Maka Angola
Hoje estamos em democracia,
mas não parece democracia. Somos escravizados.” É assim que Txinjanga — um dos
sobas que denunciaram a Sociedade Mineira do Cuango (SMC) na Procuradoria-Geral
da República — resume a situação que prevalece na região diamantífera das
Lundas.
As imagens recentes dos actos
de tortura perpetrados pelos agentes das forças de segurança mineira demonstram
que nada mudou. Expropriadas em benefício da extracção de diamantes, impedidas
de praticar a agricultura, as populações são violentadas e assassinadas quando
procuram garimpar para sobreviver.
Em absoluto contraste com o
discurso oficial da SMC, os sobas denunciam: “Não tem escolas, não tem água,
não tem posto de saúde”, mas tem, isso sim, “três, quatro, cinco mortos por dia
em cada bairro”, para não falar das 402 lavras destruídas entre 2015 e 2016.
Nas Lundas, é difícil
sobreviver. Nas Lundas, ainda se vive em escravatura.
Título, Imagem, Vídeo e Texto:
Maka Angola, 12-12-2016
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