Alberto José
Em 1971, alguns meses após o
incidente da despressurização em Grajaú, saímos de Congonhas, uma ótima
Comissária e eu, voando Avro, com destino a Belo Horizonte, com várias escalas
pelo interior do Brasil.
Pousamos em BHZ por volta das
19h00 e, contrariando as regras da regulamentação, trocamos de roupa e
embarcamos no mesmo avião para voltar para a base. O Comissário Newton e a
esposa assumiram os trabalhos no voo de retorno para CGH.
Decolamos de BHZ e, quando
chegamos na área da represa de Furnas, o Comandante avisou que teriam que fazer
um pouso técnico. Os administradores da represa mandaram um rádio para o avião
avisando que dois diretores precisavam embarcar com destino a CGH. Como o Avro
estava lotado, o Comandante "solicitou" que eu desembarcasse com a Comissária
para dar lugar aos passageiros.
O Gerente e o representante
VARIG prometeram que nós ficaríamos em um hotel confortável e poderíamos viajar
no dia seguinte! De fato, deram um apartamento para cada um, e nos deram lauto
jantar e um passeio noturno pela usina de Furnas. Coisa de cinema!
Os dias se sucederam em clima
de fazenda: belo café da manhã, ótimo almoço, magnífico jantar e começamos a
receber convites para comparecer aos eventos sociais da cidade.
Apesar das várias solicitações
do Gerente, felizmente nunca mais o avião da Varig passou por lá! Uma semana
depois, já estávamos cansados de tanta mordomia. O Gerente notou que já
queríamos "bater asas" e sugeriu que fossemos até BHZ no carro da
Diretoria.
Eu agradeci e expliquei que,
como estávamos trabalhando, o deslocamento teria que ser por via aérea, devido
cláusulas de seguro. Então, no sábado pela manhã - mais de uma semana após a
nossa chegada - um jato executivo da empresa foi acionado para nos levar para
CGH.
Bem, quando chegamos na base
fomos ao DO para atualizar a nossa programação. Na porta encontramos o chefe da
base, Adão que surpreso, exclamou:
"Não sei onde vocês
estiveram, mas os dois já estão demitidos por faltar ao voo!”
Título e Texto: Alberto José, 28-6-2016
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Eu estava em treinamento para F/e no Electra onde simulávamos emergências.
ResponderExcluirTudo era para ser simulado e cada um era avisado sobre isso.
Chegando na minha vez mandaram um alarme simulado de fogo no motor número.
Sem dúvida nenhuma puxei a manete de fogo e desliguei o motor.
Moral da história , era simulado mas o idiota aqui não acreditou.
fui...
Eu contei minha maior cagada operacional, quando estava em treinamento.
ResponderExcluirAgora , vou contar uma fenomenal.
Já voando em instrução o instrutor me fez a seguinte pergunta:
Você sabe porque o balão sobe?
Eu respondi que o ar quente que infla o balão é mais leve que o ar ambiente por isso o balão sobe.
Ele me responde com uma risada irônica que ele recebia um empuxo debaixo para cima igual ao peso do volume de ar deslocado.
Eu repliquei que ele acabara de matar Arquimedes.
Ficou de mal comigo...