Valdemar Habitzreuter
Todos nós lutamos por um lugar
no mundo. Quando nos sentimos ameaçados, por exemplo, por perigos de
catástrofes naturais procuramos algum refúgio seguro. Da mesma maneira, ações
agressivas e destrutivas do próprio homem contra seus irmãos mais fracos fazem
com que estes procurem proteção. Nos últimos tempos vimos uma enxurrada dessa
gente procurar proteção e refúgio em outros países pelas atrocidades em seus
países: guerras violentas; massacres em massa; fome; terrorismo; intolerância
de todo tipo, racial, religiosa, etc.
O que há de errado com a
espécie humana que é capaz de deixar ao abandono membros de sua própria
espécie? Tudo indica que só há união e compaixão quando há convergência de
interesses entre os membros da comunidade; caso contrário, entra-se em
conflito. O homem rege-se pela egocentricidade e quando é confrontado pelo
outro com interesse antagônico, começa o desentendimento. Só há altruísmo
quando há um retorno. O altruísmo puro fica para os santos, o mortal comum é
altruísta na medida em que tem garantia de que seu altruísmo seja compensado
por outro altruísta e assim viver pacificamente – altruísmo egoísta, diria.
Quando um dos lados falha há a rejeição àquele que quebrou a corrente, ou por
falta de condições ou por pura incompatibilidade altruística.
A rejeição coletiva se dá
quando um governo que se diz altruísta, isto é, governar para o povo, comete
ações que quebram a corrente da vida pacífica de seus cidadãos por interesses
antagônicos. Uma parcela desses cidadãos já não tem mais garantias de viver em
seu próprio país e procura refúgio… É o que presenciamos com milhares de
retirantes fugindo para outros países.
Mas, quem os quer? São bem
recebidos? O que podem oferecer em troca? Afinal, o instinto egoísta, ou
altruísmo recíproco, predomina em todo lugar. Na Inglaterra, por exemplo, uma
deputada foi assassinada por um egoísta extremista inconformado com o discurso
da parlamentar de que a Inglaterra deveria aceitar refugiados...
A espécie humana é deveras
estranha. De um lado há a necessidade da vivência em comunidade como força e
garantia de sobrevivência e, por outro, há a expulsão e repulsão de membros
quando há incompatibilidade de vivência pacífica por motivos egocêntricos...
Título e Texto: Valdemar Habirzreuter, 20-6-2016
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