Cesar Maia
1. Alguns fatos novos ocorreram nos últimos dias em relação as
eleições para prefeito do Rio. A começar pelos candidatos ditos de esquerda.
Molon, Jandira e Freixo [foto] reuniram-se e decidiram manter as candidaturas, se
somando num possível segundo turno. No primeiro turno só carinhos entre eles.
Uma tática que exigirá sangue frio, caso estejam disputando entre eles uma vaga
entre os mesmos eleitores. O debate na TV pode ajudar: levantando a bola entre
si e batendo nos demais.
2. Jovens do PMDB em sua rede estão batendo da cintura para baixo
em Osorio e Indio da Costa. Com isso, informam que, para eles, o eleitor
potencial dos 3 é o mesmo. Um assessor qualificado da prefeitura dizia
quinta-feira num corredor da Câmara Municipal que 2016 vai repetir 1992: vai
para o segundo turno quem bater 15%. Pode ser. E por falar em PMDB, faltou
contundência no relatório do delegado da Polícia Federal sobre o caso do
deputado Pedro Paulo. Vai continuar rendendo.
3. Além do Senador Crivella, que continua navegando em mar de
piscina, o deputado Flávio Bolsonaro surpreende com sua intenção de voto entre
7% e 9%. Se sustentar essa posição na frente de Pedro Paulo e, ainda mais, na
frente de Osorio e Indio, pode atrair um voto útil conservador. Afinal, seu
sobrenome marca sua identidade.
4. Lembrando o que este Ex-Blog já comentou várias vezes, a
pré-campanha gera memória para a campanha. Com a crise moral destacando-se no
noticiário todos os dias e a Olimpíada atravessando as atenções no mês de
agosto, o desafio de Indio, Molon e Osorio é multo grande. Em proporção menor,
Pedro Paulo, que começou a se afastar dos holofotes com a desincompatibilização
no início de junho.
5. Um dos coordenadores da pré-campanha de Pedro Paulo lembrava na
Câmara do Rio que no início de junho de 1996, Conde não tinha 5%. É verdade. A
diferença é que a aprovação do prefeito, na época, crescia a cada dia, o que,
até aqui, não acontece em 2016. A Olimpíada, que seria a bala de prata do
prefeito, já não será mais. Se for um fator neutro já será um grande negócio.
6. Freixo e seu círculo repetem muito o resultado de 2012, quando
Freixo teve 23% com brancos e nulos. Prefeito Paes teve 54%. Pesquisa feita na
reta final da eleição de 2012 mostrou que dos 23% de Freixo, apenas a metade
votava nele e os demais fizeram um voto útil nele contra Paes. Portanto, há que
se ter cuidado com só números. Há instituto achando que ele terá um teto de
15%. Bem, pode até dar.
7. Finalmente, o efeito crise fiscal e moral sobre o eleitor no Rio
impõe um desafio ao PMDB: seu candidato a prefeito convencer as pessoas que o
seu PMDB carioca nada tem a ver com o PMDB estadual e nacional.
Título e Texto: Cesar Maia, 6-6-2016
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