sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Portanto, conjunção conclusiva!


Jonathas Filho 
A Educação “anda” falada...  e muito mal falada, o que é uma pena.

Mesmo após nove anos de “visitas” sucessivas à Escola, vê-se com facilidade, que “aquele” estudante não compreendeu  um texto comum,  com alguns períodos compostos  com  orações simples. Se alguém  pedir  que ele comente  sobre o que leu, ele não  fará uma exposição  completa do seu pensamento quanto ao assunto abordado no texto ou então... ficará mudo!

Por quê?

- Porque o “repertório” do entendimento dele não abrange  todos os  conhecimentos  elementares do nosso  idioma... no caso a gramática, que é a  arte de colocar as palavras certas nos lugares apropriados.

- Porque tem desconhecimento parcial ou total da sintaxe, que é parte da gramática que combina as funções dos vocábulos e das relações deles numa frase, tais como sujeito e predicado e suas concordâncias.

- Porque lhe falta  vocabulário suficiente para exprimir-se  fluentemente ou discorrer sobre um assunto.

- Porque não aprendeu como deve planejar o pensamento interpretativo; não obstante  a oralidade ser  colocada num segundo plano, e assim sendo “refugia-se” no silêncio, pois falar requer pensar antes.

Com certeza, ele se sente constrangido  por não saber se expressar  na sua própria língua!
Numa época em que a comunicação se apresenta em  diversas formas de veiculação, isto é inaceitável!

O que faltou a esse aluno?  Ele teve motivação para aprender? O ambiente de ensino era adequado? Os professores não participaram como deveriam?

Pelo que nos é apresentado todos os anos através das mídias jornalísticas, conclui-se que o conjunto das perguntas acima já é praticamente uma resposta.

A escola pública brasileira há muito tempo passa por  sérios problemas que são constantemente questionados pelos profissionais da área e pelos pais de alunos.
Faltou ao aluno o valioso tempo do Professor explicando, motivando-o,  estimulando-o, corrigindo-o e aperfeiçoando-o.                       

O trabalho do Professor é ensinar, difundindo o conhecimento,  entretanto,  ele tem desempenhado outras funções que na realidade são de outros profissionais como assistentes sociais, psicólogos e até nas relações de família. Isso interfere  muito no conteúdo letivo porém, mais precisamente no tempo  que seria dedicado à aula.

Apesar dos baixos salários serem sempre a base das reivindicações dessa categoria, eles continuam usando de todos os esforços inerentes ao melhor que possam fazer, mas ao  atingirem os limites das possibilidades dos mesmos,  também anseiam por receber oportunidades  reais de obterem uma formação mais plena, complementada e valorizada.

É preciso investir mais na Educação,  bem mais dos 4,5% do PIB atualmente dedicados a esse segmento social tão importante.     
                                                                      
Enfim, essa é a escola que o referido aluno frequenta e que enfrenta os mesmos problemas de sempre na estrutura de funcionamento.

Este aluno já tem 16 anos e pode votar,  todavia carece de conhecimentos para entender e interpretar  qualquer texto.

Como será que ele  votará? Ele entende a política e seus políticos? Ele conhece as atribuições e deveres de um cargo eletivo?

Prevista na Constituição Brasileira no Capítulo II Artigo 6º, a Educação através do  Ensino Público é um Direito Social.

Espera-se que o eleitor tenha critério no momento do voto e que tenha consciência de aplicar novas atitudes para velhas demandas.

Portanto...  Educação tem de vir em primeiro lugar, com qualidade e  continuidade;  as demais prioridades virão como consequência.  
Título e Texto: Jonathas Filho,  estudou em Escola Pública. 22-08-2014

2 comentários:

  1. Bem Jonathas, você tentou explicar muito bem, mas infelizmente faltou parâmetros.
    Comecemos pelos nosso jornalistas, alguns cronistas, e alguns comentaristas.
    NUNCA NINGUÉM VIU é um dos supra sumos da dialética escrita e oral deles.
    Uma das regras do português é que a negação não pode ser redundante.
    Eles falam MUITO, mas dizem erradamente graTUÍto, ou cirCUÍto, ou ainda inTUÍto.
    Creio que algumas coisa erradicadas do ensino fizeram esse todo.
    Primeiro as aulas de Caligrafia.
    Segundo as aulas de OSPB.
    Terceiro as aulas de leitura.
    Vamos alargar o assunto de direito e deveres.
    Quando vemos nas propagandas eleitorais do governo a exaltação do direito de voto fico pasmo.
    VOTO não é um direito do cidadão brasileiro, nem um dever é uma obrigação, incongruente com o os direitos de liberdades tão decantados da constituição.
    Quando obriga-se tolhe-se os direitos e os deveres.
    Você diz que falta educação e eu digo que falta alfabetização.
    Até analfabetos podem ser educados e pessoas de grande saber podem ser mal educadas.
    Alfabetizar não significa educar.
    Educar não significa alfabetizar.
    Hoje em dia para ser gari tem que ser alfabetizado, e para votar você pode ser analfabeto.
    O cego pode votar, mas não pode ser gari.
    Conhecimento é querer, opção, obrigação e dever.
    Educação é somente opção.
    O voto por ser obrigação, virou aculturamento e falta de conhecimento, apenas um passeio desgraçado num final de semana.

    Se for para votar mal, nem vá, a multa é irrisória.
    Amem por isso.

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  2. Pois é, mais um excelente texto do nosso colega atuante Jonathas Filho.
    Quem sabe este texto impulsiona a todos os que sempre quiseram escrever mas tem medo de o fazer por pura falta de segurança literária.
    Hoje com os recursos que dispomos na internet é mais fácil escrever do que roubar doces de criança.
    Aliás o nosso país é pródigo em nos fornecer o material de que precisamos, para escrever todos os dias
    Há uma matéria bruta aí na sua casa, esperando para ser divulgada pelos seus dedos nas teclas do seu computador
    Chama-se A E R U S

    José Manuel

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