estar próximos de um desfecho positivo. Não vamos esmorecer”, afirma Dias. 
Vanessa Barboza, da Redação da FENTAC/CUT, 03-06-2014

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3 comentários:

  1. Ao ler este comunicado me detive nas palavras "na rápida reunião o ministro não teve tempo hábil para fazer uma análise do caso". No primeiro momento pensei que minha catarata estava me levando a uma leitura errada. Cerrei os olhos e li novamente. Era isso mesmo.
    Há OITO longos anos nós estamos sendo desprezados, humilhados e vilipendiados pelo governo PT. Durante esse tempo aconteceu um inaceitável jogo de empurra.

    Parece uma Copa do Mundo onde os jogadores passam a bola para o outro com grande maestria. O caso Aerus rola de pé em pé. O STF passou para a 14ª Vara, esta nos dá ganho de causa, a AGU pega a bola e não quer largá-la. De repente, dá um passe para alguns "representantes" do governo que jogam na série B. Esses se enrolam, não sabem jogar nada, e passam a bola adiante. Esta volta para a AGU, que insiste em manter o seu controle (da bola).

    Quando pressionados passam para alguns ministérios. A bola rola cada vez mais quadrada. Um certo dia Dilma a recebe, mata no peito (argh) e a devolve para a AGU. O jogo de empurra não acaba.
    O governo percebe que a bola não é redonda, ela tem o formato de um abacaxi. Ninguém quer segurá-lo com medo de se ferir, afinal ele não está descascado. Cada um que o recebe trata de passar adiante.

    Isso tudo vem acontecendo há oito anos. Que partida longa!
    Depois de tanto jogo de empurra o abacaxi foi parar no ministro Ricardo Berzoini.
    Todos se encheram de esperanças que ele o descascasse. Pois bem, o que faz o ministro?
    Descaradamente, depois de cinco minutos com o abacaxi na mão, diz que não tem tempo para descascá-lo!!!
    Pelo andar da carruagem o Berzoini vai mandar a fruta para Dilma e ela, depois de analisá-la por longos dois minutos, irá colocá-la no fundo da gaveta.
    Pronto, tudo resolvido para o governo PT.
    Rubens de Freitas

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  2. Deboche duplo

    Enquanto meia dúzia de pessoas de bem com a realidade ocupavam tanto o Santos Dumont quanto Congonhas, ontem, 3 de junho, cobrando e orando para que a reunião em Brasília fosse a resposta final ao problema do AERUS, milhares ficavam em casa acreditando que o governo fosse cumprir o que deve, e esperando para ver a bola rolar em um jogo dificílimo contra o país do canal.

    Pelo canal, ou melhor pelo cano, entraram todos levando uma goleada, pois além da notícia da medida provisória ser mais um devaneio do SNA/Fentac, o tal ministro não estava nem aí para o fato, parecendo mesmo nada saber o que, aliás, é marca registrada deste governo. Apenas concedeu um quebra-galho de alguns minutos aos desafortunados colegas presentes.

    Na rápida reunião, o Ministro não teve tempo hábil para fazer uma análise do caso. Por conta disso, a FENTAC/CUT propôs a criação de uma Medida Provisória, que correrá em caráter de urgência, para que o pagamento da indenização aos beneficiários do Aerus seja feito imediatamente. Mais de 20 mil participantes esperam uma solução do caso.

    Por outro lado, no conforto de suas casas e ainda com o pão que resta, todos tiveram a maravilhosa sensação adrenalínica de ver a bola rolar e ser colocada magistralmente e com requintes circenses na rede de um adversário extremamente poderoso.

    Ganhamos de QUATRO, somos os maiores e fechamos ontem o país para férias coletivas, porque ninguém é de ferro e o serviço público precisa de férias após cinco longos meses apenas com alguns pontos facultativos em Miami.

    Nós do Aerus, aqueles poucos, mas que vivem a realidade e que estiveram presentes ontem nos aeroportos Santos Dumont e Congonhas, ficamos de QUATRO, sem saber o que fazer e o que mostrar,atordoados e pasmos até pela pouca presença em relação ao dia midiático anterior.
    Pelo visto a falta de holofotes causa muito mal-estar.
    É um verdadeiro deboche.
    E duplo.
    José Manuel, ex tripulante Varig, 04-06-2014

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  3. A partir de hoje 04/06/2014, e de acordo com o resultado da reunião de ontem com o ministro das relações institucionais, acabou de vez a nossa maneira ELEGANTE DE VOAR, e partiremos de vez para manifestações um tom acima do habitual.
    Iremos aumentando o tom , na medida em que as nossas justas reivindicações não sejam de pronto atendidas
    José Manuel

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