Jonathas Filho
A Educação “anda” falada...
e muito mal falada, o que é uma pena.
Mesmo após nove anos de
“visitas” sucessivas à Escola, vê-se com facilidade, que “aquele” estudante
não compreendeu um texto comum, com alguns períodos
compostos com orações simples. Se alguém pedir que ele
comente sobre o que leu, ele não fará uma exposição completa
do seu pensamento quanto ao assunto abordado no texto ou então... ficará mudo!
Por quê?
- Porque o “repertório” do
entendimento dele não abrange todos os conhecimentos
elementares do nosso idioma... no caso a gramática, que é a
arte de colocar as palavras certas nos lugares apropriados.
- Porque tem desconhecimento
parcial ou total da sintaxe, que é parte da gramática que combina as funções
dos vocábulos e das relações deles numa frase, tais como sujeito e predicado e
suas concordâncias.
- Porque lhe falta
vocabulário suficiente para exprimir-se fluentemente ou discorrer
sobre um assunto.
- Porque não aprendeu como
deve planejar o pensamento interpretativo; não obstante a oralidade
ser colocada num segundo plano, e assim sendo “refugia-se” no silêncio, pois
falar requer pensar antes.
Com certeza, ele se sente
constrangido por não saber se expressar na sua própria língua!
Numa época em que a
comunicação se apresenta em diversas formas de veiculação, isto é
inaceitável!
O que faltou a esse
aluno? Ele teve motivação para aprender? O ambiente de ensino era
adequado? Os professores não participaram como deveriam?
Pelo que nos é apresentado
todos os anos através das mídias jornalísticas, conclui-se que o conjunto das
perguntas acima já é praticamente uma resposta.
A escola pública brasileira há
muito tempo passa por sérios problemas que são constantemente
questionados pelos profissionais da área e pelos pais de alunos.
Faltou ao aluno o valioso
tempo do Professor explicando, motivando-o, estimulando-o,
corrigindo-o e aperfeiçoando-o.
O trabalho do Professor é ensinar,
difundindo o conhecimento, entretanto, ele tem desempenhado outras
funções que na realidade são de outros profissionais como assistentes sociais,
psicólogos e até nas relações de família. Isso interfere muito no
conteúdo letivo porém, mais precisamente no tempo que seria dedicado à aula.
Apesar dos baixos salários
serem sempre a base das reivindicações dessa categoria, eles continuam usando
de todos os esforços inerentes ao melhor que possam fazer, mas ao
atingirem os limites das possibilidades dos mesmos, também anseiam
por receber oportunidades reais de obterem uma formação mais plena,
complementada e valorizada.
É preciso investir mais na
Educação, bem mais dos 4,5% do PIB atualmente dedicados a esse segmento
social tão importante.
Enfim, essa é a escola que o
referido aluno frequenta e que enfrenta os mesmos problemas de sempre na
estrutura de funcionamento.
Este aluno já tem 16 anos e pode
votar, todavia carece de conhecimentos para entender e
interpretar qualquer texto.
Como será que ele votará?
Ele entende a política e seus políticos? Ele conhece as atribuições e deveres
de um cargo eletivo?
Prevista na Constituição
Brasileira no Capítulo II Artigo 6º, a Educação através do Ensino Público
é um Direito Social.
Espera-se que o eleitor tenha
critério no momento do voto e que tenha consciência de aplicar novas atitudes
para velhas demandas.
Portanto... Educação
tem de vir em primeiro lugar, com qualidade e continuidade; as
demais prioridades virão como consequência.
Título e Texto: Jonathas
Filho, estudou em Escola Pública. 22-08-2014
Bem Jonathas, você tentou explicar muito bem, mas infelizmente faltou parâmetros.
ResponderExcluirComecemos pelos nosso jornalistas, alguns cronistas, e alguns comentaristas.
NUNCA NINGUÉM VIU é um dos supra sumos da dialética escrita e oral deles.
Uma das regras do português é que a negação não pode ser redundante.
Eles falam MUITO, mas dizem erradamente graTUÍto, ou cirCUÍto, ou ainda inTUÍto.
Creio que algumas coisa erradicadas do ensino fizeram esse todo.
Primeiro as aulas de Caligrafia.
Segundo as aulas de OSPB.
Terceiro as aulas de leitura.
Vamos alargar o assunto de direito e deveres.
Quando vemos nas propagandas eleitorais do governo a exaltação do direito de voto fico pasmo.
VOTO não é um direito do cidadão brasileiro, nem um dever é uma obrigação, incongruente com o os direitos de liberdades tão decantados da constituição.
Quando obriga-se tolhe-se os direitos e os deveres.
Você diz que falta educação e eu digo que falta alfabetização.
Até analfabetos podem ser educados e pessoas de grande saber podem ser mal educadas.
Alfabetizar não significa educar.
Educar não significa alfabetizar.
Hoje em dia para ser gari tem que ser alfabetizado, e para votar você pode ser analfabeto.
O cego pode votar, mas não pode ser gari.
Conhecimento é querer, opção, obrigação e dever.
Educação é somente opção.
O voto por ser obrigação, virou aculturamento e falta de conhecimento, apenas um passeio desgraçado num final de semana.
Se for para votar mal, nem vá, a multa é irrisória.
Amem por isso.
Pois é, mais um excelente texto do nosso colega atuante Jonathas Filho.
ResponderExcluirQuem sabe este texto impulsiona a todos os que sempre quiseram escrever mas tem medo de o fazer por pura falta de segurança literária.
Hoje com os recursos que dispomos na internet é mais fácil escrever do que roubar doces de criança.
Aliás o nosso país é pródigo em nos fornecer o material de que precisamos, para escrever todos os dias
Há uma matéria bruta aí na sua casa, esperando para ser divulgada pelos seus dedos nas teclas do seu computador
Chama-se A E R U S
José Manuel