Luciano Ayan
Uma auditoria interna feita pela EBC
constatou que hoje existem até 300 funcionários fantasmas. Mais uma herança
macabra do governo tirânico de Dilma Rousseff.
Toda essa festa com o dinheiro
público não custou pouco, pois os salários dos fantasmas variam entre R$ 14 mil
e R$ 18 mil. À Laerte Rímoli, novo presidente da empresa, coube fazer o papel
de “ghostbuster”.
Segundo matéria de Aloizio
Amorim, essa turma ganhou o apelido de “funcionários-caviar”: alguns nunca os
viram, outros só ouviram falar.
Não fica apenas por isso: em
alguns casos, o governo Dilma contratava os funcionários pela EBC apenas para
alocá-los em outros órgãos do governo.
Na verdade, os fantasmas não
trabalhavam em benefício público. Em vez disso, utilizavam e-mails
institucionais para propagar a narrativa do “golpe” em pleno horário de
expediente.
Agora, resta fazer os
cálculos: salário médio de R$ 16.000,00 * 1,7 (relacionado a direitos
trabalhistas) * 300 = R$ 76.800.000,00.
Sim, isso mesmo: 76 milhões de
reais e 800 mil reais por mês. E tudo nas mãos de um único partido.
Aliás, podemos voltar à
discussão sobre financiamento público de campanha. Esses 76 milhões de reais,
utilizados pelo PT, não estão previstos no “financiamento público de campanha”
oficial, certo?
Quer dizer, imagine que dois
partidos similares tenham recebido R$ 100 milhões cada do fundo partidário (que
limitaria todo o financiamento). Bastaria o PT, como um desses partidos, usar
seus R$ 76 milhões adicionais só com funcionários fantasmas na EBC. Isso por si
só já garantiria quase o dobro do financiamento de seu adversário.
Claro está que qualquer
discussão sobre “fim de financiamento empresarial” e “estabelecimento de
financiamento público” no Brasil dos dias atuais não passa de farsa.
E o exemplo macabro da EBC é
só isso mesmo: apenas um exemplo de um vasto fenômeno de saqueamento estatal
acometendo quase toda a máquina.
Nossa prioridade deveria ser lutar
para acabar com esse aparelhamento. No curso deste processo, atacar com o
financiamento público (e o fundo partidário) e retornar com o financiamento
empresarial.
O uso do estado para financiar
partidos políticos já chegou no limite. Precisamos nos livrar dessa
assombração.
Título, Imagem e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 17-10-2016
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Sim, já se sabe, e o que esperam, para acabar com estas fraudes?
ResponderExcluirVamos lá , Atitudes!
Heitor Volkart