Valdemar Habitzreuter
É fascinante como a política
mexe com nossas emoções. O animal politikos
tem necessidade de discutir, argumentar e fomentar diretrizes por melhores
opções de vivência em sociedade. Dentre os mais ativos há os que se candidatam
para serem os representantes da massa passiva e se propõem a dedicar-se ao
trabalho que conduza ao bem-estar da polis ou comunidade.
Nada mais elevado em ideal do
que estes heróis que despretensiosamente (!) se sacrificam para que os cidadãos
passivos tenham une belle vie... extensiva a todos. Não é isso fascinante, que
uma multidão de abnegados, Brasil afora, façam juras, com promessas sem conta,
de comprometer-se com a construção de uma sociedade próspera e pacífica?
Está aí, pois, a euforia dos
candidatos que foram eleitos ontem e os que ainda serão vitoriosos em segundo
turno. Eles encontram-se em êxtase por terem sido eleitos e poder trabalhar em
prol dos outros como funcionário público e por um mísero (?) salário. Que belo
exemplo! Só comparável aos grandes santos místicos que sacrificaram suas vidas
para salvar a humanidade da degradação espiritual – Cristo, o maior deles.
Realmente, tudo isso seria
fascinante se nossos políticos tivessem a prioridade de honrar os preceitos da
verdadeira política: o trabalho honesto para atender os reclames do povo a que
representam.
Por ora devemos desconfiar
dessa euforia de nossos eleitos, visto o que a tragédia petista nos
proporcionou nos últimos anos através de seus políticos corruptos: a quase
falência do Estado e uma sociedade dividida em ‘nós e eles’.
Se esta euforia manifestante
de nossos eleitos é no intuito de continuar a velha política decadente de se
locupletar no poder, o Brasil continuará uma republiqueta de banana e o povo
jogado a mercê de sua própria sorte.
Em decorrência dessa política
podre que vigeu durante esses últimos anos, o alto índice de abstenções, votos
nulos e em branco nestas eleições é sinal perigoso de que o brasileiro não quer
mais representatividade alguma, um claro sinal de mais violência e racha em
nossa sociedade.
Portanto, que essa euforia de
nossos políticos eleitos seja realmente para unificar o país e não deixar o
povo a sua própria sorte...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 3-10-2016
Habitz, belo texto, grande percepção, veja a Eleição inédita em São Paulo, de um não Político, que entende muito de Política, eleito em um só turno, esta pode ser uma pequena luz no final do túnel, para um País carente ao extremo de Verdadeiros Políticos, talvez a médio prazo! Quiçá!
ResponderExcluirHeitor Volkart