
A riqueza de detalhes – como
foguetes anexados ao projétil para amortecer a descida na lua, além da
aterrisagem do retorno no Oceano Pacífico -, imaginada na data em que foi
escrito, ainda impressiona os leitores atuais. Em “Vinte mil léguas
submarinas”, de 1870, sua obra mais famosa, fala de um submarino, o
Náutilus e, no “Volta ao mundo em 80 dias”,de 1873, ele relata
detalhes gráficos com tanta precisão que até hoje provoca curiosidade em
geógrafos.
Ainda na década de 1590, o
pirata inglês Anthony Knivet, para se manter submerso, usou um escafandro,
armadura de borracha e latão ligada à superfície por um duto, que assegurava a
livre respiração e permitia resistir à pressão da água. Só após ser utilizado
por séculos, o escafandro pôde ser substituído pelo aqualung – um equipamento
individual de mergulho capaz de estender o tempo de exploração submarina -,
inventado, em 1943, por Jacques-Yves Cousteau, um oficial da marinha francesa,
documentarista, cineasta e oceanógrafo que se tornou mundialmente conhecido por
suas viagens de pesquisa, a bordo do Calypso.
Leonardo da Vinci (1452-1519)
se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista,
pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Literalmente um gênio
raríssimo, com ideias muito à frente de seu tempo, um visionário, sonhador e
apesar de somente um pequeno número de seus projetos haver sido construído
durante sua vida, com sua engenhosidade tecnológica concebeu projetos como o
protótipo de um helicóptero, um planador, um tanque de guerra, um veículo auto
propelido, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas
embarcações, uma bobina automática e outros inventos menores.
No início do século XX os
automóveis já existentes eram caros, difíceis de dirigir e de fazer funcionar,
dando a impressão de que era uma indústria sem futuro até que, em 1908, Henry
Ford lançou o Modelo T, um carro simples, fácil de usar e bastante acessível,
pois era vendido a 850 dólares cada e, com esses requisitos, vendeu 15 milhões
de unidades em cerca de 20 anos.
Em 1802 surgiu a ideia de se
ligar a cidade de Folkestone, na Inglaterra, à Coquelles, na França através de
um túnel, mas só 186 anos depois, em 1988 teve início a construção do projeto
do Eurotúnel, concluído em 1994, que passa por debaixo do Canal da Mancha por
uma distância submersa de 37,9 Km e a uma profundidade de 75 metros.
Sonhos inacreditáveis há muito
poucos anos, como os trens bala, os computadores nos celulares, a internet,
Wi-Fi, Bluetooth e os GPS portáteis – manuais ou embutidos nos painéis dos
veículos, motos, bicicletas e até em relógios -, já são realidade utilizada por
milhões, enquanto alguns já dispõem de itens ainda mais modernos, como os
carros elétricos e os movidos a hidrogênio.
Alguns outros sonhos, de
execução antes inimaginável, como as estações espaciais, as ilhas artificiais
de Dubai, estradas submersas e aeroportos flutuantes nos oceanos, já são ou
estão se tornando realidade.
Todos estes exemplos só nos
mostram como Monteiro Lobato estava certo, quando escreveu:“Nada do que o
homem fez no mundo teve início de outra maneira – mas já tantos sonhos se
realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum”.
Só três coisas separam o
sonho da realidade: o desejo, a dedicação e o tempo.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal, 22-08-2014
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