Ele disse que polêmicas sobre mérito foram
eliminadas
Karine Melo
Ao apresentar na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado seu parecer nesta quinta-feira (19) sobre a
reforma da Previdência ( PEC 06/2019), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE)
[foto], relator do texto, rejeitou 76 emendas recebidas no plenário do Senado
que poderiam modificar a proposta e obrigar a volta do texto à análise dos
deputados.
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
As sugestões eram diversas.
Tratavam desde alterações na regra de cálculo do benefício, nova regra de
transição mais benéfica aos servidores, vedação ao acúmulo de benefícios
previdenciários, mudanças na regra de pensão por morte e regras mais brandas
para determinadas categorias.
Polêmica
Para acabar com a polêmica em
torno do entendimento de que ajustes já feitos no texto pelo relator
teriam alterado o mérito do texto e, por isso, a proposta teria
que voltar que retornar à Câmara dos Deputados, Tasso mudou a redação sobre o
ponto que trata da criação de uma alíquota de contribuição mais baixa para os
trabalhadores informais.
Ao se referir a esse grupo, no
trecho que trata da criação de uma alíquota de contribuição mais baixa para
esses trabalhadores ele trocou a frase "os que se encontram em situação de
informalidade" para "trabalhadores de baixa renda". Na avaliação
do tucano dessa forma o texto elimina a dúvida de que se trata de um grupo
adicional porque já existe um sistema especial de inclusão previdenciária.
Calendário
Conforme o calendário definido
entre os líderes e a presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), na
próxima terça-feira (24), o relatório final será votado na Comissão. No mesmo
dia à tarde a matéria será votada em primeiro turno no plenário da Casa,onde
precisa do apoio de 49 dos 81 senadores para avançar.
Após a votação da matéria em
primeiro turno, os senadores terão cinco dias corridos de prazo para novas
emendas de redação em plenário. A expectativa é de que até 10 de de outubro
ocorra a votação em segundo turno, se aprovado, o texto segue para promulgação.
“O Senado está dando uma
demonstração de maturidade para o país nós sabemos que tem senadores que são
contra a reforma, mas mesmo as bancadas de oposição não fizeram em nenhum
momento obstrução regimental. A obstrução foi no campo das ideias” , ressaltou
a presidente da CCJ.
Título e Texto: Karine
Mello; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 19-9-2019, 11h46
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